Chuva de domingo em Barra Mansa foi o dobro do normal, afirma Defesa Civil

by Diário do Vale
Chuva: Não há famílias desabrigadas, mas o temporal causou prejuízos em vários imóveis

Chuva: Não há famílias desabrigadas, mas o temporal causou prejuízos em vários imóveis

Barra Mansa – A Coordenadoria de Defesa Civil divulgou nesta segunda-feira (14) o balanço da chuva que atingiu Barra Mansa no último domingo (13). Segundo o órgão, em uma hora e meia foram 69 milímetros de chuva, o dobro do normal – neste período de tempo o natural é 30 ou 35 milímetros de água. Além disso, até a manhã de hoje, foram 17 atendimentos: sete deslizamentos de terra; uma inundação; dois casos de riscos de desabamento; dois desabamentos parciais; dois alagamentos; uma queda de árvore; e dois casos de enxurrada com lama.
Um dos locais mais atingidos pelo grande volume de chuva foi a região Leste do município. Nas partes mais baixas da Rua Florianópolis, no bairro Nova Esperança, a Defesa Civil registrou um metro de coluna d´água por conta da cheia do Rio Barra Mansa. A sirene de emergência, instalada no Colégio Municipal Clécio Penedo, foi acionada, mas segundo moradores, o alerta sonoro só foi emitido depois que o rio já havia transbordado. A informação foi negada pela prefeitura que enviou nota à imprensa dizendo que o aparelho funcionou normalmente.
– A sirene funcionou, sim, mas depois que a água já tinha entrado nas casas, aí não adianta muita coisa. Ainda assim, corremos contra o tempo para salvar os móveis. Minha sorte é ter uma casa com segundo andar. Eu e minha esposa subimos com os móveis para a água não acabar com tudo – disse um morador, que preferiu não se identificar.

Confira abaixo vídeo que mostra como ficou rua em Barra Mansa:

E a situação da Rua Florianópolis com as chuvas já não é novidade, principalmente para o Carlos Damião dos Santos, que há 24 anos mora no local.
– Todo vez que chove forte acontece isso e não é novidade para nós (moradores). Moro nesta rua há 24 anos e convivo com esta situação. Entra governo, sai governo e ninguém resolve o nosso problema – declarou ele.
Carlos comentou que já sofreu diversos transtornos por causa dos alagamentos, inclusive problemas de saúde.
– Em 2010 durante um alagamento entrei na casa inundada e tentei salvar o computador da minha filha que tinha comprado de presente para ela, no seu aniversário de 15 anos. Depois deste dia, eu fiquei internado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), por dois dias. O médico me disse que contraí uma virose, mas não soube especificar qual tipo de doença. Perdi um quilo por dia e depois desta ocasião não consegui voltar ao meu peso normal – contou, emendando: “Moro neste bairro desde criança e convivo com isso. Se eu tivesse condições financeiras para sair daqui eu já teria ido, pois é insuportável esta situação e não muda”, desabafou.
Além da Rua Florianópolis, houve alagamentos na Rua F1, no bairro Boa Sorte, que por conta da cheia do Rio Barra Mansa, a água subiu cerca de um metro. Já na Rua Amadeu José Barroso, a coluna d´água chegou a ficar com 60 centímetros. De acordo com a Defesa Civil, na Boa Sorte, a sirene de emergência não funcionou por problemas técnicos e a equipe de manutenção já está trabalhando para a resolução do problema.
O coordenador da Defesa Civil, Manoel da Silva, solicitou que a população evite fazer corte e movimentação de terra nessa época de pancadas de chuvas.
– Também pedimos aos moradores que depositem o lixo na rua próximo ao horário da coleta, pois os sacos entopem os bueiros e prejudicam a vazão da água, além de ser mais um risco em casos de enchentes – alertou Manoel.
Segundo ele, não há famílias desabrigadas, mas o temporal causou prejuízos em vários imóveis. A Susesp (Superintendência de Obras e Serviços Públicos) e o Saae BM (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Barra Mansa) enviaram equipes de limpeza para pontos críticos da cidade. Os bairros Siderlândia, Vila Coringa e Boa Sorte também contaram com o apoio de pá mecânica para a retirada de lama e entulho. Noventa homens estiveram nesta segunda em diversos pontos da cidade realizando a limpeza, entre eles: Rua Florianópolis, Albo Chiesse, Elias Geraidine e nos bairros Colônia Santo Antônio, Vista Alegre e Boa Sorte.
O Saae notificou e multou a empresa responsável pela obra na Rua Albo Chiesse por causa da quantidade de lama que saiu dela e invadiu a rua.

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11 comments

Marquinho 16 de dezembro de 2015, 09:22h - 09:22

PIOR ADMINISTRAÇÃO EM DECADAS…CIDADE FALIDA IMUNDA E ABANDONADA

O MPF OU A TURMA QUE FOI EM RESENDE E MIGUEL PEREIRA TEM QUE PASSAR AQUI

URGENTE!!!!!!!!!!

FOI PRECISO O SINDICATO NA PORTA PARA QUE O SALARIO NA UPA FOSSE PAGO.

CONSEQUENCIA DIRETA: SALARIO DA SANTA CASA NAO FOI PAGO…..

FORA SR.BARRIGA….SOME E DEIXA NOSSA BARRA MANSA EM PAZ E FIQUE BEM LONGE.

Silva 15 de dezembro de 2015, 16:26h - 16:26

São vários fatores, mas o prefeito é também responsável sim. Ele abandonou esta cidade.

Está na hora do ministério público começar a apurar sua gestão (concursos, verbas, serviços, saúde, etc…), pois a cidade já sente o abandono por parte daquele que deveria cuidar.

As ruas da estamparia são pura poeira e barro, mas o nobre prefeito espera mais uma grande chuva para jogar a culpa “no lixo da população”. Tirei várias fotos, para depois não dizer que o que “entupiu o bueiro foi lixo”, pois a sujeira continua lá e a prefeitura NADA.

Luiz 15 de dezembro de 2015, 07:02h - 07:02

Falou tudo, fazem as coisas de qualquer maneira daí depois põe a culpa nos outros, a tal covardia dos seres humanos aparecendo. Sempre que acontece algum problema é nas periferias, ou seja, nas favelas que crescem desordenadamente sem um mínimo de precaução, puxadinho de mais um cômodo… Junta isso com a falta de educação dos cidadãos que jogam tudo quanto é tixo de lixo nos córregos… Combinação perigosa e muitas vezes fatal!

ÊTA POVINHO 14 de dezembro de 2015, 22:16h - 22:16

Ô povinho para gostar de sofrer! Vai ver votam em corruptos e ficam sofrendo tbm.

O morador na reportagem convive com enchente na casa dele há 24 anos e ele não sai do lugar. É mole! E ainda joga a culpa nos governos que entra e sai.

Sobre a questão do lixo nas ruas, eles colocam o lixo de manhã , mas o caminhão da coleta só passa à noite, então o lixo fica na rua todo o dia.

Em VR existe uma lei, cujas placas estão espalhadas pela cidade, orientando para não jogar lixo nas ruas, no entanto os moradores colocam o saquinho (doado pelos supermercados, padarias e outros comércios) com o lixo justamente no chão, ou seja, os moradores jogam o lixo deles nas ruas.

Cidadao 15 de dezembro de 2015, 10:51h - 10:51

Moramos no centro da cidade, não mudamos pois q casa e própria e gostamos do bairro porém a muitos anos não entrava água nas casa pois a 5 anos não vimos a prefeitura fazer as limpezas no bueiro, temos muitos pedidos mais nada fazem, o caso da maioria desse alagamento e o fluxo de água da chuva que é grande para o pouca vazão, e aqui temos caçamba de lixo que comporta o lixo sem precisar de jogar no chão.

Cidadao 15 de dezembro de 2015, 10:54h - 10:54

Está rua na filmagem e a rua Travessa Isaías, Centro.

moradora 14 de dezembro de 2015, 21:49h - 21:49

Na rua Abelardo de Oliveira no centro, também sofremos com alagamentos. Metade da rua para cima não há bueiros, e por causa disso o mata burros que tem na parte de baixo da rua não suporta a quantidade de água e lixo, enchendo as calçadas e até as casas.

Marcela Muller 14 de dezembro de 2015, 21:48h - 21:48

Até o telefone 199 da defesa civil de BM não funciona, se alguem conseguir me avisa, pois tentei ligar o dia todo , sem sucesso. uma vergonha

Cauteloso 14 de dezembro de 2015, 18:20h - 18:20

Essa chuva veio forte. Ainda virão mais tempestades.
Temos que ter educação e bom senso, não jogando lixo nas ruas, não sujando córregos e principalmente não edificando as suas margens.
O Estado brasileiro não pode ser paternalista. Que m burla a lei e edifica em área de risco, está sujeito a sofrer cobrança da natureza. E ela cobra sem dó, ás vezes com a vida de nossos entes queridos.Não adianta botar culpa em políticos, pois vc é quem criou a situação. Vende o voto, ignora o voto, desconhece direitos e deveres, e acha que está passando a perna no Estado, construindo sem projeto e não pagando imposto. Saiba que você, cidadão ignorante do conhecimento, é o verdadeiro responsável pela sua tragédia.

Prudente 15 de dezembro de 2015, 07:35h - 07:35

Cauteloso, perfeita sua analise. Acrescentaria a inoperância do poder público para agir após os eventos, várias áreas da cidade ficaram cheias de lama e quem estava agindo eram os próprios moradores. Uma omissão total dos setores da administração responsáveis pela limpeza da cidade.

Pagador de impostos 15 de dezembro de 2015, 08:28h - 08:28

É uma mistura de irresponsabilidade com inércia política e também aproveitamento dos políticos. Todas as escolhas que fazemos ao longo de nossa vida (sejam escolhas banais ou decisões mais sérias) tem uma consequência. Precisamos assumir a culpa por nossos atos sim. Chega de ficarmos buscando culpados para tudo o que nos acontece, como se também não fôssemos responsáveis por nossos atos e suas consequências.

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