Volta Redonda- A diretoria do Sepe/RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação), estimou em pelo menos 40%, o total de servidores que aderiram a greve de 24 horas, do funcionalismo público estadual. A sindicalista disse que estes números se referem a Volta Redonda, sendo a maioria referente a professores e profissionais da educação. Entre os principais motivos que provocaram a paralisação é a crise no estado, que provocou atraso de até quatro meses, no pagamento dos salários dos servidores.
Para agravar ainda mais a situação, o governo conseguiu aumentar a alíquota previdenciária de 11% para 14%, aprovada pela Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro). O Sepe/RJ utiliza ainda dados do Tribunal de Contas do Estado afirmando que o atual governo do estado descumpriu o Plano Estadual de Educação, sancionado em 2008.
Na auditoria do órgão, o PEE expõe, entre outras medidas, que as instalações das escolas da rede estadual não oferecem condições para aprendizado adequado aos alunos. Com base em dados coletados junto à Seeduc, o tribunal mostrou que 25% das escolas estaduais não tem bibliotecas e 10% estão sem laboratórios de informática. O estudo mostra ainda que as quadras cobertas para prática de esportes, outro item exigido pelo PEE, não fazem parte da estrutura de 40% dos colégios, sendo que, em 20%, sequer existe uma quadra.
Os professores protestam ainda contra a Resolução 5531, estabelecendo, entre outras medidas, que os direitos de antiguidade nas escolas deixam de existir, caso o profissional tenha faltas não abonadas ou licenças-médicas. Outra Resolução, a 5532, também vem causando impacto negativo entre os professores. Essa medida restringe o número de escolas da rede estadual em todos os municípios e estabelece o fechamento das unidades de ensino, que estejam próximas em uma distância de três quilômetros.
O Sepe alega que, com a adoção dessa Resolução, além de reduzir o número de vagas para alunos na rede estadual, professores que estiverem lotados nas escolas a serem fechadas passarão por dificuldades.
– Nossas escolas estão sucateadas, nossos professores estão perdendo seus direitos, seus salários e não podemos permitir que este descaso continue acontecendo – concluiu a diretora financeira do Sepe/RJ, Maria da Conceição Ferreira