Projeto da Eletronuclear monitora nascimento de tartarugas marinhas

by Diário do Vale
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Fauna: Desova aconteceu no início de janeiro na praia de Lopes Mendes
(Foto: Divulgação)

Costa Verde- Mais uma inédita eclosão de ovos da espécie de tartaruga cabeçuda (Caretta caretta) foi monitorada neste final de semana no Parque Estadual da Ilha Grande, administrado pelo Inea, na Região da Costa Verde.

O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, destacou a inédita reprodução da espécie em praias do litoral da Costa Verde.

– Fico feliz de ver que o trabalho realizado pela equipe do Inea em parques estaduais está dando frutos positivos para a fauna marinha. Com as medidas de monitoramento e preservação das tartarugas marinhas, elas estão fazendo a desova nas praias de Ilha Grande – disse o secretário do Ambiente.

A desova aconteceu no início de janeiro na praia de Lopes Mendes, mobilizando a equipe de técnicos do Inea que trabalham no parque estadual. A administração entrou em contato com o projeto Promontar, que enviou especialistas e deu apoio na sinalização do local. A espécie Caretta caretta costuma desovar no norte do Rio, no Espírito Santo e também no Nordeste.

– De 96 ovos desovados, 33 foram eclodidos, o segundo nascimento inédito de tartarugas marinhas em área do Parque – ressaltou o diretor de biodiversidade e áreas protegidas do Inea, Paulo Schiavo.

O Projeto Promontar foi criado, em 2008, a partir de demandas feitas pela população em audiências públicas, parte do processo de licenciamento da Usina Angra 3. A iniciativa tem como objetivo a preservação de tartarugas marinhas que se alimentam e reproduzem no entorno da usina Eletronuclear de Angra dos Reis, na Costa Verde.

Localizado na Baía da Ilha Grande, Angra dos Reis, litoral sul fluminense, o Parque Estadual da Ilha Grande foi criado em 1971. Com a sua ampliação para 12.052 hectares (120,52 km2), em 2007, o parque passou a abranger mais da metade da área da ilha. A Ilha Grande, com 193 km2, é a terceira maior ilha oceânica brasileira e a grande importância dos seus ecossistemas fez com que fosse reconhecida pela Unesco como parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, em 1992.

O projeto

A Eletrobras Eletronuclear e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro se uniram com o objetivo de monitorar as tartarugas marinhas que passam um período de suas vidas nas águas próximas à central nuclear, gerando dados sobre o comportamento e a fisiologia desses animais.

O Promontar é o único projeto de monitoração de tartarugas marinhas no sul fluminense e poderá preencher uma importante lacuna científica. O projeto Promontar surgiu a partir de demandas populares durante as audiências públicas no processo de licenciamento da Usina Angra 3 para avaliar uma possível influência nas tartarugas marinhas que estão próximas à Central Nuclear.

As tartarugas marinhas apresentam um ciclo de vida complexo, vivendo em diferentes ambientes ao longo da sua existência. Ao nascerem, as tartaruguinhas rumam imediatamente para o alto-mar, onde atingem as correntes marinhas, encontrando alimento e proteção. Assim permanecem por vários anos, migrando passivamente pelo oceano.

Algumas espécies passam a fase juvenil em regiões costeiras como a da Costa Verde. A partir daí, passam a viver em áreas de alimentação, de onde saem apenas na época da reprodução, quando migram para as praias onde nasceram. As espécies já identificadas pelo Promontar na região são a tartaruga- verde (Chelonia mydas), a tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) e a tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta).

Rede Remota de Resgate

Moradores e turistas também podem colaborar com o projeto, ao encontrar uma tartaruga na praia, viva ou morta, ligue para o número 9090 3362-0291 ou 9090 99969-9554 para receber instruções.

Logo após, uma equipe irá até o local verificar o estado do animal. Caso a tartaruga esteja morta, a causa será pesquisada. Se estiver viva, ela é levada para tratamento, onde serão feitos todos os exames necessários, como hemograma e raio-X, para que o animal possa ser devolvido ao seu ambiente com saúde.

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2 comments

Leandro Lemos de Oliveira 8 de março de 2016, 10:11h - 10:11

Quem já viu uma dessas na Ilha Grande fica extremamente feliz com essa notícia.

zé das coves 7 de março de 2016, 18:56h - 18:56

porque que quando um ser humano precisa de um hemograma ou um exame de raiox é tão difícil de conseguir? Já para as tartarugas é ao que parece bem facil

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