Capd de Volta Redonda comemora 30 anos com apresentação musical

by Diário do Vale

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Volta Redonda –  Um café da manhã musical vai comemorar os 30 anos do Capd (Centro Dia de Atendimento à Pessoa com Deficiência) nesta quinta-feira (14), a partir das 9h, na sede da instituição, no Jardim Paraíba. A festa para os 130 usuários da unidade, seus familiares e funcionários vai ter show com Forró G3 e apresentação de número artístico com grupo do Capd, com repertório de Diogo Nogueira. O prefeito Antônio Francisco Neto (PMDB) e o secretário de Ação Comunitária, Munir Francisco, são presenças confirmadas.

O Capd é gerenciado por Elizabeth Melo da Silveira dos Santos e, de acordo com ela, é um serviço de referência para pessoas com deficiência em situação de dependência, no âmbito da Proteção Social Especial de Média Complexidade do Suas (Sistema Único de Assistência Social), conforme estabelece a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais/2009.

– O objetivo é construir a autonomia, a melhora da qualidade de vida e inclusão da pessoa com deficiência. A unidade pretende alcançar estes objetivos desenvolvendo atividades lúdico-recreativas, oportunizando a socialização, e o desenvolvimento da autonomia e independência – disse.

O Capd faz ainda o empréstimo de áudio livros às pessoas com deficiência visual, previamente cadastradas. Os usuários participam de atividade de psicomotricidade com professores de Educação Física com o objetivo de desenvolver as relações pessoais e sociais; e ainda de grupos operativos, que são reuniões com temas propostos por eles mesmos.

– Nestes encontros, os usuários trazem temas para debater que podem ser um assunto que viram no jornal ou na televisão, um fato que aconteceu na cidade, ou reflexões sobre o cotidiano e sobre sua própria conduta diante das diversas situações – explicou Beth.

Mercado de trabalho

Outro compromisso da instituição é com a inserção de seus usuários no mercado de trabalho. Com a possibilidade de inclusão de pessoas com deficiência em empresas da região, os profissionais do Capd têm procurado estimular seus usuários a ter mais responsabilidade e compromisso para serem inseridos no mercado de trabalho.

– A equipe do Capd presta assistência durante todo o período de experiência do profissional. Porém, se a empresa achar necessário, esse acompanhamento poderá ser estendido – afirma Beth Melo, explicando que a ideia é notar avanços e dificuldades encontradas por eles, mantendo também orientações às famílias quando necessário.

 Mostra de Artes é a principal atividade do Capd

Usuários que participam das Oficinas Abrigadas de Trabalho (OATs) preparam a exposição, que normalmente acontece no mês de agosto, durante todo o ano. As peças, a maioria em mosaico, passam de cem e ficam em exposição no Espaço das Artes Zélia Arbex. Em 2015, nas comemorações pelos 30 anos da instituição, a abertura da 10ª Mostra de Artes do Capd está marcada para o próximo dia 30 de julho.

Os trabalhos podem ser reservados pelos visitantes e são entregues ao final da mostra. A cada ano são mais disputados pela população, que lota o vernissage. O dinheiro arrecadado é voltado para os usuários. É utilizado nos projetos da instituição, em passeios chamados saídas socioeducativas, além de festas como Carnaval e festa junina do Capd, por exemplo.

A artista plástica, Ila Carneiro, instrutora de pintura, mosaicos e desenhos, é uma das responsáveis pela idealização das peças criadas pelos usuários da Capd. Em 2015, a mostra vai retratar o Brasil e suas belezas naturais e se inspirar em alguns de seus artistas plásticos como Di Cavalcanti. Mas as homenagens já passaram por grandes nomes da arte nacional e internacional. Já foram vistos no Zélia Arbex mosaicos inspirados no pintor holandês Ton Schulten, no desenhista e escultor Henri Matisse, no pintor pós-impressionista Vicent Van Gogh, na pintora e desenhista brasileira Tarsila do Amaral, e no pintor Romero Brito. Todos pelas mãos dos usuários do Capd.

Há 10 anos participando das oficinas, o usuário João Paulo Brandof é um que participa da confecção dos mosaicos e no dia da exposição faz questão de convidar a todos para verem o seu trabalho.

– Fico feliz em ver a minha arte sendo vista por todos. Eu gosto muito de participar e fico o dia todo na Capd – diz, orgulhoso de participar do projeto.

A mãe do usuário Marcos Magalhães, Maria da Conceição Neves, conta que seu filho está no Capd há 27 anos. “Ele começou lixando caixas de madeira e agora ele faz mosaicos e também se dedica à pintura”, disse, elogiando o trabalho do Capd. “Ele melhorou em tudo. Era muito quieto e agora está muito ativo”, completou.

Robson Rogério de Paiva é outro usuário que elogia as atividades da unidade. “A paralisia infantil me impediu de fazer muitas coisas, como por exemplo, andar de bicicleta, mas no Capd eu aprendi a me ocupar com um trabalho bem legal todos os dias”, disse ele, ressaltando que fica muito orgulhoso com o prestígio do público na mostra.

 

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