Programa Curumim atende crianças e adolescentes no Volta Grande III

by Diário do Vale

Irmã Elizabete ao lado de crianças que participam de programa idealizado por ela

Volta Redonda- Criado há 22 anos, um ano após a fundação da Casa da Criança e do Adolescente, o “Programa Curumim” foi idealizado pela Irmã Elizabeth Alves, que faleceu aos 80 anos no último dia 28 de março. De acordo com a psicóloga Nercy Macedo dos Santos, coordenadora técnica do programa no bairro Volta Grande III, este é o segundo programa idealizado pela Irmã e foi criado depois do programa ARCA (Atenção e Respeito à Criança e ao Adolescente), voltado para vítimas de maus-tratos.

Segundo Nercy, o objetivo é atender crianças e adolescentes a partir dos quatro anos até completarem 18 anos, de baixa renda, com vulnerabilidade e que estão em situação de risco social. Desde a sua criação funciona em um local cedido por comodato pelo Estado do Rio, na Rua 1037, no bairro Volta Grande III.

– O Curumim funciona como um centro de convivência no contra turno escolar, lembrando que não funciona como uma escola. Neste programa as crianças frequentam o local em dois horários, podendo frequentar na parte da manhã nos horários das 8h ao meio dia ou na parte da tarde, entre as 13 às 17h, e ambos de segunda a sexta feira. O programa oferece café da manhã, lanche e almoço à tarde, sendo que as crianças da manhã já saem de banho tomado. Após o almoço, elas vão para as suas escolas uniformizadas – detalha a coordenadora.

Nercy ressalta que enquanto o programa do Volta Grande III atende 195 crianças e adolescentes nos dois turnos. No bairro 249, o mesmo programa atende 120 crianças e adolescentes e funciona em um espaço da Igreja Nossa Senhora de Lurdes.

– Para participarem do programa as famílias fazem uma inscrição, trazem uma relação de documentos e após passar por uma entrevista social, são cadastradas no decorrer do ano para um total de 195 vagas. Havendo vagas a admissão pode ocorrer a qualquer dia, lembrando que para participar do programa a criança ou adolescente deve estar matriculada na escola. Os encaminhamentos para o programa também ocorrem via conselho tutelar, ministério público ou demanda espontânea – diz.

Segundo a coordenadora administrativa Maria Cristina da Silva, atualmente são desenvolvidas atividades diversas como música, onde as crianças aprendem a tocar violino, flauta e participam de um coral, além de aulas de taekwondo, dança e teatro.

– Dentro deste programa temos a equipe de tratamento composta por uma psicóloga, uma assistente social, uma psicopedagoga, uma fonoaudióloga, uma fisioterapeuta e uma técnica de enfermagem, além de educadores e auxiliares totalizando 18 profissionais – destaca.

A coordenadora técnica Nercy lembra que há 10 anos a mantenedora do programa é a Loterj.
-Se não tivéssemos o apoio financeiro da Loterj, já tínhamos encerrado este programa – comenta.

Atendimento para os pais

O programa também atende os pais das crianças e adolescentes. Eles são acompanhados por orientações da psicóloga e assistente social, e realizam visitas sociais e atendimentos, além de reuniões e palestras com temas diversos como abuso, saúde, afetividade e violência.

A estudante Ana Vitória, de apenas 11 anos, é moradora do bairro Volta Grande e participa há sete anos do programa Curumim.

– Gosto muito de frequentar o local e da forma como sou tratada pela equipe técnica. Aqui eu participo de aulas de violino e do coral como também pratico taekwondo. Ao longo desses anos conheci muita gente e gosto muito das outras atividades como também ajudar a equipe – comenta Ana.

O educador Vítor Hugo Guedes Rocha, de 21 anos, participou do programa Curumim dos nove até aos 14 anos e atualmente trabalha no programa como educador dos adolescentes na faixa etária de 12 a 18 anos, onde dá aulas de valores humanos, dança e teatro, libras e inglês.

– A minha realidade de vida antes de conhecer o Curumim era muito parecida com o universo das crianças do programa. Participar deste programa me ajudou muito a crescer como ser humano e acredito que sem esta experiência estaria em outra realidade de vida. Pelo curumim consegui um caminho para me encontrar profissionalmente e hoje sou um funcionário da Casa da Criança e Adolescente que trabalha no programa Curumim e no programa ‘Brincalhona’ como pedagogo – disse orgulhoso.

Por Júlio Amaral

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2 comments

vinicius fialho de abreu 7 de abril de 2019, 18:05h - 18:05

HOJE TENHO 31 ANOS QUANDO TINHA DE 12 A 14 ANOS A CSN AJUDAVA. EU APRENDI MUITO A NADAR NO CLUBE RRCREIO DOS TRABALHADORES, MELHOREI MINHAS NOTAS NA ESCOLA, TAEKWODO FUI ATE A FAIXA VERDE, AGRADEÇO MUITO AO MEU AMIGO BETO E PROFESSORES DA EPOCA. NA 249. NA MINHA EPOCA ERA NA IGREJA NO BAIRRO 208. OBRIGADO A TODOS

Daniele Braga 7 de abril de 2019, 08:49h - 08:49

Triste não citar a Maçonaria (Principalmente a Loja Esfinge 22 de Volta Redonda) na matéria que faz e já fez muito pelo Curumim em diversos eventos a diversos anos.

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