Barra Mansa – O Restaurante Popular, que funcionava no Centro, e Hospital Menino Jesus de Praga, no Ano Bom, que está desativado, vêm servindo de abrigo para pessoas em situação de rua, que utilizam das marquises desses locais para dormir e se protegerem do frio. Além desses espaços, outro local que continua servindo de abrigo é o terminal rodoviário localizado atrás da igreja Matriz de São Sebastião, no Centro. Embora a prefeitura venha realizando ações pontuais no local, com limpezas periódicas, os bancos utilizados pelos passageiros de ônibus, durante o dia, se tornam dormitório para essas pessoas, durante a noite.
O sentimento de quem passa e vê essas pessoas dormindo no chão ou nos bancos de concreto acaba sendo o de solidariedade, principalmente considerando-se o período mais frio do ano. “Sempre passo, bem cedo, em frente ao hospital e vejo uma pessoa toda enrolada em um cobertor. Me sinto insegura porque a gente não sabe quem é, mas na verdade chega a dar pena ver um ser humano nessas condições. Para gente que tem casa, uma cama e os melhores cobertores já é difícil enfrentar as noites geladas. Imagina essas pessoas?”, compara professora de Educação Física Alice Tavares da Silva, de 34 anos.
A pensionista Maria de Lourdes Gonçalves, de 72 anos, mora no bairro Roberto Silveira e sempre se depara com pessoas dormindo embaixo do Viaduto Didácio Fonseca, ao lado da prefeitura. Segundo ela, essas pessoas não são criminosas, mas sim com problemas pessoais que envolvem desde o vício com a bebida como o abandono da própria família.
“Antes dava prazer passar em frente ao Restaurante Popular e ver aquela fila de pessoas idosas, em sua maioria carente, podendo se alimentar com um preço que cabia no bolso deles. Hoje, ver o local ocupado por moradores de rua é muito triste. Essas pessoas não estão ali só porque querem. Na verdade, foram as consequências da vida. Apesar de deixarem o local todo sujo, com aspecto de abandono, a gente acaba entendendo que, pelo menos ali, estão mais protegidos do frio”, comenta a pensionista.
A técnica em química Kelly da Silva Santos, de 34 anos, diz que já perdeu a conta das vezes que presenciou pessoas dormindo no terminal rodoviário onde, segundo ela, até algum tempo também se via muitos usuários de drogas. Ela, que estuda à noite e sempre pega ônibus no local, diz que por ser mulher sempre se sentiu insegura com a presença dessas pessoas. Além disso, Kelly ressalta que muitos desses moradores deixavam suas coisas, papelões e cobertas, espalhados, o que acabava deixando o local com aspecto de abandono. Hoje, ela afirma que por conta das ações da prefeitura o número de pessoa dormindo nos bancos diminuiu, no entanto, ainda é utilizado todas as noites por algumas pessoas.
“Antes estava tudo muito misturado: tinha morador de ruas e usuários de drogas. Eles faziam uma bagunça e emporcalhavam o terminal. Agora, pelo o que tenho observado só permanecem mesmo, durante a noite e as madrugadas frias, quem realmente é morador de rua. Na semana em que teve aquela queda brusca de temperatura, vi várias pessoas se ajeitando para dormir nos bancos, quando saí da faculdade. Por ser um local todo coberto, acho que todos que vivem nesta situação buscaram abrigo ali, naquela semana”, comentou a técnica.

Ao relento: Morador de rua dorme em calçada do bairro Ano Bom, em Barra Mansa
Muitos moradores de rua possuem residência
De acordo com a Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, por meio de uma nota enviada pela Assessoria de Comunicação da prefeitura, muitas pessoas que se encontram nas ruas hoje viviam uma vida normal antes, mas, acabam indo para as ruas por sofrer com um desemprego, doenças, separações e vícios. Conforme afirma a assistência, muitos possuem casa, mas não vão e não mantém relações com os familiares e a grande maioria possui algum tipo de vício, dependência ou problemas psiquiátricos.
A prefeitura, através da Assistência Social, realiza ações para instruir esses moradores de rua e oferece apoio para emissão de documentos e cuidados com a saúde dessa população. De acordo com dados da secretaria, os moradores de rua se dividem em dois grupos: os que sempre viveram em Barra Mansa e raramente possuem vínculos com os familiares e os que vieram de outras cidades do país e perdem o contato com a família.
Questionada sobre opções de abrigo para esse público, a secretaria informou que o município não possui um abrigo ou casa de passagem. Na cidade existem duas instituições da entidade civil com vínculos religiosos e que a Secretaria de Assistência Social orienta, de acordo com o perfil do morador, que se encaminhe para essas instituições. Sobre a questão da resistência dessas pessoas em aceitar ajuda e ir para esses locais, a Assistência social afirmou que o maior causador desse fator é o vício de estar na rua. Vivendo nas ruas, as pessoas perdem as responsabilidades com compromissos, obrigações e não sabem mais a lidar com rotinas e horários e por isso, não conseguem se adaptar e nem querem se encaminhar para os abrigos.
Sobre o terminal de ônibus
Com relação ao terminal de ônibus, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano informou que é um local aberto, totalmente coberto e que não pode ser fechado e que por isso, se torna seguro aos moradores de rua. Conforme informou, no município não existe nenhuma que autorize a Assistência Social a retirar os moradores dos locais onde eles estão ocupando ou os obrigue a sair. O trabalho da secretaria é orientar essas pessoas para que elas busquem por abrigos.
Para finalizar, a secretaria apontou um levantamento que mostra que de janeiro a maio desse ano, 632 moradores de rua receberam auxilio da Assistência Social e participaram das ações que são oferecidas. E desses 632, 137 eram migrantes que retornaram para suas cidades de origem e 63% dessas pessoas de rua, são dependentes de álcool e outras drogas.
Por Roze Martins
(Especial para o DIÁRIO DO VALE)
15 comments
Assistente social e só fachada ninguém consegue falar com ela, só hospital. O povo nesta hora e povão.
Meu irmão foi fazer uma cirurgia no rio na volta O carro que levou deichou ele em bairro diferente de onde ele mora largou na calçada isto foi meu irmão que teve condições de telefonar e me chamar pra buscar ele largou ele na varzea das oficinas muito longe de casa se fosse uma cirirgia das vistas talves ele estaria la ate hoje jogado na calçada assim como foi feito e e feito sempre com todos os doentes que depende deste carro. ACORDA POLITICOS Cara de pau o trabalhador faz o que e mandado.
Acistente social e fachada,e so acreditar mais nada.
Agora tem que ver que o quartel que se diz ser o parque da cidade que não e. e só colocar colchões ,e dar para eles dormir ou se não dar e só abrir o restaurante popular e colocar eles para dentro isto e o certo porque eles também VOTA e ser humano levanta cedo pra votar e agora tem que dormir na rua porque ali tem muitos que ficou desempregado desempregado e isto.ACORDA POLITICOS ACORDAAAAAAAAAAAA.
E vai aumentar ainda mais… O rico e os políticos querem mais que o povo se dane
Quanta opinião idiota.
Onde estão as assistentes sociais de Barra Mansa, espero que a PMBM as tenham ou estão se omitindo de seu dever funcional.
falou tudo pimpão
e além de tudo o RD é arrogante e já anda brigando com todo mundo
cada dia arruma um inimigo
pena que ainda faltam 3 anos e meio
agora aguentem
Kd o prefeito?
Kd os Vereadores?
Kd as entidades de apoio social?
Que vexame BM!!!!
MEU AMIGO, EM VOLTA REDONDA TEM O DOBRO, ANDE PELAS RUAS A NOITE. A ELITE DOMINANTE QUER ISSO. POR ISSO ELES FABRICARAM ESTA CRISE MENTIROSA. PARA TRANSFERÊNCIA DE RENDA, OS POBRES ESTAVAM INDO LONGE DEMAIS, PODARAM AS ASAS RAPIDAMENTE. SÃO CONTRA A QUALQUER TIPO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. ALEGAM QUE TEM QUE DAR A VARA E O ANZOL, E NÃO O PEIXE. SÓ QUE O LAGO ESTÁ CERCADO E É DE DOMÍNIO DELES. VAI PASSAR FOME COM A VARA E O ANZOL…ACORDA BRASIL!
Concordo meu amigo.
Verdade! Na Vila então…. nossa nem se fala!!!
Nas últimas eleições presidenciais a Dilma apareceu almoçando num restaurante popular com Anthony Garotinho…
Os miseráveis vendo essa cena votaram na Dilma, isso é muito triste, pois alguns meses depois de eleita os restaurantes populares foram fechando um depois do outro.
A pergunta que o povo quer fazer para Dilma: “Existe ainda algum restaurante popular aberto no Brasil?!”
Se a Dilma não quiser responder essa pergunta, podemos perguntar para o Lula, que já começou sua campanha para ser presidente no ano que vem, se não for presidiário!
Não anda tomando seu remedinho… Faltou o tarja-preta na sua Farmácia Popular esta semana?
O QUE MAIS ME DEIXA INDIGNADO, É ESSE PREFEITO INAUGURANDO QUADRAS DE ESPORTES, PRAÇAS, RECUPERAÇÃO DE ASFALTO E OUTRAS COISAS QUE PODERIAM FICAR PARA SEGUNDO PLANO. COM CERTEZA ELE NÃO CONHECE O OUTRO LADO DA VIDA. ELE VEIO DE FAMÍLIA RICA, E NUNCA SENTIU NA PELE O QUE É DORMIR NO FRIO. ALIÁS, ELE SÓ CONHECE OS RICOS DESSA CIDADE. O POVO VOTOU,E SE ARREPENDEU. ELE NUNCA VAI TER OLHOS PARA ASSISTÊNCIA SOCIAL, ESSA NÃO É A SUA FILOSOFIA DE VIDA. E NÃO ADIANTA ENGANAR MAIS NINGUÉM. BARRA MANSA TEM HOJE UM TOTAL DE 174 MORADORES DE RUA. VIVENDO EM PRAÇAS, BANCOS DE PONTO DE ÔNIBUS, ESTAÇÃO DE TREM, ANTIGA CLÍNICA MENINO JESUS, BEIRA RIO AS MARGENS DO PARAÍBA, ANTIGO RESTAURANTE POPULAR. ALI TEM ATÉ VARÃO DE ROUPAS. DEBAIXO DO VIADUTO DA COTIARA, DEBAIXO DO VIADUTO DA ALBO CHIESSE, EMBAIXO DA PONTE NILO PEÇANHA, DA DOS ARCOS. POR FAVOR AUTORIDADES, VAMOS AJUDAR ESSAS PESSOAS. NÃO VEJO NENHUM VEREADOR, E NEM PREFEITO ACOLHENDO ESSAS PESSOAS. SABE PORQUE? ELES NÃO DÃO VOTOS.
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