Ciclistas relatam os efeitos da pandemia para os apaixonados pelo esporte

by Diário do Vale

Mesmo com a pandemia, apaixonados por ciclismo continuaram pedalando – Foto: Vicente Sacramento.

Volta Redonda- Acostumados a pedalar sem rumo por diversos lugares, seja em grupo ou sozinho, os ciclistas também foram pegos de surpresa pela pandemia do novo coronavírus.

Adepto à modalidade, o engenheiro Vicente Sacramento Júnior, diretor presidente da Aciclica (Associação pela Mobilidade Sustentável em Volta Redonda), foi  um dos que mudou a rotina por conta da pandemia.

– Cancelei uma viagem de bicicleta, que faria nas férias, no início da pandemia, e não realizei nenhum tipo de atividades com grupos de ciclistas. Como articulador do Bike Anjo, projeto onde ciclistas experientes ensinam gratuitamente as pessoas que querem aprender a usar a bicicleta com segurança, cancelamos os nossos eventos na região. Mas continuei indo trabalhar de bicicleta – ressaltou.

Preocupado com as restrições impostas pelo governo estadual e municipal, Vicente afirma que procurou evitar participar de qualquer atividade em grupo, apenas alguns pedais com o pessoal do trabalho com no máximo três pessoas. “Mas mantive o pedal urbano trajeto casa x trabalho, com o cuidado de utilizar a máscara”, disse.

Adepto do ciclismo, o engenheiro Vicente é unânime em afirmar que não existe nenhum relato de alguém que possa ter sido contaminado pedalando.

“Por ser uma atividade ao ar livre acho bem difícil, porém como estamos lidando com um vírus e uma situação nova, toda prevenção é necessária, apesar da bicicleta ter sido consagrada nesta pandemia como a melhor forma de fazer atividade física e se deslocar na cidade de forma segura”, lembrou.

Na opinião do engenheiro Vicente, o ciclismo é uma excelente solução de transporte em distâncias de até 5 km, e a bicicleta proporciona diversos benefícios.

– A bicicleta melhora a imunidade, propicia o distanciamento social e evita aglomeração. Mesmo assim temos que seguir as regras de conduta e protocolos de segurança de utilização de máscara, utilização de álcool 70° nas mãos e no punho do guidão, manter o distanciamento das pessoas nos locais de parada dos pedais, respeito as comunidades em qual você pedala, muitos dos locais são rurais e com pouco acesso aos requisitos básicos de saúde. Seguindo as recomendações dificilmente alguém vai se contaminar no uso da bicicleta – destacou.

Adaptação

Outro apaixonado pela bicicleta, que também resolveu enfrentar a pandemia em cima de uma bike foi o administrador de empresas Clemar Martins, adepto ao esporte desde 1976.

– Logo no início da pandemia, onde as notícias de casos vinham mais dos Estados Unidos e da Europa, eu continuei com os pedais regulares, e mantive inclusive uma ciclo viagem, que já estava agendada.  Foi nesta oportunidade que dei conta da real gravidade da situação na região Sudeste – lembrou.

O administrador Clemar afirma que, particularmente, não teve nenhuma dificuldade em se adaptar. A exemplo dos demais ciclistas, para ele o trânsito ficou muito melhor por conta do isolamento social e as atividades em home office.

– Sempre fui usuário de transporte coletivo, mas desde o início da pandemia, jamais embarquei em ônibus, barca, metrô ou trem. Usei somente por duas vezes, o serviço de UBER – declarou., avaliando que para os jovens, gerações virtuais “certamente deve ter sido muito mais fácil”.

As vantagens que o pedal oferece

Na opinião de Clemar, o exercício do pedal, além de promover benefícios a todo o nosso corpo, também nos favorece e incentiva a conhecer lugares que dificilmente chegaríamos em outro meio de locomoção.

– A região do Médio Paraíba por exemplo, é cercada de paisagens e lugares paradisíacos, tais como sítios históricos, cachoeiras, montanhas, fazendas do ciclo do café, estradas vicinais e lugarejos com grande apelo turístico e cultural. Isto tudo sem levar em conta, que o ciclista quando se encontra para um pedal, só transmite coisas boas, alegria e bem estar. Parece que os problemas ficaram para traz, em alguma curva do caminho. E esta não é uma regra de nenhum grupo, é só uma condição natural mesmo – ressaltou.

O administrador Clemar e seu grupo de ciclismo – Foto: Clemar Martins.

You may also like

diário do vale

Rua Simão da Cunha Gago, n° 145
Edifício Maximum – Salas 713 e 714
Aterrado – Volta Redonda – RJ

 (24) 3212-1812 – Atendimento

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99234-8846 – Comercial

(24) 99234-8846 – Assinaturas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

colunas

© 2024 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996