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Volta Redonda – A primeira turma de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) – antiga Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda – completa cinquenta anos desde a formatura, em 1973. Para comemorar o Jubileu de Ouro, ex-alunos da instituição promovem, neste sábado (11), um reencontro especial. A celebração acontece às 11h, no auditório William Monachesi, no campus Olezio Galotti, em Três Poços.
Para a médica Neuza Jordão, uma das alunas da turma Professor Clóvis de Oliveira, o evento promete muita emoção. Afinal, de acordo com ela, da primeira turma de médicos formados pelo UniFOA saíram nomes que se destacaram não apenas na Medicina, mas também na área acadêmica e na política – ela mesma, por exemplo, foi vereadora e há anos se dedica à prevenção contra as drogas em Volta Redonda e região.
Num bate-papo descontraído com o DIÁRIO DO VALE, Neuza e mais dois colegas de turma falaram sobre as expectativas que têm para o grande reencontro. “A expectativa é a melhor possível, e eu nem esperava que tivéssemos tanto para lembrar, pois passamos muito tempo longe uns dos outros”, comentou o médico Cláudio Rômulo Siqueira Filho. “A ideia deste reencontro foi uma surpresa muito grata”, disse, acrescentando que, apesar da passagem do tempo, o sentimento de amizade prevaleceu – e a distância não atrapalhou.
Já o médico Pedro Paulo Coelho Filho destaca que a Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda abriu caminhos para que outros profissionais surgissem. “Foi um curso maravilhoso, não deve a nenhum outro. E tenho as melhores recordações de todos os colegas”, afirmou, fazendo questão de lembrar que, muito antes do grande campus de Três Poços, o curso de Medicina funcionava em cima de um posto de gasolina no bairro Aterrado. “No primeiro andar tinha um Pronto Socorro geral, que foi o primeiro da cidade. A nossa prática médica começou lá”, recordou.
Alunos de uma faculdade do interior, eles muitas vezes foram tratados com certo menosprezo pelos colegas da capital. Mas nada que abalasse o desejo que tinham de serem os melhores em suas áreas. “A maioria de nós se posicionou muito bem, com passagens por grandes hospitais”, contou Cláudio, ressaltando que muitos de seus colegas se tornaram professores e pesquisadores em universidades de renome.
“Nossa turma ficou muito unida. De cinco em cinco anos fazíamos um encontro e já vínhamos conversando sobre este jubileu”, revelou Neuza Jordão, lembrando que um dos entusiastas da ideia, o médico José Carlos Miranda, faleceu antes que a festa se concretizasse. “Estamos espalhados pelo país, era difícil juntar todo mundo. Agora, esta é a oportunidade para vivermos a alegria do reencontro e a saudade de que já se foi”, completou.
A turma de 1973 não teve festa, nem baile de formatura, pois nos idos da década de 1970 a situação política do país era, nas palavras da própria Neuza Jordão, “tumultuadas”. Agora, passados tantos anos, a celebração com certeza será diferente – com muita saudade, muitas recordações, mas nem por isso menos emocionante.