Doadores de sangue falam sobre a importância do ato

by Diário do Vale

Volta Redonda – No sábado, dia 25 de novembro, foi celebrado o Dia Nacional do Doador de Sangue. No entanto, a solidariedade anda em baixa nos hemonúcleos e bancos de sangue espalhados pela região. É cada vez mais raro encontrar pessoas como o ajudante de pedreiro Raphael Alves de Lima, de 19 anos, morador do bairro Retiro, em Volta Redonda, que na manhã de quarta feira fez a sua quinta doação.

– Resolvi doar sangue por vontade própria e já faço isso há um ano e dois meses. Sinto-me bem ajudando as pessoas e penso que todos deveriam ser doadores. Mas infelizmente muita gente não doa por medo ou por não se importar com o próximo – lamenta.

A cabeleireira Sheila de Souza Lima, de 39 anos, moradora do bairro Caieiras, fez a sua primeira doação de sangue nesta semana disse estar realizada.

– Já tem algum tempo que eu queria doar sangue em razão das campanhas do hemonúcleo de Volta Redonda, e como tenho um parente doente precisando de sangue, resolvi doar. Agora que já sei como é simples pretendo continuar. Acredito que devido a correria do dia a dia acabei sempre adiando a doação – comenta.

A convivência com o ambiente hospitalar foi um dos motivos que incentivou a técnica de enfermagem Andreza Valentina, de 22 anos, a ser doadora de sangue.

– Como trabalho na área de saúde, sempre observei a necessidade de captar sangue. Trabalho na UTI neonatal e já presenciei casos de falta de sangue. Também resolvi ser doadora para ajudar quem mais precisa. Acho que mais pessoas deveriam se tornar doadores de sangue e mais campanhas incentivando a doação deveriam existir – opina.

Ações durante o ano todo

De acordo com a coordenadora do Hemonúcleo de Volta Redonda, que fica anexo ao hospital São João Batista, Cristina Guimarães de Nascimento, apesar das ações serem realizadas efetivamente durante todo ano, muitas pessoas não doam sangue por medo da agulha ou porque “ninguém pediu”.

Por esse motivo, explica ela, é muito importante realizar ações educativas no sentido de conscientizar a população sobre a importância da doação, para que dessa forma o hemonúcleo possa manter os estoques de sangue bem abastecidos e atender a demanda.

A coordenadora lembra que as doações podem ser feitas de segunda a sexta-feira das 7h às 13h, no hemonúcleo do Hospital São João Batista.

– A nossa demanda é muito crescente, pois encaminhamos sangue para seis instituições públicas da região. Nossa própria unidade, o Hospital do Retiro, pacientes do SUS que fazem tratamento oncológico no Himja, Hospital Municipal de Pinheiral, Hospital Flávio Leal, em Piraí, e Hospital Municipal de Rio Claro. Por isso, a necessidade de estarmos sempre desenvolvendo ações e campanhas. A média necessária de doações diárias é entre 20 a 25 doações e estamos mantendo esta média. No caso da campanha para o Dia Nacional do Doador de Sangue, ela se iniciou no dia primeiro. Neste período realizamos palestras em instituições de ensino, unidades hospitalares e empresas para falarmos sobre a importância da doação – explica.

Exemplo: Ato não prejudica a saúde do doador e ainda ajuda a salvar vidas (Foto: Arquivo)

Exemplo: Ato não prejudica a saúde do doador e ainda ajuda a salvar vidas (Foto: Arquivo)

Como doar

Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 quilos, estar bem de saúde, não ingerir alimentos gordurosos, não estar de jejum e apresentar documento oficial de identidade com foto (RG, CNH ou Carteira de Trabalho). A quantidade de sangue retirada é de 400 a 450 ml, todo material utilizado é estéril e de uso único. O período de doação para os homens é a cada dois meses e mulheres podem doar a cada três meses.

Todo sangue doado, explica a coordenadora, passa por uma série de exames, como HIV, sífilis, Hepatite B e C, doença de chagas e HTLV e Nat para HIV e Hepatite B e C. E todo sangue coletado somente é liberado para uso após a realização de todos os exames com resultados negativos.

 

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2 comments

Sempre Voltaço 26 de novembro de 2017, 19:26h - 19:26

Meu sogro precisou de sangue e o hospital falou que precisava de arrumar alguns doadores. Consegui 20 doadores. Quando fui pagar a conta do hospital, eles cobraram duas bolsas de sangue. Argumentei que arrumei 20 doadores e não teve jeito.
Depois disso nunca mais doei sangue.

Luciana 25 de novembro de 2017, 19:26h - 19:26

Moro em VR e trabalho no Rio, já tentei doar sangue no São João Batista duas ou três vezes, mas era sexta feira depois de feriado na quinta, e o hemocentro não funcionou nesses dias… Uma pena, um serviço tão importante poderia funcionar aos sábados pelo menos de manhã e não emendar feriado!

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