Posseiros querem participar da escolha do presidente do Furban

by Diário do Vale
furban vr

Ato: Posseiros fizeram manifestação em frente ao prédio do Furban no Aterrado/ Foto: Enviada pelo WhatsApp

Volta Redonda- Posseiros de diversas localidades da cidade fizeram manifestação na manhã de ontem em frente ao prédio do Furban (Fundo Comunitário de Volta Redonda), anexo ao Palácio 17 de Julho, sede da prefeitura, no Aterrado. Na lista de reivindicações, um dos principais itens é a participação dos conselheiros do Furban na indicação de um nome para ocupar a diretoria da autarquia, presidida atualmente por Marco Antônio Marques.
Os posseiros querem ainda que o Furban apresente projetos de melhorias nas áreas de posse, em especial para as 900 casas do Condomínio Morada do Sol, no Siderlândia. Os imóveis desta localidade, ocupada em 1996, estão com rachaduras e a maioria apresenta risco de desabamento. Durante a manifestação, as famílias apresentaram fotos dos imóveis ao prefeito Samuca Silva, que, segundo os posseiros, se comprometeu a avaliar o assunto. Atualmente o município possui 176 núcleos de ocupação.
– Estamos passando por diversas dificuldades e o Furban surgiu para isso, ou seja, nos dá suporte e desenvolver projetos para melhorias das áreas ocupadas na cidade – ressaltou a moradora do Morada do Sol, Cleuza Franco de Paula.
Outra reivindicação dos posseiros é o uso exclusivo do prédio do Furban para departamentos destinados aos projetos da autarquia. O local, de acordo com os posseiros, teria perdido sua função ao abrigar diversos setores da prefeitura que não estejam relacionados aos trabalhos executados pelo Furban.
– Aqui tem departamento e diversas secretarias com funções que sequer estejam relacionadas às áreas de posse, o que a nosso ver, contradiz o projeto inicial do Furban – ressaltou outro posseiro Osmar Maia, morador do Núcleo de Posse Três Poços.

Reunião

Ontem, o prefeito Samuca Silva recebeu uma comissão de oito posseiros e apresentou um pacote contendo 40 obras, orçadas em R$ 1,6 milhão, a serem executadas pelo município através do órgão. Entre os serviços constam a contenção de encostas, manutenção de servidões, escadas e quadras, além de drenagem. O prefeito lembrou ainda que esta adotando medidas para colocar em prática a legislação prevendo, entre outros itens, que o Conselho Comunitário do Furban participe de decisões a serem adotadas pela autarquia.
– Essa é uma das questões centrais do nosso governo. Determinei desde o início do ano, que o Furban tenha seus projetos focados em questões voltadas para as melhorias das áreas de posse. A procuradoria do município já está definindo as ações que serão adotadas para que o Fundo se enquadre no que exige a legislação. Um novo organograma já foi elaborado e tudo está sendo acompanhado pelo Conselho Comunitário do Furban – disse Samuca Silva.
 
Furban

O Fundo Comunitário de Volta Redonda, popularmente conhecido como Furban, foi criado em 1993, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida deste público. A autarquia surgiu com o apoio da Igreja Católica, pela Comissão de Direitos Humanos e pela Comissão de Posseiros Urbanos. Na lista de ações do Furban, no ato da criação da autarquia, foram citadas obras consideradas imprescindíveis para as áreas de posse como: drenagem pluvial, contenções em escória-cimento, muros mistos, cortinas atirantadas e pavimentações dos logradouros e servidões.
A equipe técnica da autarquia é a responsável pela confecção do projeto, execução do orçamento, licitação, acompanhamento e fiscalização das obras, além de medição das mesmas e pagamento dos serviços. Atualmente os serviços de engenharia desenvolvidos estão voltados em sua grande maioria na manutenção das áreas urbanizadas e na construção de áreas de lazer e de quadras poliesportivas, atividades que foram ampliadas para diversas localidades da cidade e não somente para as áreas de posse.
É de responsabilidade do Furban fornecer autorização ao Saae-VR (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), para que o mesmo execute a ligação de hidrômetros nas habitações edificadas nas áreas verdes de Volta Redonda, transferências de cadastro e vistorias, quando solicitadas pela população.

Lílian Silva
(Especial para o DIÁRIO DO VALE)

 

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13 comments

VAI VENDO 27 de outubro de 2017, 21:42h - 21:42

“Os imóveis desta localidade, ocupada em 1996, estão com rachaduras e a maioria apresenta risco de desabamento.”

Ué! E desde quando o governo é responsável por manutenção nas casas dos posseiros???

Será que foi promessa de algum vereador ou outro politiqueiro para angariar votos dos posseiros??

Pensando bem, eu tbm vou reivindicar a troca do telhado de minha residência. Será que o FURBAN aceita?

Posseiro 27 de outubro de 2017, 18:11h - 18:11

Pré-sal prestes a ser rifado.
Aécio reconduzido ao Senado.
Doria anuncia ração humana com resto de comida.
Temer gasta bilhões com deputados para salvar seu desastroso mandato…

E para onde se dirige a ira do pobre nas redes sociais? Contra o pobre posseiro, é claro…

الفتح - الوغد 27 de outubro de 2017, 22:03h - 22:03

A maior ilusão que você vai ter na tua vida acontecerá no dia em que descobrir, por si próprio, que o pobre é tão ou mais desonesto que o boa vida encostado em cargo público. A diferença entre eles é apenas fator proporcional, de oportunidade e ocasião…

O pensamento politicamente correto está acabando com o mundo. Se o cara é pobre, preto, aleijado, barramansuíno, bicha ou idoso, ele é isento de pecado, por ser vítima da tirania da sociedade…

bcorte 27 de outubro de 2017, 15:28h - 15:28

muitas terras para fazer casas
Terras do maurinho assssor do prefeito

revoltado 27 de outubro de 2017, 15:25h - 15:25

Bando de espertos não precisa de casa e sim pega na mão grande pra vender oque não custou nada ve um exemplo Divineia , Beira Rio , São Geraldo como muitos outros isso deveria ser proibido quem trabalha não tem tempo de invadir terras porque sai cedo e volta tarde isso é coisa de gente que não tem oque fazer e a lei ampara mais só ampara em terras particular invadem uma propriedade do órgão publico pra ve oque acontece

VRTRISTE 27 de outubro de 2017, 15:07h - 15:07

SÃO INVASORES,NÃO PAGARAM NADA,INVADIRAM O QUE É DE OUTROS E QUEREM OPINAR ,VAI PLANTAR BATATA ,TA RUIM VAI EMBORA TRABALHA E COMPRA ALGO DO SEU GOSTO PAGUE IMPOSTOS QUE VC VAI TER DIREITO EM RECLAMAR.

zé brega 27 de outubro de 2017, 14:45h - 14:45

e nós, os babacas, pagamos as contas!

الفتح - الوغد 27 de outubro de 2017, 14:00h - 14:00

Estão reclamando de que funcionam outros setores no prédio do Furban? Que diabos esses posseiros entendem de organização administrativa? Isso não é da conta deles, ademais é uma forma de redução de custos, otimizando o uso do espaço… Outra: o Furban não foi feito para fazer reforma em imóveis particulares, e se eles já estavam em situação precária quando ocupados, certamente ninguém autorizou sua invasão…

Vergonha VRFC 27 de outubro de 2017, 13:57h - 13:57

O problema é muitos direitos e poucos deveres. Todo mundo acha que tem direito a tudo e quem paga por isso é quem esta cumprindo com o seu dever. Não sou contra a politicas sociais, principalmente num pais pobre como o Brasil. Mas quem paga por isso é quem trabalha e paga impostos. O dinheiro usado para tais melhorias sairá de quem paga impostos e tem muito pouco de volta por isso. Fica devendo um IPTU pra ver se seu nome não vai pra divida ativa.

Mas, isso é Brasil.

Gustavo 27 de outubro de 2017, 13:09h - 13:09

Não pago impostos para ver pessoas que invadem terras serem beneficiadas, posteriomente com investimentos do governo. O correto é haver uma política de ação social e evitar que haja áreas de posse. A BR 393 não foi duplicada até hoje em razão da questão possessória, ou seja, o desenvolvimento sempre esbarrando em questões sociais.

joão 27 de outubro de 2017, 12:47h - 12:47

melhorar área de posse(infra estrutura) é uma coisa, reformar casas invadidas com dinheiro publico é outra coisa.

AB Negativo 27 de outubro de 2017, 10:25h - 10:25

Versão e não verão

AB Negativo 27 de outubro de 2017, 10:25h - 10:25

Verão Volta Redonda do Pátio de Manobras de Barra Mansa.
Invadem depois exigem.

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