Volta Redonda
O editor-executivo Arlindo Novais, do DIÁRIO DO VALE, fez na tarde de hoje (09), no colégio Garra Vestibulares, em Volta Redonda, uma palestra para alunos do 7º período sobre a linguagem jornalística e as peculiaridades de cada veículo: rádio, TV, jornal impresso e internet. A palestra foi acompanhada pela professora Paula Mendonça e a orientadora educacional Cristiane Riggotti.
Os cerca de 50 estudantes, que estão fazendo um trabalho de análise e composição de textos do gênero jornalístico, ouviram explicações de como construir uma reportagem, os desafios da apuração e qual o papel e postura do jornalista perante a sociedade.
Novais esclareceu que qualquer reportagem deve seguir alguns elementos, como ser objetiva, usar a linguagem formal mas evitar termos literários, como metáforas e linguagem conotativa.
– A mensagem deve ser transmitida de maneira clara, não pode haver duplo sentido. O nosso papel, como o próprio nome diz: “repórter” tem como objetivo reportar, transmitir o fato, a notícia e isso tem que acontecer de forma simples, já que o nosso papel é atingir todo tipo de público – afirmou, lembrando que a linguagem jornalística deve projetar no leitor os sentidos daqueles que estão envolvidos na notícia.
O jornalista ainda frisou a importância da imparcialidade do repórter, evitando expressões que denunciem a opinião de quem está escrevendo para que o leitor, telespectador, ou ouvinte, possa fazer seu próprio julgamento sobre aquilo que está expresso na reportagem.
Os alunos demonstraram muito interesse e curiosidade sobre a profissão, principalmente com relação ao que é considerado notícia e o que pode ser divulgado.
Novais explicou que para tornar um fato ou acontecimento notícia, ele deve atender alguns critérios subjetivos.
– Isso é o que chamamos de “valores de noticiabilidade”. Para ser notícia o fato deve atender uma série de fatores, por exemplo: ser de interesse público, afetar um grande número de pessoas; a frequência disso, o caráter inesperado, entre outros. É como um professor meu da faculdade dizia: “Se um cão mordeu um homem, isso não é notícia. Mas se um homem morder um cão, isso é notícia” – citou, acrescentando que as más notícias são as que mais interessam mas que nos jornais também há histórias boas e que servem como exemplos para outras pessoas.