Especialistas alertam sobre danos que automedicação podem causar à saúde

by Diário do Vale

Barra Mansa –  A automedicação, que é um hábito comum entre a população, pode provocar sérios danos à saúde. Recentemente, dados divulgados pelo Sintox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas0, da Fundação Oswaldo Cruz), revelaram que os medicamentos são a principal causa de intoxicação no Brasil, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e, até mesmo, alimentos estragados. Os problemas mais sérios ocorrem em função ao consumo de remédio por conta própria ou por vezes recomendados por amigos, parentes e, até mesmo, funcionários de farmácias.

De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os analgésicos, antitérmicos e os anti-flamatórios representam os medicamentos que mais intoxicam. Segundo afirmam profissionais que trabalham em farmácias, também são os mais procurados e comprados sem receita médica.

De acordo com a farmacêutica Thainá dos Santos, o mais importante é que as pessoas tenham a consciência de que uma vez que compram medicamentos, sem prescrição, elas correm o risco de reações inesperadas do organismo.

– É muito comum os médicos, antes de receitarem alguma medicação, perguntarem ao paciente se ele faz uso contínuo de outro remédio ou se tem alergia a algum tipo de medicamento. Essas informações fazem com que ele veja o ideal para ser indicado para aquela pessoa, naquele momento, sem que tenha efeitos indesejados. Comprando na farmácia, por conta própria, o paciente já não tem esse precaução. Um exemplo comum de danos, da automedicação, é risco de um medicamento cortar o efeito do outro para os casos, por exemplo, de quem faz uso contínuo de outra composição – destacou a farmacêutica.

Problemas sérios ocorrem em função ao consumo de remédio por conta própria

Problemas sérios ocorrem em função ao consumo de remédio por conta própria

De acordo com Aline Abreu, atendente em uma farmácia em Barra Mansa, nesse período do ano os remédios mais procurados pelos clientes são os antigripais, vitamina C, descongestionantes nasais e xaropes para gripe. Segundo ela, esses medicamentos podem ser vendidos sem receita médica e, dessa forma, a maioria das pessoas pede informação para o farmacêutico ou já vem a com a indicação de alguém da família ou amigo que tenha feito o uso.

– É o que mais acontece: as pessoas já chegam falando que querem determinado remédio porque alguém disse que é bom. Algumas ainda têm o cuidado de confirmar e buscar informações com farmacêutico, mas a maioria compra por indicação, sem nenhuma orientação médica. O nosso farmacêutico busca sempre orientar os pacientes e no caso de crianças menores de dois anos, por exemplo, ele não faz nenhuma indicação de medicamento e recomenda sempre os pais para que não automediquem as crianças, sem antes ter passado por um pediatra – disse a atendente.

 

Medicamento só com receita

 

Depois de ter passado um grande susto com a filha de cinco anos, a dona de casa Priscila da Silva Rocha, de 34 anos, só compra remédios para a menina se forem receitados por um médico. No ano, passado, durante uma semana rigorosa de inverno, a filha ficou muito gripada e ela resolveu usar o descongestionante nasal que já fazia uso. Ao perceber que a filha entrou num processo de sonolência, ela telefonou para um pediatra e foi alertada que a mesma poderia estar em um processo de intoxicação por nefazolina, uma substância que contém nos descongestionantes e contraindicadas para uso em crianças.

– Foi um susto muito grande e que me fez refletir que, nem mesmo um simples remedinho, deve ser dado à criança sem a orientação de um profissional. No caso da minha filha o descongestionante provocou uma queda da temperatura do corpo dela e ela ficou muito sonolenta. Eu fazia de tudo para ela acordar, mas ela estava molinha, como se não tivesse  forças. Foi quando eu liguei para o médico e ele me mandou ir, na hora, para um pronto socorro. Graças a Deus não aconteceu nada grave, mas o médico me deixou bem claro que o risco de algo mais grave, nesses casos se intoxicação, é grande – disse a dona de casa que, sempre que pode, faz questão de contar a história para todas as mães que têm filhos pequenos, como forma de alertá-las.

Você também pode gostar

diário do vale

Av. Pastor César Dacorso Filho nº 57

Vila Mury – Volta Redonda – RJ
Cep 27281-670

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99974-0101 – Comercial

(24)  99208-6681 – Diário Delas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

colunas

© 2025 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996