Kartódromo de Volta Redonda continua com atividades suspensas na pandemia

Espaço está a mais de 90 dias fechado em decorrência das medidas restritivas contra a Covid-19
(Foto: Divulgação)

Volta Redonda– Localizado no bairro Aero Clube, o Kartódromo Internacional de Volta Redonda sempre foi referência de lazer e turismo para os amantes de Kart. Mas devido à pandemia do novo coronavírus, o espaço está a mais de 90 dias fechado em decorrência das medidas restritivas contra a Covid-19. De acordo com o empresário e administrador do local, José Fardim, desde o dia 15 de março, o Kartódromo não está tendo nenhuma atividade.

Com isso o espaço de lazer, esporte e turismo está deixando de receber em torno de 1.500 visitantes por mês. Os eventos programados como a Copa Brasil de Karts tiveram de ser cancelados agravando a situação do turismo no local.

– A paralisação repentina nos pegou de surpresa, pois já estávamos preparando a arena desde a primeira semana de março para a realização da Copa Brasil de Karts. Um evento nacional que realizamos há 10 anos e que é muito valorizado e importante no esporte automobilístico nacional reunindo um grande público e movimentando o turismo na região. Já tínhamos até feito a pintura completa da pista para este evento que ocorreria entre os dias 29 e 30 de abril e 1º de maio – lamentou.

Com todas as atividades paralisadas, o administrador José Fardim explicou que está tendo uma despesa grande para realizar as manutenções corretivas e preventivas do local e manter alguns funcionários em atividades como zeladores e vigilantes.

– Tenho que manter a grama cortada e aparada, como também a pintura em dia, para quando as atividades voltarem, tudo tem de estar preparado para reiniciarmos o trabalho e recebermos o público com tranquilidade e segurança – ressaltou.

Segundo José Fardim, com a paralisação o capital de giro, suficiente para manter o Kartódromo por 30 a 60 dias, já foi todo consumido e o restaurante anexo ao Kart também está fechado, por causa da queda no movimento, e das medidas de prevenção a Covid-19, que restringe em 30% o público no local.

– Em relação aos funcionários, dei férias, e agora estão em suspensão de contrato através do acordo trabalhista com o governo. Já o restaurante, como ele vive em função do público que frequenta o Kartódromo, e se não tem o público do Kart não tenho movimento no restaurante, resolvi mantê-lo fechado. Além do que, funcionar com restrição de público devido às medidas restritivas, é muito pouco para dar equilíbrio econômico – afirmou.

Outra preocupação do administrador Fardim é em relação aos 140 Karts que estão paralisados há mais de 90 dias. “Uma vez por semana tenho ligado os motores e aproveito para dar uma checagem nos pneus, para mantê-los sempre calibrados”, destacou.

O administrador do Kartódromo lamentou que devido a paralisação todos os eventos esportivos deste ano ligados ao Kart foram cancelados como no caso do Campeonato Estadual em julho e a Copa Sul Fluminense de Kart.

José Fardim também se recente da impossibilidade da não realização do programa ‘Piloto Cidadão’, que tem caráter educacional e social, tendo como objetivo proporcionar a iniciação da prática do kartismo amador de forma gratuita para crianças entre 8 a 15 anos. Mas que devido a suspensão das atividades escolares, está impedido de dar continuidade no Kartódromo.

– Vamos torcer para que tudo acabe bem e que possamos retornar as nossas atividades em breve – disse esperançoso o administrador.

 História

O Kartódromo de Volta Redonda foi inaugurado em 1966. Viveu uma época dourada, abrigando em seus 1.250 metros de pista nomes como Emerson Fittipaldi, entre outros destaques da modalidade. Depois, caiu em desuso, ficou abandonado e servia para algumas pessoas fazerem caminhadas. Até que em 2007 teve início um processo de reforma, adequando a pista às novas exigências da modalidade. O Kartódromo ganhou padrões internacionais, atendendo aos requisitos para homologação. Atualmente, além de abrigar provas importantes da modalidade, é ainda um grande centro esportivo, de lazer, social e gastronômico.

Por Júlio Amaral