Projeto prevê restauração de fragmentos de Mata Atlântica e proteção de nascentes

by Diário do Vale
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Proteção: Projeto será implantado entre Rialto e as proximidades Área de Proteção Ambiental do Cafundó, em Barra Mansa
(Foto: Divulgação)

Barra Mansa – Depois de oito meses de reuniões, mobilização e estudos, o projeto Piloto do PSA (Pagamento por Serviço Ambiental) da Microbacia Hidrográfica do Rio Bananal realiza nesta quinta-feira (24) a assinatura de contrato entre os produtores rurais, a Agevap, a Secretaria de Meio Ambiente de Barra Mansa e a Azevedo Ambiental. O evento aconteceu na Escola Municipalizada de Rialto, às 19 horas, com a presença de diversas autoridades e representantes de entidades ligadas à área ambiental.

O PSA será implantado entre Rialto e as proximidades da APA (Área de Proteção Ambiental) do Cafundó, em Barra Mansa. O programa vai beneficiar cerca de 60 hectares, sendo 39 de conservação e 21 hectares de restauração do bioma Mata Atlântica. “Entramos no produto seis e agora vamos começar o plantio e o cercamento das áreas que serão protegidas”, explica Vinicius Azevedo, diretor da Azevedo Ambiental.

A empresa foi habilitada para executar o Projeto Piloto da Agevap (Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul), em Barra Mansa, com recursos da ANA (Agência Nacional de Águas), Ceivap e Comitê Médio Paraíba do Sul tem foco na conservação e na restauração da Micro Bacia do Rio Bananal.

De acordo com a engenheira ambiental, Bárbara Trindade, uma das responsáveis pelo projeto, foram realizadas visitas técnicas nas propriedades para verificar o potencial hídrico de cada área, chamando sua atenção pela quantidade de corpos hídricos encontrados.

– Isso prova que a região do Rio Bananal e a região Sul Fluminense têm um grande potencial para aumentar a produção de água e fortalecer a Bacia do Rio Paraíba, que na verdade é o grande objetivo do projeto. Dessa forma estaremos cooperando com a produção de água, até mesmo, para a região metropolitana do Rio que é abastecida pelo Rio Guandu com as águas do Rio Paraíba – explicou a engenheira.

Segundo Bárbara, foram nove propriedades inscritas e sete irão assinar o contrato. “Ficamos satisfeitos com a dedicação dos produtores que estão dispostos a cooperar com o andamento do projeto, não pelo dinheiro, mas sim, pela restauração da Mata Atlântica e proteção das nascentes, além da consciência ambiental”, explicou a engenheira.
De acordo com o biologo Reginaldo Mesquita, especialista em PSA do eixo Rio-São Paulo, para Barra Mansa, foi um ganho tanto na área ambiental como no que diz respeito a geração de renda para o produtor rural.

Segundo Reginaldo, a pecuária leiteira e a siderurgia nos anos 40, 50 suprimiram boa parte das florestas da cidade. “O PSA hoje é uma tendência de valoração dos serviços ecossistêmicos. Antes o produtor era punido caso ele retirasse indivíduos arbóreos. Hoje, o estado reconhece o plantio como um serviço prestado para a população. A floresta em pé tem seu valor agregado e com isso gera renda para os produtores rurais. Transformar o elefante verde em geração de renda é o futuro do planeta”, explica Reginaldo.

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