Promoção com voucher é a opção de empresas para manter as atividades na quarentena

by Diário do Vale

Restaurante está tendo bom retorno dos clientes com os vouchers
(Foto: Divulgação)

Volta Redonda– As medidas de restrição social por causa da pandemia do novo coronavírus dificultaram os negócios de diversos setores do comércio, mas para tentar recuperar os prejuízos alguns estabelecimentos resolveram apostar nos serviços com vouchers para os clientes. De acordo com os empresários Tiago Pinto Caldeira e Lucas de Paula Ribeiro, donos de um restaurante de cozinha oriental, na Vila Santa Cecília, as medidas de restrição social ao comércio reduziram bastante o faturamento do estabelecimento.
– Como somos uma casa principalmente de atendimento no salão, sentimos muito com estas medidas e tivemos que nos readaptar. Já trabalhávamos com delivery, mas representava apenas 10% das vendas. Com isso reinventamos nosso cardápio de delivery para levar a mesma experiência da culinária oriental às casas dos nossos clientes. E graças a um bom trabalho até agora conseguimos dobrar nossas vendas de delivery e resolvemos também apostar nos serviços de vouchers – disse.
Segundo Tiago, as promoções com vouchers tiveram início logo que fecharam as portas e estão tendo um bom retorno dos clientes.
– Já vendemos todas as cotas da primeira campanha, um total de 100 vouchers e já estamos na segunda campanha com boa participação dos nossos clientes e amigos. O voucher é uma maneira de o cliente ajudar e se manter conectado aos restaurantes. Como vantagem é possível ganhar até o dobro do valor investido para consumação assim que voltarmos – lembrou.
Em relação aos seus funcionários, o empresário esclareceu que não foi preciso fazer nenhum desligamento e tem a confiança de que ele e seu sócio irão até o final sem perder ninguém do time deles.
– Estamos trabalhando com equipes em jornadas diferentes para reduzir o número de colaboradores no nosso espaço e diminuir a exposição dos mesmos. Além disso, estamos trabalhando com os EPIs (Equipamentos de proteção individual) e atenção especial com a higiene e limpeza, cuidando do nosso produto e também da nossa equipe. Lembrando que o horário de atendimento para delivery/retirada é de 18h30 às 23h, segunda a segunda – destacou.
Já na opinião de Isabella Varela, sócia administradora de uma empresa que oferece em Volta Redonda e Barra Mansa, serviços de depilação corporal feminino e masculino com cera e linha, bronzeamento a jato e cílios fio a fio. As restrições de isolamento social interferiam diretamente em sua empresa.
– Tivemos de fazer algumas adaptações na empresa, como algumas suspensões de contrato de trabalho, e vendemos vouchers de desconto que poderiam ser usados quando a clínica voltar a funcionar. Mas alguns clientes estão com medo de gastar e de pegar a doença, mesmo com 50% de desconto, lembrando que a promoção equivale a 2% do meu faturamento – disse.
Segundo Isabella, a ideia do voucher surgiu com o objetivo de proporcionar no momento, capital para pagar as contas fixas.
– A promoção com voucher funciona da seguinte forma: a cliente paga R$ 50 e pode usar R$ 100 em depilação na unidade de Volta Redonda ou Barra Mansa, um super desconto. O cliente que já utiliza o nosso serviço tem essa opção de desconto, e acaba ajudando a empresa também a não demitir funcionários. É uma questão também de solidariedade – explicou.
De acordo com Isabella, todos os funcionários da empresa sempre atenderam seus clientes utilizando os EPIs, por isso ela não entende o motivo de não voltar aos atendimentos, obviamente respeitando todas as normas impostas. A empresária lembrou que devido às medidas de restrição ao comércio, a sua empresa foi obrigada a realizar algumas mudanças.
– A unidade de Volta Redonda teve oito contratos de trabalho suspensos, e foi dado férias para o restante dos funcionários. Não faturei nada desde o começo da quarentena e as despesas fixas são muito altas, e na unidade de Barra Mansa ocorreu o mesmo. Tive uma redução de 98% de faturamento, o que impacta em todo o meu negócio. Acredito que nenhuma empresa será a mesma após essa pandemia e teremos que nos readaptar ao novo cenário mundial – lamentou.

Por Júlio Amaral 

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