Médico alerta para o risco de doenças respiratórias

by Diário do Vale

Volta Redonda  –

Com a queda da temperatura e as variações climáticas, a população fica mais vulnerável ao vírus da gripe (Influenza) e do resfriado (Rinovírus). Para falar sobre os riscos e como evitá-los, o DIÁRIO DO VALE conversou com o médico Geraldo Cardoso, professor de Saúde Coletiva no UniFOA e coordenador dos programas da Terceira Idade da Secretaria Municipal de Saúde.
Cardoso explicou que nessa época, de abril a outubro, as pessoas ficam mais propensas a contrair o vírus da gripe e do resfriado porque costumam permanecer em ambientes mais fechados, o que facilita a transmissão e a proliferação das doenças.
O médico lembrou que algumas pessoas costumam se automedicar o que é totalmente contraindicado por ele, pois esse método pode acabar complicando a situação em caso de doença.
– O ideal é que a pessoa não se automedique, porque isso acaba, muitas vezes, mascarando uma gripe em que ela precisa de medicamentos específicos – disse.
Cardoso explicou a diferença entre os sintomas da gripe e do resfriado. A primeira dura de três a cinco dias e o paciente tem febra alta (acima de 38 graus); dores no corpo e na cabeça; mal-estar; fraqueza; tosse e dor de garganta. Já o resfriado, dura cerca de três dias e os sintomas se limitam a espirros e tosses.
Ele orientou que se a pessoas estiver gripada, ela deve procurar um médico, mas se o caso for um resfriado é recomendado que apenas “espere passar” e siga regras básicas de higiene, evitando o contágio para outras pessoas.
– Os sintomas do resfriado são bem menos intensos que o da gripe, não há febre, não há dor no corpo. Então, não há necessidade de procurar um médico. A pessoa deve apenas beber bastante água e esperar, porque o vírus passa rápido – orientou.
O médico lembrou que há um público, que devido ao vírus, fica mais vulnerável a complicações de saúde, são elas: crianças (até cinco anos); idosos; obesos; gestantes; acamados; pessoas que vivem em asilos; doentes crônicos e principalmente portadores de diabetes ou doenças pulmonares como: bronquite, asma e enfisemas.
– Esse público possui maior vulnerabilidade para complicações, mas qualquer pessoa fica mais vulnerável ao vírus nessa época – frisou.

Prevenção

Para se prevenir, o médico destacou a importância de cuidados com a higiene e reforçou que o público-alvo da campanha de vacinação do Governo Federal não deve deixar de se imunizar.
– A prevenção pode ser feita com cuidados básicos, como cobrir a boca ao espirrar e sempre lavar as mãos. Além disso, consumir alimentos com vitamina C é importante. É ideal também que deixe a casa mais ventilada possível – aconselhou.

Aumenta venda de remédios

E é só a temperatura cair para a venda de remédios subir. De acordo com a gerente de uma farmácia no bairro Eucaliptal, Cláudia Furtado, a venda de antialérgicos e antigripais aumentou cerca de 30% nos últimos dias. Segundo ela, muitos consumidores estão apresentando atestado do posto de saúde para a compra desses medicamentos.
– Muitos contam que estão com febre e dor de garganta, e no bairro tem bastante idoso que recorre a essas medicações. Além disso, tem a onda de virose que pegou bastante gente – disse a gerente.
O representante comercial de produtos farmacêuticos, Amadeu Rodrigues, afirmou que é bastante comum o aumento de crises alérgicas nesse tempo e que a venda dos antialérgicos tende a subir, mesmo com o aumento de preço ocorrido no mês passado (cerca de 6,8%).
Em uma farmácia na Vila Santa Cecília, o gerente, Ricardo Diniz, que foi só o tempo esfriar um pouco para as vendas de remédios subirem.
– Aqui (as vendas) os remédios para gripe e tosse aumentaram em 20% em relação ao verão. O público que mais compra esses medicamentos são pessoas de 30 a 50 anos – informou.

Thais Fraga

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