Grávidas devem evitar repelentes caseiros contra vírus Zika

by Diário do Vale
gravidas - zika virus

Cuidados: Infectologista recomenda que grávidas usem repelentes para não serem picadas pelo mosquito transmissor do vírus Zika (Foto: Jaelson Lucas/ SMCS)

Rio – Com o aumento de casos de microcefalia no país, relacionados ao vírus Zika, a coordenadora do ambulatório de microcefalia do Hospital Oswaldo Cruz, Regina Coeli, recomendou que grávidas usem repelentes para evitar que sejam picadas pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus.
O Hospital Oswaldo Cruz tem centralizado o atendimento aos pacientes com Zika em Pernambuco, estado que registra o maior número de casos de microcefalia, com mais de 800. Em uma palestra no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) esta semana, a médica alertou que as gestantes busquem usar os repelentes do tipo deet e icaridina e evitar os repelentes caseiros, pois não têm comprovação científica de serem eficazes.
“A gente orienta que os repelentes caseiros não têm nenhuma conotação científica”, disse.
A diferença entre o deet e o icaridina, segundo Regina Coeli, é o tempo de intervalo para o uso. Enquanto o deet deve ser passado aproximadamente de três horas em três horas, o icaridina pode ter intervalos de oito a dez horas. Em dias quentes, os períodos de reposição devem ser menores por causa do suor.
A infectologista destacou também que a detecção de vírus Zika não é motivo para as mães interromperem a amamentação, pois o vetor de transmissão da doença é o mosquito. Outro mito que a médica desmentiu foi a associação de que vacinas para gestantes pode causar a doença. “Todas as vacinas dadas às gestantes são seguras”.
Como ainda não existe exame específico para detectar o vírus, a confirmação dos casos tem ocorrido por meio do PCR, atualmente o exame mais confiável para o diagnóstico e deve ser feita o mais cedo possível. Regina Coeli recomenda que as gestantes com manchas vermelhas no corpo procurem imediatamente o obstetra para que o exame seja realizado nos primeiros três a cinco dias. Além das manchas, a gestante também pode ter febre.
“Antes de qualquer coisa, é preciso se tranquilizar. Nem toda manchinha vai ser infecção pelo Zika e vai provocar microcefalia. Pode ser um quadro alérgico, por exemplo”.
Em caso de diagnóstico do Zika durante a gestação, a coordenadora orienta que o ultrassom seja feito um mês depois do surgimento da doença, pois antes desse período é difícil identificar efeito do vírus. O ultrassom mais conclusivo se dá entre a 32ª e a 35ª semanas de gestação.
“Não há necessidade de fazer ultrassom todo mês. Se você tem a infecção, espere pelo menos um mês para fazer o ultrassom. E se, em um mês, foi normal, entre a 32ª e a 35ª semanas, faça um novo ultrassom”.
A associação entre a microcefalia e o vírus Zika, reconhecida pelo Ministério da Saúde, ocorre somente nos primeiros quatro meses de gestação, explica Regina Coeli. Ainda não há informações suficientes, segundo ela, para confirmar uma relação entre o contágio por Zika nas semanas seguintes e problemas de saúde no bebê.
A médica destacou que é preciso dar acolhimento a mães, que estão com muitas dúvidas e nervosismo. “As mães chegam muito exauridas do ponto de vista psicológico. A gente tem que dar muito amor a essas crianças”.

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4 comments

euzinho 13 de dezembro de 2015, 12:49h - 12:49

USEM REPELENTE DE TOMADA EM CASA DE DIA, POIS ELE PICA DE DIA,SAIAM DE CALÇA COMPRIDA OU VESTIDOS ATÉ O PÉ EVITEM SAPATOS ABERTOS , COMPREM REPELENTE DE PELE INFANTIL E REPASSEM DURANTE O DIA.
E DEPOIS QUE A CRIANÇA NASCER CUIDADO COM ELA, REPELENTE, MOSQUITEIRO DE BERÇO E CARRINHO,CUEIRO ,E DE PREFERENCIA REPELENTE ELÉTRICO LIGADO DIA E NOITE.
MAS O IDEAL É PUNIR ESSAS PESSOAS QUE CONTINUAM COM FOCOS EM CASA .
NÃO É POR IGNORÂNCIA E SIM POR PREGUIÇA E DESLEIXO.

Nei 13 de dezembro de 2015, 10:56h - 10:56

Será que o repelente caseiro não tem eficácia mesmo ou ela está defendendo a indústria do setor? Com essa crise e os repelentes são baratinhos, né? Mas ninguém vai querer se arriscar já que ela é uma autoridade no assunto. E porque ainda não comprovaram cientificamente?

Barramansense 14 de dezembro de 2015, 18:46h - 18:46

Eu sou biólogo, também não posso confirmar com algum estudo científico que o repelente caseiro funcione, porém, por experiência própria estou tendo um bom resultado, até melhor com o repelente caseiro a base de cravo da índia, pois na minha casa tem muito aquele mosquitinho pólvora, o qual quase não da para ver, mas que pica pior do que o aedes, e eu passo e fico vários horas sem ser picado, mas com o repelente off não adianta nada, o repelente caseiro é eficaz contra os dois o pólvora e o aedes, já o repelente off não adianta com o mosquitinho pólvora.

Mahathma Glande 12 de dezembro de 2015, 18:38h - 18:38

Tudo bem fiquem tranquilas dizem os especialistas . Agora tranquilizar as gravidas de que tudo é brincadeira é que não é honesto ;a coisa é seria e as mães devem sim se preocupar seria o slogan certo

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