Centro Zoobotânico da INB ajuda a produzir soro contra picada de aranha

by Diário do Vale
SONY DSC

Risco: Picada da aranha armadeira pode ser extremamente dolorosa
(Foto: Reprodução internet)

Resende– O Centro Zoobotânico da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) contribui com uma parcela importante das aranhas necessárias à produção de soro contra as consequências da picada da espécie de aracnídeos que mais provoca acidentes no Brasil: a aranha armadeira. Duas vezes por ano, o Instituto Butantan vai até lá para recolher trezentos animais para extrair o veneno e transformar em soro.
Em 2009, as aranhas armadeiras começaram a aparecer nas salas do Centro e próximo à compostagem utilizada para adubar as espécies do Programa de Restauração Ambiental em Bioma Mata Atlântica, executado pelo Centro há 12 anos.
Como as armadeiras são uma espécie muito agressiva e venenosa, o Centro buscou uma solução ambiental para controlar a proliferação em vez de apenas coexistir com o animal.
Com o apoio do Instituto Butantan foi delimitada e separada uma área – conhecida como talhão – para a cultura da aranha armadeira próximo à composteira, onde a presença da aranha também contribuiu para eliminar insetos indesejados.
Nesse local, a espécie se reproduz e cresce sem oferecer risco às pessoas.  Atualmente não há infestação de aranhas armadeiras na região.
Essa solução também garantiu ao Instituto Butantan uma fonte sustentável de insumo para produzir o soro contra as picadas dessa espécie, que provoca dor imediata e com intensidade variável, que pode irradiar até a raiz do membro atacado, além de inchaço, suor, choque anafilático e edema pulmonar.
As 600 aranhas recolhidas anualmente em Engenheiro Passos representam um quarto do material usado pelo Butantan para a produção de soro.

Sobre a aranha armadeira

A aranha armadeira, também, conhecida como aranha macaco ou aranha de bananeira, pode ser encontrada entre folhagens, madeiras, pedras empilhadas e, principalmente no interior de residências. O nome “armadeira” vem da posição que o animal sempre adota quando vai atacar, com as patas dianteiras erguidas. Trata-se de um aracnídeo grande: o corpo tem entre 3,5 e centímetros e as pernas, 15 cm.
Ela tem atividade noturna, passando os dias escondida e não constrói teias. Seu veneno, que é extremamente ativo em humanos, age no sistema neurológico da vítima, paralisando o membro da picada.
Além do Brasil, as armadeiras são encontradas no Paraguai, Bolívia, Peru, Venezuela, Colúmbia, Argentina e Costa Rica.

Efeito colateral

Uma pesquisa da Universidade de Medicina da Geórgia, nos Estados Unidos, constatou que homens mordidos pela aranha armadeira brasileira (Phoneutria nigriventer) sofrem não só de uma intensa dor, mas também têm uma ereção que pode durar horas.
“A ereção é um efeito colateral que todos aqueles que forem picados pela aranha irão sofrer, além da dor e do desconforto”, afirma Romulo Leite, integrante da equipe da universidade que estuda o fenômeno, segundo o site LiveScience.

You may also like

1 comment

:))))) 10 de junho de 2017, 19:02h - 19:02

Pelo último tópico vai ter fila na INB para levar picada dessa aranha.kkkkkkk

Comments are closed.

diário do vale

Rua Simão da Cunha Gago, n° 145
Edifício Maximum – Salas 713 e 714
Aterrado – Volta Redonda – RJ

 (24) 3212-1812 – Atendimento

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99234-8846 – Comercial

(24) 99234-8846 – Assinaturas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

colunas

© 2024 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996