Dia dos Pais: O amor revelado com a convivência

by Diário do Vale
Em família: Keila, Karla,  César e Wanda ressaltam que convivência superou ciúme que havia no começo da relação

Em família: Keila, Karla, César e Wanda ressaltam que convivência superou ciúme que havia no começo da relação

Sul Fluminense – Neste Dia dos Pais, enteados que foram criados por seus padrastos falam sobre o bom relacionamento, carinho e, acima de tudo, o amor descoberto ao longo de anos de convívio. O estudante de Direito Leonardo de Barros Matias, de 28 anos, teve contato com o padrasto, o mecânico Renis Magalhães Ferreira, de 46 anos, quando ainda tinha seus oito de idade. Nesses 20 anos de convívio, segundo ele, a relação de carinho, cuidado e o sentimento de cumplicidade foram crescendo a cada dia.

– Aos meus oito anos minha mãe já não estava mais com meu pai e nós morávamos sozinhos em dois cômodos. Aos 23 anos, meu padrasto se apaixonou por ela e passou a nos dar muita atenção e carinho. Ele então resolveu nos levar para a casa dos pais dele e lá construíram uma imóvel onde moramos juntos até hoje. Ele é o meu herói, foi quem me criou, fez muito por mim e pela minha irmã e, por isso, minha gratidão e carinho por ele serão eternos – conta Matias, que só vê o pai biológico uma vez ao ano.

De acordo com o estudante, muitos foram os momentos em que a relação afetiva entre ele e o padrasto foram de pai para filho, porém, o mais marcante foi quando ele se acidentou de moto, aos 14 anos.

– Naquele momento eu pude ver o quanto ele me tinha como um filho. Me ajudou muito, me conduzia ao banheiro e me ajuda a levantar. Ele esteve comigo o  tempo todo e isso foi uma grande prova de amor. Só tenho que agradecer por tudo que fez e faz pela minha família e por me proporcionar viver esse sentimento que talvez eu não teria descoberto como era: de ter um pai, Um pai que eu amo muito – destacou Matias.

Ciúme que se transformou em amor

A estudante Ana Júlia dos Santos, de 25 anos, e Karine dos Santos, de 23 anos, ambas universitárias, também não escondem o amor que sentem pelo padrasto, o chefe de obras Mário Jorge da Silva Rodrigues, de 47 anos. De acordo com elas, a mãe se separou enquanto ainda eram muito pequenas e ele se mudou para o interior de São Paulo, onde construiu uma nova família. Com o passar do tempo o contato com o pai foi ficando cada vez menos frequente e, quando tinham 8 e 6 anos de idade a mãe iniciou um relacionamento  com Mário.

No começo, conforme recordam, a aceitação foi difícil porque ainda eram muito novas e temiam que a mãe as deixassem de lado. Mas, com o passar do tempo, e com a demonstração de carinho que o padrasto não economiza com as duas, em logo o sentimento de ciúmes que tinham pela mãe se transformou em afeto.

-. Dois anos depois que meu padrasto já estava morando  com a  minha mãe teve uma reunião na escola na véspera do Dia dos Pais, que seria seguida de uma homenagem. A gente não queria ir, mas minha mãe obrigou porque havia nos reservado uma surpresa: o Mário foi na reunião e recebeu a homenagem como se fosse o nosso pai. Naquele momento, nasceu um grande amor por ele e que só aumenta a cada dia. Ele assumiu e ganhou o nosso coração naquele momento e eu sempre faço questão de recordar isso – comenta Ana Júlia.

Já Karine se recorda dos momentos difíceis que enfrentaram e que o padrasto sempre se mostrou presente, disposto a ajudá-las. Um exemplo foi quando ela ficou desempregada, correndo o risco de ter que trancar a faculdade de Educação Física. Além do incentivo e conselhos para não desistir dos seus objetivos, Mário fez questão de ajudá-la financeiramente.

– Ele me disse: filha, não é porque você está desempregada que vai ficar sem estudar. Pode ir renovar sua matrícula que vou te ajudar a pagar as mensalidades até você arrumar um emprego. Só um pai, uma pessoa que ama muito, se doa  dessa forma. No dia da minha formatura fiz questão de que ele entrasse comigo e fosse meu parceiro na valsa. Sou muito grata por ele ter entrado em nossas vidas. A gratidão e o amor serão eternos – conta Karine.

‘Quem ama a mãe, ama as filhas’

A assistente administrativa Keila Ferreira Machado, de 35 anos e a nutricionista Karla Ferreira Machado, de 33 anos, também viveram a experiência de terem sido criadas pelo padrasto, o aposentado César Augusto Boanes Felipe, de 60 anos. As duas perderam o pai quando ainda eram muito pequenas e a mãe delas, a dona de casa Wanda Ferreira Machado, de 61 anos, anos após se casou com César.

Conforme recorda Keila, no começo houve certa “rejeição” ao relacionamento, porque ela e a irmã sentiam ciúmes da mãe. Com o passar dos anos, a situação mudou completamente. Conforme ela destaca Keila, o convívio com o padrasto e o cuidado  que ele tinha com ela e a irmã fez com que aprendessem a respeitá-lo e admirá-lo.

– Nós aprendemos a amá-lo diante de tanta demonstração de carinho que teve com a gente. Quando alguém diz que tem um padrasto, logo se pensa em uma pessoa “ruim, rude”, mas somos a prova que não é bem assim, que na verdade ele é uma pessoa que ama não só a nossa mãe, mas também as filhas. Não me sinto infeliz por ter um padrasto, ao contrário, agradeço a Deus e ao César por todo carinho que ele nos dedica. Nesse dia especial só tenho a dizer: Feliz Dia dos Pais – finalizou Keila.

 

Por Roze Martins

(Especial para o DIÁRIO DO VALE)

 

You may also like

1 comment

GALOCHA 14 de agosto de 2016, 09:14h - 09:14

Feliz Dia dos Pais a todos os PAIS, PAIS de coração leitores e PAIS funcionários do DIÁRIO DO VALE!

Que este dia especial seja de reunião em família, de abraços, de bênçãos, e que possamos dizer todos juntos:

___________________Pai Eu Te Amo; você é Meu Herói ____________________

Comments are closed.

diário do vale

Rua Simão da Cunha Gago, n° 145
Edifício Maximum – Salas 713 e 714
Aterrado – Volta Redonda – RJ

 (24) 3212-1812 – Atendimento

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99234-8846 – Comercial

(24) 99234-8846 – Assinaturas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

colunas

© 2024 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996