A Câmara de Barra Mansa inicia o mês de novembro, destinado à promoção da Consciência Negra, aprovando projeto de lei que busca resgatar a valorização de uma expressão cultural das pessoas escravizadas no país: o jongo. Na sessão desta quinta-feira, os vereadores de Barra Mansa aprovaram o projeto de lei, de autoria da vereadora Fernanda Carreiro, que cria o Dia Municipal do Jongo, no dia 25 de junho, e inclui a data no calendário oficial de eventos culturais de Barra Mansa. Também estiveram presentes na sessão representantes o grupo Jongo Cafezal e da OICN, que realizaram uma pequena apresentação da dança.
O jongo foi desenvolvido no Brasil pelos escravizados africanos de origem BANTU, que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar no Vale do Rio Paraíba no período colonial. É uma dança, uma forma de expressão, uma forma de resistência, uma prática de memória coletiva por celebrar a ancestralidade africana e a trajetória dos afrodescendentes no Brasil. A partir do jongo, surgiram vários ritmos como o Samba Carioca, a Bossa Nova e vários outros.
“Agradeço em nome do todos que lutam em nosso município, em nosso país, pela valorização da cultura negra, da nossa origem, pela aprovação do projeto de lei. E agradeço ao Jongo Cafezal, à Silvana Maria, ao Paulo César, à Fran, à Tania, ao senhor Chiquilim, à Organização e Integração da Conscientização Negra de Barra Mansa por me darem a oportunidade de ser a autora deste projeto tão importante para a valorização da cultura negra”, disse a vereadora Fernanda Carreiro.