Grupo de Apoio à Adoção comemora um ano de ações voluntárias em Barra Mansa

Barra Mansa – Criado para aumentar a conscientização da sociedade sobre a adoção, além de esclarecer e auxiliar casais para esse tipo de processo, o Grupo de Apoio à Adoção de Barra Mansa (GAABM) comemora neste domingo um ano de ações voluntárias no município.

De acordo com uma das idealizadoras e atual coordenadora do grupo, Marcília Leite Arantes, além de ter alcançado o objetivo de ajudar muitos pais a encontrarem seus “filhos de coração”, sejam crianças ou adolescentes, o grupo tem motivos de sobras para celebrar as conquistas ao longo dos últimos 365 dias.

– Um grupo que nasceu com a simples ideia de ter uma conversa informal com pessoas que querem, ou que já adotaram a tirar dúvidas com profissionais e ter informações sobre esse mundo da adoção, tem crescido e recebendo missões divinas e que nos enche de entusiasmo. Depois que eu e meu marido vivermos a experiência da adoção e percebemos todas as dificuldades e  a falta  de informação sobre o  assunto, decidimos iniciar aqui na nossa cidade esse grupo e, desde então, somente coisas boas estamos colhendo – destaca Marcília.

Um grande marco do grupo, segundo ela, foi ter conseguido junto à Câmara de Barra Mansa a aprovação da lei que institui a Semana Municipal da Adoção, que deverá ser realizada, anualmente nos dias que antecedem o dia 25 de maio, Dia Nacional da Adoção. A semana, segundo Marcília, passou a fazer parte do calendário oficial do município e tem como um dos objetivos estimular as famílias a aderirem programas de adoções que sejam legais

– Ter conseguido implantar a Semana Municipal da Adoção, com certeza, foi uma grande conquista para o nosso grupo, ao longo desse um ano de atividades.  A semana terá por finalidade a reflexão, a agilidade, a comemoração e a realização de campanhas de conscientização do tema ‘adoção’, incluindo debates, palestras e seminários educativos – destaca a coordenadora, ao informar que a lei prevê que o evento seja realizado com apoio e parceria do governo municipal.

Cegonhas da Adoção

De acordo com a coordenadora, outra iniciativa do grupo que vem dando certo é o que eles chamam de “cegonhas da adoção”, ou seja, uma busca ativa que ajuda pais a encontrarem filhos e filhos encontrarem pais. Nesse sistema, além de profissionais do judiciário, voluntários também facilitam o caminho entre pais e filhos para que se descubra, crianças de difícil colocação no mundo da adoção como, por, exemplo: portadoras de necessidades especiais, grupos de irmãos, crianças negras, crianças maiores.

– Criamos um grupo no Whatsaap de “cegonhas” e, por exemplo, nesse mês, três casais do grupo vão a Minas Gerais buscar três irmãos biológicos, de 7, 11 E 12 anos. Com isso, eles ficarão cada um com uma família, mas que moram próximas e que vão permitir a convivência entre eles. É imensurável a satisfação de ver o nosso trabalho dando certo – comentou a coordenadora, ao informar que outra grande conquista do grupo foi a recente visita ao Lar Acolhedor, um abrigo localizado no bairro Jardim Boa Vista que, por algum tempo, ficou com as visitas suspensas.

Sobre o grupo

As reuniões do GAABM são realizadas no salão da paróquia Santo Antônio, que fica localizada na Rua Antônio de Almeida, nº 111, no Bairro Saudade. Todos os encontros acontecem no quarto sábado, de cada mês, sempre às 16 horas. Na oportunidade, casais que lidaram com as dificuldades pessoais como, por exemplo, o medo, o receio sobre o que a família iria pensar, sobre se realmente seria capaz de amar um filho adotado e o pior, que tiveram que esperar a lentidão nos processos, contribuem com seus depoimentos a fim de passar para os futuros pais adotivos que todo sofrimento valeu a pena.

– Infelizmente, uma gestação do coração não tem nenhum prazo definido e é preciso que os casais tenham consciência que, apesar de todas as dificuldades, eles serão muito felizes e farão a diferença na vida de uma criança Convidamos casais que já adotaram seus filhos,casais que pretendem adotar e todas as pessoas e profissionais que apoiam a causa a participarem conosco e assim somarmos forças e mudarmos  vidas – enfatiza Marcília, ao ressaltar que o grupo tem o apoio da Vara de Infância e de advogados voluntários.

 

Por Roze Martins

Especial para o DIÁRIO DO VALE