Feministas de Volta Redonda se manifestam contra a ‘cultura do estupro’

by Diário do Vale

Volta Redonda – Após o caso de estupro coletivo de uma jovem na Zona Oeste do Rio de Janeiro, militantes feministas de Volta Redonda se mobilizam nas redes sociais para um ato público de repúdio à ‘cultura do estupro’, campanha de abrangência nacional. O protesto está programado para o próximo dia 5 de junho, domingo, na Vila Santa Cecília. O objetivo, segundo as organizadoras, é dialogar diretamente com a população, a fim de promover a conscientização sobre as diversas formas de violência contra a mulher, sobretudo o abuso sexual.

Segundo as feministas, a escolha do domingo pela manhã para conseguir atingir o grande público, principalmente dos que vão à feira livre. A manifestação prevê gritos de palavras de ordem, cartazes e panfletos. Numa página do movimento numa rede social, até o fechamento desta edição, haviam 1,3 mil pessoas confirmadas presença no evento chamado de ‘Pelo fim da cultura do estupro! – VR’.
A iniciativa da manifestação foi da estudante Ana Beatriz Vieira, de 16 anos, que buscou parceria com os coletivos feministas Medusas, Tiamat, Vira-Latas, Feminismo SulFlu, Juventude Revolução e Secundaristas. Segundo ela, o caso da jovem estuprada por, pelo menos, 30 homens, foi o estopim para casos que sempre a deixam indignada e a fazem se sentir impotente.
– Todos os dias vemos na TV e na internet casos de estupro em todo o Brasil. E eu sempre fico indignada com isso, mas depois do acontecido com a jovem, que tomou essa repercussão mundial, eu fiquei me sentido impotente, sabe?! E pensei comigo mesma que poderia ser eu no lugar dela. E eu mesmo para baixo e muito revoltada, pensei: “Não posso me calar diante disso” – contou.
O pensamento é parecido com a também organizadora da manifestação de repúdio, Isadora Brum.
– Creio que o ato e a unificação é um grito feito pela síntese da indignação de todas nós, juntas – disse.
A militante da Juventude Revolução, Jad Tristinny de Moraes Ávila, de 20 anos, cursa Direito, e acredita que seja fundamental apresentar a pluralidade de organizações e não ser um ato unitário, em questão de gênero. Embora a articulação do evento não conte com a participação de homens, muitos têm se mostrado solidários à causa. Mas as militantes enfatizam que não deve haver qualquer protagonismo masculino.
– Particularmente acho que excluir qualquer gênero da luta é uma forma de sectarizar a luta. Sou classista, minha luta pela mulher é feita de forma conjunta com a classe trabalhadora, e acredito que nada está isolado e tudo tem um denominador comum: a propriedade privada dos meios de produção. Logo, como lutar pela mulher sem lutar pelo fim do patriarcado? E os homens não são seres isolados no mundo, devem participar de lutas até como forma de desconstrução. Desde que o protagonismo nas lutas por mulheres seja feito por nós, mulheres – destacou Jad.

Prioridade às investigações

O governador em exercício Francisco Dornelles determinou prioridade máxima às investigações sobre o estupro coletivo da adolescente de 16 anos, “até a identificação e a rigorosa punição dos envolvidos na barbárie”. O Governo do Estado do Rio de Janeiro está atuando firmemente no caso com a inteligência da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), o atendimento especializado da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) e o possível apoio operacional de outras delegacias e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A Polícia Civil será incansável na solução do caso, garante o governador em exercício.
– O que aconteceu é estarrecedor e inaceitável. Estamos atuando em regime de prioridade, com total dedicação de nossas autoridades e profissionais, para que tenhamos uma rápida resposta à vítima, sua família e à sociedade. Também estamos dedicados ao fundamental acolhimento e ao amparo psicológico à adolescente e sua família, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos – reforçou Dornelles.

‘Tolerância zero’ contra abuso de menores

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pertencente às Organizações das Nações Unidas (ONU), também se manifestou em nota divulgada nesta sexta-feira (27). A entidade pede para que o poder público e a sociedade tenham tolerância zero a casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, crime considerado inaceitável. Estupro coletivo, de acordo com o Unicef, é grave violação dos direitos humanos e soma às altas estatísticas de violência no país.
O Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, o Disque 100, registrou 17.588 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes no ano de 2015, equivalente a duas por hora. De acordo com os dados, foram 22.851 vítimas, sendo 70% meninas. A organização observou que a divulgação das imagens de casos de abuso indica que a violência contra menores é vista como algo natural no Brasil. “É inadmissível que a violência sexual continue sendo banalizada. Tolerância zero a todas as formas de violência contra crianças e adolescentes”, diz a nota.

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18 comments

MARDUK 29 de maio de 2016, 16:47h - 16:47

Complexo de inferioridade, vitimismo e reação agressiva são marcas registradas do movimento feminazi. Vcs não representam as mulheres de verdade, aquelas que aceitam sua condição de fêmea e sabem tirar proveito disso com inteligência. A sutileza é a única forma de uma mulher se impor perante os homens, pois pela força nunca o farão. Continuem destilando seu veneno, sua rabugice, que isso só faz mal para vcs próprias.

lila 31 de maio de 2016, 11:04h - 11:04

Idiotas como MARDUK que não são machos e nem fêmeas, pois passam a vida em seus quartos escuros vestidos com seus roupões de machão mas por baixo uma calcinha e sutiã bem sexy, não pode estar aqui ditando ordens e dizendo o que as outras pessoas devem escrever, portanto meu senhor ou minha senhora como queira, vai plantar batata e para de pagar mico.

lucian 28 de maio de 2016, 23:26h - 23:26

Mal do povo brasileiro é que agora qualquer coisa que divulga na internet já saem fazendo manifestações e o caramba, nem sabem o que rolou, basta alguém divulgar e pronto povão fica doido, não sabem se a menina quiz fazer suruba, ou vamos ser hipócritas de dizer que adolescente não usa droga e não faz sexo,não sabe se foram 30 mesmo, na foto e vídeo só aparece 1 cara, daqui a pouco morre 30 inocentes ai, igual teve o caso do rapaz do sto agostinho que morreu a paulada acusado de machucar a filha e depois a mulher falou que mentiu, vamos parar de palhaçada e ter discernimento meu povo.

Paulo 28 de maio de 2016, 19:12h - 19:12

Falar em machismo e cultura do estupro só serve para assuntos eleitoreiros. Acabei de ler uma notícia que uma adolescente foi torturada e arrastada nua pelos cabelos por uma mulher supostamente traída, em SP. Maldade tem aos montes, tem policial sendo assassinado, mulheres, crianças morrendo ou sofrendo violência todos os dias. A diferença é como se interpreta as situações. Esses que tanto fazem alarde pelo caso da menina estuprada, querem legalizar drogas, apoiam esses funks que estimulam tudo de ruim que se possa imaginar e impedem que homens e mulheres decentes se defendam a altura de criminosos pois os veem como vítimas da sociedade! Entendem a gravidade da coisa? É um círculo vicioso que jamais terminará se manterem essa mentalidade.

lila 29 de maio de 2016, 10:04h - 10:04

Paulo, exatamente isso aí, concordo totalmente com você, se é para escrever algo então que seja sensato e de acordo com a realidade, que outros consigam entender isso. Parabéns e obrigada.

perito 28 de maio de 2016, 17:54h - 17:54

Porque ninguém se manifestou a 3 ou 4 meses quando uma mulher, trabalhadora, estudante foi estuprada e morta no pereque? Essa garota dessa semana segundo áudios e posts no próprio Facebook fez tudo de livre e espontânea vontade. Depois de ter dado para 30 voltou 3 pediu para dar para 50. Cada as feministas para defender a liberado de escolha dela para dar
para quantos quiser? Esse país esta uma inversão de valores incrível.

Lene 28 de maio de 2016, 21:47h - 21:47

Me deu nojo ler seu post!

Emissário do Mestre 29 de maio de 2016, 10:22h - 10:22

Exatamente, quando é para defender cidadãos de bem essas entidades humanistas de cunho esquerdista se omitem, agora quando o fato acontece com pessoas de moral duvidosa correm pra ganhar a mídia com seus discursos inflamados. Ficante, que é uma gíria para pessoa com a qual se prática sexo descompromissado, transforma-se em relacionamento, e por ai vai. A mina tava envolvida com vagabundo, qual o nome de mulher q cola com vagabundo? Daí pegam esse caso enrolado e mau contado e o utilizam para crucificar todos os homens, é muita canalhice!

Paulo 28 de maio de 2016, 14:28h - 14:28

O dia que seios de fora, pêlos no sovaco e abraços na lagoa Rodrigo de Freitas resolverem algo, me digam. Não se conscientiza marginal nenhum, marginal é marginal.
O próprio delegado ainda não encontrou elementos para pedir a prisão dos traficantes, pois a história está mal contada sim.

Bner 28 de maio de 2016, 12:42h - 12:42

Marduk estar mais do que certo !!! parem de ser tao idiotas !^^ diario do vale publicando isso que decadencia *—* o.O Estrupo nao é cultura !!!!! Estrupo é crime ! *—–* estão envergonhando a cidade de VR vai querer conscientizar bandido com plaquinhas e tetas de fora ! o.O e não nao estão tentando mudar nada ! Feministas nunca lutaram por nada sair em protesto com teta de fora e cartaz de grito ódio aos homens nao é ser a favor de basicamente nada ! Onde pra maioria das feministas não aceitam opiniões diferentes que não esteja de acordo com a idiotizaçao delas e sempre estão ao lado de palestrantes de direitos humanos que defende o erro e vivem em um mundo onde ninguém é responsável pelos seus atos ! Que todos eles renegaram a lei dos deputados de direita sobre a castração química e foram contra a redução da maioridade penal ai pra depois fazer passeata pela conscientização do estrupo contra aos homens colocando todos no patamar de estupradores se dizendo lutar pela sociedade !!!! que vergonha !!! ¬¬ onde basicamente todos ficam indignados pregam por justiça seja qual crime for não é só homem que estrupa ¬¬ não existe cultura de estrupo ninguém prega por isso ao contrario o povo em geral odeia bandido e em casos faz justiça com as próprias mãos nenhum crime deixa de acontecer por causa passeata com corpo rabiscado e teta de fora com sovaco cabeludo e plaquinhas de ódio aos homens !!! Devemos lutar sim ! por leis mais severas pelo armamento do cidadão de bem e pela justiça !

Costa 28 de maio de 2016, 12:10h - 12:10

Nenhuma justificativa para esses crime bárbaro, tinha que castrar esses bandidos, mas que a conduta dela facilitou ninguém pode negar, a mãe e a vó afirmaram que faz tempo que ela se relacionava com bandidos.

CADEIA NELES!!! Mas este movimento feminista, eim... 28 de maio de 2016, 11:50h - 11:50

O feminismo começou como um movimento legal, sério e que buscava espaço para as mulheres. Hoje, caiu em exageros loucos, em reivindicações completamente sem noção (como exigindo mulheres a deixar pêlos bem grandes debaixo das axilas para “se igualar” a homens). Isso só pra citar uma entre dezenas de aberrações por “elas” indicadas. Estupro é CRIME e não há cultura de estupro no Brasil. Faltam leis duras e educação ao povo e isso desde muito cedo. O movimento feminista, quando em suas postagens incitam mulheres a dizerem ‘FODA-SE’ aos seus companheiros em resposta a algum gesto de pedido ou cavalheirismo, ou quando manda cortar o pênis por exemplo, só contribui pro aumento da violência. REPETINDO: Começou como um movimento sério e reivindicativo. Hoje, caiu em completo DESCRÉDITO, pois mais divide do que tudo. Divide desde gêneros, incita a guerra idiota entre os sexos e não acrescenta nada. Um evento deste com míseros 1,3 mil pessoas numa cidade de mais de 250 mil habitantes dá o tom exato de como a população não leva a sério este movimento onde as tais feminicistas buscam mais querer aparecer do que tudo. É preciso saber primeiro o que se busca reivindicar de verdade e o que é útil. O discurso e as reivindicações são cada vez mais toscos. Movimento FRACO e SEM CRÉDITO!… Vocês realmente estão sentidas com o que aconteceu com a moça ou se aproveitam deste fato triste e de grande repercussão para aparecer? … ‘A violência começa quando fazemos separações; de gênero, de classes, de religião, de nacionalidade, enfim, de tudo’. Defendam a vida, os bons valores, os bons costumes, a paz, a união, a caridade, o progresso. Se, ao invés da menina, tivesse acontecido essa mesma barbárie com um menino de 16 anos haveria este “protesto”, essa “manifestação”?… Aí é que está. ZERO DE CRÉDITO!

Vander Faria 28 de maio de 2016, 10:21h - 10:21

Tem um certo deputado que propôs castração Química e até pena de morte para casos assim…mas os militantes preferem criar TEXTÕES, filtro para colocar na foto na rede social e invés de apoiar o projeto preferem chamarem o mesmo deputado de facista,machista e até estrupador… tem algo errado… não se vai a guerra com textoes e flores…

CARLOS 28 de maio de 2016, 10:11h - 10:11

QUERO DEIXAR BEM CLARO QUE SOU TOTALMENTE CONTRA O ESTUPRO, MAS ISSO PRECISA SER MUITO BEM INVESTIGADO POIS OQUE NÃO ESTOU ACHANDO QUE ESTÁ FECHANDO NESTE FATO É DE QUE UMA MULHER SER ESTUPRADA POR 30 HOMENS NO MÍNIMO TERIA QUE ESTÁ INTERNADA NO HOSPITAL POR TAMANHA VIOLÊNCIA E NO MINIMO EM ESTADO GRAVE MAS NÃO É ISSO QUE SE VÊ, ESTÁ NORMAL ALEGANDO APENAS ESTADO EMOCIONAL, VAMOS TOMAR CUIDADO COM O JULGAMENTO PRECISA SER MUITO BEM INVESTIGADO
PARA SABER SE REALMENTE OS FATOS CONDIZ COM A REALIDADE! NÃO AO ESTUPRO!!!

lila 28 de maio de 2016, 14:08h - 14:08

Carlos, também concordo com você, apesar de ter nojo de certos comentários ridículos que leio, estou achando muito estranha essa estória, precisa ser muito bem investigado, principalmente por ser uma menor de 16 anos, e a coletiva que os investigadores e a delegada deram também foi sinistro. Vou assistir a entrevista dela para o Jornalista Roberto Cabrine no SBP .

MARDUK 28 de maio de 2016, 08:41h - 08:41

Realmente, deve ter um monte de “Tiamat” aí nesses protestos, aqueles dragões de três cabeças que ninguém quer encarar. Aprendam uma coisa: estupro não é cultura, estupro é CRIME e deve ser tratado como tal. Nunca vi ninguém sair pela rua com cartazes do tipo “não mereço ser roubada” ou “você não tem o direito de roubar minha bolsa”. Vão querer conscientizar bandidos agora? Coisa mais sem noção e falaciosa!

lila 28 de maio de 2016, 09:22h - 09:22

Será que esse MARDUK é funcionário do DV, ou então não dá pra entender a publicação de um comentário imundo como esse, ACORRRRRRRRDA Diário do Vale pelo amor de Deus antes que a polícia tenha que fazer isso.

Lene 28 de maio de 2016, 21:52h - 21:52

torcendo para as mulheres de sua familia serem estupradas.

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