Ferreomodelismo vira ‘terapia’ em Volta Redonda

by Diário do Vale
Ferreomodelismo: Em Volta Redonda alguns ferreomodelistas possuem verdadeiros ‘patrimônios’ em casa (Foto: Divulgação)

Ferreomodelismo: Em Volta Redonda alguns ferreomodelistas possuem verdadeiros ‘patrimônios’ em casa (Foto: Divulgação)

Volta Redonda – O ferreomodelismo é um dos hobbys mais antigos do mundo, e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.

Em Volta Redonda, por exemplo, alguns ferreomodelistas possuem verdadeiros “patrimônios” em casa, e até hoje os trens despertam curiosidade e saudosismo nas pessoas. A cidade, aliás, também teve seu desenvolvimento ligado à ferrovia, e a primeira estação da cidade foi inaugurada em 1871.

O representante comercial Flávio Abbud, de 58 anos, sempre gostou de trens e é adepto do ferreomodelismo há seis anos.

– Mexo em minha maquete diariamente e, às vezes, fico até de madrugada. Antes trabalhava para manter meu hobby e hoje mexo nele para trabalhar uma terapia, sem limites – diz Abbud, que possui uma coleção com 200 locomotivas e 400 vagões, além de uma maquete com 400 metros de linhas férreas, uma das maiores do país.

Para exercer o hobby, ele teve o apoio do pai e quer deixar este legado para seu filho.

– Quando vivo, meu pai sempre me acompanhou na montagem da maquete, e quero deixá-la para meu filho, hoje com 28 anos – afirma Abbud, que mensalmente reúne-se com um grupo de cerca de 15 pessoas para praticar o ferreomodelismo.

Devido à sua localização privilegiada, a região de Volta Redonda é uma das mais desenvolvidas do Estado e um dos mercados mais promissores para a Frateschi Trens Elétricos, única fabricante de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais na América Latina, com sede em Ribeirão Preto, no interior paulista.

– As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do ferreomodelismo para as futuras gerações – diz Lucas Frateschi, diretor da empresa. No Brasil, inclusive, existem diversas associações que reúnem os amantes deste hobby saudável e interessante.

Sobre a Frateschi

Fundada em 1967, a Indústrias Reunidas Frateschi é a única fabricante da América Latina de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais. Situada em Ribeirão Preto, no interior paulista, tem a missão de divulgar e preservar a memória ferroviária do Brasil, por meio da prática do ferreomodelismo. A empresa tem a convicção de que importantes relações humanas como a interação entre pai e filho, avô e neto e amigos são fortalecidas em momentos descontraídos durante a prática deste hobby.

Com atuação nacional e internacional, a Frateschi possui representantes nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará e Pernambuco, além do Distrito Federal. No exterior, seus representantes estão na Argentina, Chile, Uruguai, Austrália, Nova Zelândia, Rússia, Suíça, África do Sul e Taiwan.

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1 comment

Al Fatah 11 de setembro de 2016, 23:24h - 23:24

Quando criança e já na adolescência, sempre quis ter um Ferrorama, desses mais simples mesmo, mas que custava caro e meu pai não tinha condições financeiras de adquirir. Hoje poderia comprar, mas o interesse se foi, prefiro o computador para simulações… De qualquer forma, ele nunca perde seu encanto!…

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