Parque Aquático e Espaço das Artes Zélia Arbex em Volta Redonda estão fechados

Volta Redonda- O verão acabou e os moradores do município não conseguiram aproveitar as piscinas do Parque Aquático Municipal, na Ilha Pequena, ao lado da Ilha São João. Motivo: desde o início deste ano o local está fechado. Segundo a prefeitura, o Parque Aquático foi fechado, pois estava precisando de manutenção, e com problemas no serviço de limpeza e falta de funcionários. A informação foi dada à imprensa, no dia 3 de janeiro, quando o local  deixou de funcionar.
O parque recebia diariamente cerca de mil pessoas e três mil nos fins de semana e conta com três piscinas, sendo uma infantil, uma de recreação – com três toboáguas e quatro escorregadores – e uma piscina olímpica. O acesso ao parque é gratuito, e tinha apoio de seis salva-vidas.
Em nota enviada ao DIÁRIO DO VALE, a secretaria de Esporte e Lazer confirmou  que o local foi fechado para que fosse realizado um serviço de manutenção, “porém, a secretaria verificou que só essa obra paliativa não seria o suficiente para garantir a segurança e integridade física dos usuários. Por isso, a Smel vai realizar uma obra de reforma no Parque”.
A nota diz ainda que havia várias documentações que precisavam ser atualizadas. A secretaria explicou que mesmo com a paralisação temporária os alunos que faziam atividades esportivas não ficaram prejudicados.
– Eles estão tendo aulas de ginástica funcional na Ilha São João e também estão buscando parcerias com clubes do município para que os alunos tenham as aulas aquáticas, normalmente – conclui a nota.

Espaço das Artes fechado

O Espaço das Artes Zélia Arbex, na Vila Santa Cecília, também está fechado desde o início do ano. Inaugurado em 2004, o espaço possui 200 metros quadrados de área construída, todo em vidro e estrutura metálica. Tem capacidade para expor mais de cem obras de arte e atualmente está fechado. Grandes artistas locais e regionais já expuseram seus trabalhos no local. De acordo com dados da prefeitura, o espaço é considerado o ponto turístico mais visitado da cidade, chegando a 20 mil visitantes ao ano.
Sobre o Espaço Zélia Arbex, a secretaria de Cultura diz, em nota, que a maioria dos espaços – se não todos – com graves problemas estruturais. “O Zélia Arbex é um dos principais, com todos os ares condicionados com defeito, isso resultou em temperaturas de até 60 graus em dias mais quentes, a estrutura foi planejada em forma de uma estufa, o que eleva ainda mais a temperatura”.
Ainda de acordo com a secretaria, os funcionários que trabalham no local não suportavam tais condições, tampouco as obras de arte que estavam expostas. “A secretaria recebeu vários relatos de artistas plásticos de que suas obras empenaram devido ao extremo calor. Ademais, os lavabos não estão em boas condições de uso, há infiltrações por toda parte, além de muita sujeira acumulada”.
Ainda em nota, a equipe da secretaria de Cultura, logo nos primeiros dias de governo, realizou um levantamento completo de todas as necessidades para melhoria e reforma do espaço e está em busca parcerias para levantar recursos para realizar o quanto antes todos os reparos necessários. “A previsão é que já no segundo semestre deste ano, possamos abrir um edital para artistas locais, voltar com as exposições e devolver o Espaço de Artes Zélia Arbex com dignidade para a população”, finaliza a secretaria de acordo com a nota enviada.

Biblioteca sem acesso à internet

Sem internet: Acesso a computadores em biblioteca municipal está impedido
(Foto: Enviada pelo WhatsApp)

Um estudante, universitário, profissional ou até mesmo um morador que queira pesquisar algum conteúdo na biblioteca vai restringir sua análise apenas aos livros, pois os computadores e o acesso à internet não estão sendo liberados na biblioteca. O engenheiro e morador de Volta Redonda, Herik Lessa, entrou em contato com o DIÁRIO DO VALE, através do WhatsApp, reclamando que, desde o início de janeiro, quando começou a frequentar a Biblioteca Municipal, não está conseguindo acessar os computadores. O local destinado aos aparelhos está bloqueado e o acesso à internet também não funciona. O engenheiro está tentando mudar de área e prestar vestibular na Unicamp.
Ele disse que quando esteve no local pela primeira vez perguntou a uma funcionária o motivo de os computadores não estarem disponíveis e foi informado que, dentro de uma semana, os aparelhos estariam funcionando.
– No início de janeiro comecei a frequentar a biblioteca municipal, pois resolvi mudar de área e tentar fazer vestibular para história na Unicamp. Então comecei a consultar o acervo da biblioteca. Vi que o local possui diversos computadores para acesso da população à internet. Porém a primeira vez que lá estive eles não estavam funcionando, e a funcionária da biblioteca me disse que dentro de uma semana eles estariam funcionando normalmente, mas que eu poderia usar o Wi-Fi da biblioteca com meu próprio computador. Isto foi em janeiro. Depois disso nunca vi os computadores em funcionamento, e o Wi-Fi conecta, porém não consigo abrir nenhuma página de pesquisa – relatou.
Herik Lessa destacou ainda que presenciou muitas pessoas indo a biblioteca para ter acesso à internet, o que facilita as pesquisas, e a resposta do não funcionamento é manutenção.
– Nesse tempo que estou frequentando a biblioteca presenciei diversas pessoas irem lá apenas para usar à internet e a resposta que ouvem é que está em manutenção. Não entendo que manutenção é essa. Os computadores estão lá, a rede já funciona, pois os computadores de atendimento estão ligados à rede, e a população que precisa utilizar, muitos alunos, outros não, vão lá e não podem utilizar. É uma vergonha, estamos em março e não há previsão de funcionamento, nem da rede Wi-Fi. Só conseguimos fazer pesquisas e estudos utilizando os livros, e eu, utilizo meu celular como roteador para usar a internet no meu MacBook – disse, acrescentando que o procedimento de acesso a Biblioteca Municipal foi alterado, antes as pessoas colocavam os dados (nome e RG) em um livro, agora existe um funcionário só para fazer esse procedimento.

Quanto a Biblioteca Municipal Raul de Leoni, a prefeitura disse que toda a estrutura administrativa está sendo repensada com objetivo de atender as exigências do Sistema Nacional de Bibliotecas (SNBP), o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler) e do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL).
“Ainda no mês de abril receberemos uma caravana da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro para promover uma capacitação sobre o Programa Estadual do Livro, Leitura e Bibliotecas. Todo esse esforço é para melhorar o sistema de atendimento e oferecer melhores atrativos à população”.
A assessoria da prefeitura informou também que uma das mudanças é a troca do sistema de acesso à internet, a modernização e otimização do espaço, que antes era a Biblionet e agora se tornará um Telecentro, em parceria com a Secretaria Municipal de Ação Comunitária.

Projetos em prática: Prefeitura diz que está promovendo este mês diversas atividades culturais na biblioteca municipal
(Foto: Enviada pela Ascom)

– O Telecentro pretende, além de oferecer os serviços de acesso como antes era ofertado pela Bliblionet, também atender cerca de 80 pessoas por dia com oficinas e cursos de capacitação – diz outro trecho da nota, e conclui:
– A previsão é que já em abril o Telecentro esteja em funcionamento.  Quem chega na Biblioteca Municipal Raul de Leoni já pode perceber a diferença no atendimento, na estrutura e nas atividades ofertadas. No mês de março foram realizadas sessões de cinema; mostras de documentários; saraus com artistas, poetas e escritores da cidade; e estudos dirigidos promovidos pela equipe da secretaria.  Até o final do ano o calendário da Biblioteca estará recheado com projetos e atividades de valorização do livro, incentivo à leitura e fomento aos escritores locais.