Barra Mansa – O resgate feito pelo Corpo de Bombeiros de uma família que ficou ilhada na Rua Júlio Teixeira Guimarães, no sítio Boa Esperança, no bairro Bocaininha, comoveu a população. Elisângela dos Santos Inácio, uma das que foi resgatada, conta que perdeu tudo e não tem para onde ir.
– A gente não tem para onde ir. Perdemos a casa, roupas, alimentos. A gente está precisando de ajuda. O susto foi grande e algumas famílias aqui, até conseguiram sair, mas a gente não – disse Elisângela, explicando que as famílias que foram regatadas, juntas, têm oito crianças.
Segundo Elisângela, uma das casas do quintal foi arrastada pela enxurrada.
– Nós mesmos chamamos os bombeiros. Estávamos com muito medo, até porque, com a cheia do rio, a água tomou conta de tudo e estava arrastando botijões de gás para debaixo das casas e estava um cheiro muito forte. Depois do resgate, quando a chuva parou e o nível da água baixou, voltamos para casa. Perdemos tudo. Precisamos de roupas, calçados e mantimentos. Temos oito crianças aqui no quintal – lamentou.
Ela disse ainda que recebeu a visita da vice-prefeita de Barra Mansa, Fátima Lima.
– A vice-prefeita veio aqui e pegou o nome da gente. Falou que ia ver em quê poderia nos ajudar. Interditaram as casas e querem nos colocar em um abrigo, mas vamos viver em abrigo até quando? A gente não quer viver em abrigo, ou em casa de família. A gente quer viver no que é da gente – disse, emocionada.
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Triste é ver essas pessoas que vivem na desgraça e nela são vítimas colocando inocentes do mundo para participar desse sofrimento. 8 crianças? Se têm disposição pra fazer filhos certamente terão forças para se erguerem dessa situação. Só espero que ao fim dessa saga não sejam 16 crianças.
Segundo as “Organizações” Globo a culpa da chuva no Sul Fluminense é do Crivella.
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