Volta Redonda – Alunos do Colégio Estadual Guanabara, no Aterrado, e no Ciep 295 – Professora Glória Roussim Guedes Pinto, no bairro Retiro, retornaram nesta quarta-feira (18) às aulas. De acordo com estudantes que ocuparam as escolas por um mês, as principais reivindicações referentes a cada instituição foram aceitas pelas diretorias, além de pautas ligadas a toda rede estadual atendidas pela Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), como o fim do atual modelo do Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Saerj).
Além da extinção do Saerj, outra medida aprovada Seeduc foi o início das eleições diretas para a diretoria das escolas, que ocorrerão em até 40 dias.
De acordo com a aluna Stefani Neri dos Santos, de 17 anos, uma das ocupantes do Colégio Estadual Guanabara, a decisão pela desocupação foi conjunta com todos os alunos em mobilização, a partir do comprometimento da direção em garantir direitos como a autonomia do Grêmio Estudantil, a liberdade para criação de projetos e atividades esportivas e culturais. Além disso, questões de manutenção e limpeza também estiveram na pauta acordada, entre elas a troca de extintores, a resolução de focos de dengue e esgoto a céu aberto.
Segundo a aluna, ficou acertado que as manutenções serão realizadas durante o período de aulas.
A prestação de contas detalhadas e a discussão do regimento escolar com a participação da comunidade escolar, bem como a livre circulação das entidades estudantis no espaço escolar, também foram aceitas pela direção da escola, em contrapartida à desocupação. Quanto às conquistas estaduais, a Seeduc afirmou que até 2018, a grade curricular terá dois tempos destinados às aulas de Filosofia e Sociologia. Além disso, cada escola receberá R$ 15 mil para as manutenções emergenciais. “Conquistamos uma gestão democrática e mais transparente nas escolas, isso é muito importante”, destacou Stefani.
Estudantes do Ciep 295 – Professora Glória Roussim Guedes Pinto, Wendi Sara Alcântara Melo, de 18 anos, comemorou o atendimento das reivindicações da instituição, além das requeridas por toda a rede estadual. Segundo ela, 57 alunos estavam ocupando a escola desde o dia 15 de abril e a decisão pela desocupação foi motivada pela conquista das reivindicações.
– Estamos confiantes que as pautas serão atendidas e nos sentimos vitoriosos por essa conquista. Aos poucos nossos objetivos são atingidos e valeu a pena nossa ocupação. Agora, a nossa luta é pelo passe livre irrestrito – destacou.
Secretaria garante acordos
Na última semana, a Seeduc esclareceu que avançou em pontos relacionados tanto à greve quanto ao movimento de ocupações das escolas. Além dos já mencionados estão: o abono das greves: decreto do governador abonando para todos os fins as greves ocorridas entre 1993 e 2016. Em respeito à categoria, o Governador determinou que não houvesse desconto da greve deste ano; Funcionários administrativos das escolas: será votado na Alerj um projeto de lei que permite que os funcionários administrativos das escolas trabalhem com carga horária de 30 horas semanais; Licença Especial para docentes; Enquadramento por formação: regulariza até o fim deste ano os valores referentes a 2016. As quantias relativas aos anos de 2013, 2014 e 2015 serão parceladas em 24 meses, a partir de janeiro de 2017.
Sobre situações pontuais de cada escola, a secretaria garantiu que serão enviadas equipes às unidades para verificação do que pode ser feito de melhoria. O ex-secretário Antônio Neto pediu exoneração na última segunda-feira (16) e nesta terça-feira (17), Wagner Victer assumiu a pasta. Através da assessoria de imprensa, a Seeduc garantiu ao DIÁRIO DO VALE que a atual gestão manterá os compromissos firmados e vai intensificar o diálogo com o movimento.
Até a publicação desta reportagem, o Instituto de Educação Professor Manuel Marinho (IEPMM), na Vila Santa Cecília, e o Ciep 403 – Professora Maria de Lourdes Giovanetti, no bairro Açude II, permanecem ocupados por estudantes. Na tarde desta quinta-feira (19), alunos do Manuel Marinho se reúnem com a diretoria regional da Seeduc para discutir as pautas da instituição.
7 comments
fico impressionado como tem gente q escreve baboseiras aki. tem q fazer pressao msm,ensino pessimo ,sem estrutura alguma, e vem esses idiotas falando de pt ,comunistas ,vermelhos.bando d alienados vcs.
Tomar algo que não é seu é coisa de marginal. Não deviam negociar com esse tipo de baderneiro.
Concordo com os comentários acima. Baderneiros futuros políticos. Será que alguma coisa mudou no cenário da Educação ou foi 01 mês sem aulas que terão que ser recolocadas para que o ano letivo fique completo. Ou vão dar um jeitinho para que não precise recolocar estas aulas. Afff
Os ocupantes do Manoel Marinho estão sendo manipulados pelo SEPE e os petralhas, e apoiados pela Defensoria Estadual, MP Estadual… ABSURDO!!!
Querem tirar a força a professora Áurea da direção da escola
Uma escola referência na cidade e que já atingiu índices da SEEDUC de 2020, não pode ser considerada, por esses “alunos” como mal administrada…
Cambada de vermelhos malditos
Concordo plenamente, o manuel marinho é referência em volta redonda e esse ano faz 50 anos, que presente pais e professores estão ganhando com essa ocupação, mas creio que a direção vai conseguir vencer mais esta batalha.
Votem novamente nos partidos que tem cor vermelha na bandeira para continuar essa bagunça em nosso País.
A intenção deles (comunistas) são destruir as escolas de referência.
Por que eles não OCUPAM as escolas ineficientes e exigem a retirada dos maus diretores/maus professores?
Será que esses maus professores são comunistas?
Não vai demorar muito e essa aluna Stefani Neri dos Santos, de 17 anos, vai se candidatar a algum cargo político. Muitos políticos baderneiros começaram assim.
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