Resistência ao trabalho de agentes dificulta combate ao Aedes aegypti, em Porto Real

by Diário do Vale
De perto: Agentes de combate a endemias vistoriam cerca de 12 mil locais, entre domicílios e comércios (Foto: Divulgação PMPR)

De perto: Agentes de combate a endemias vistoriam cerca de 12 mil locais, entre domicílios e comércios (Foto: Divulgação PMPR)

Porto Real – A resistência por parte dos moradores para a realização do trabalho diário de vistoria domiciliar, feito por agentes de combate a endemias, é motivo de preocupação em Porto Real. Os profissionais são os responsáveis, por exemplo, em combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.
De acordo com um levantamento da prefeitura, são mais de 12.000 imóveis (domicílios e comércios) visitados pelos 22 agentes e dois supervisores de campo durante um ciclo de dois meses. Baseado nesse número de visitas, os moradores que se opõem a receber os agentes beira os 15%.
Os ciclos são divididos em dois extratos. O extrato 1 concentra os bairros: Centro, Ettore, Nova Colônia, Novo Horizonte, Village, Colinas, Jardim Real, Vila Real e Parque Mariana; enquanto o extrato 2 abrange o Jardim das Acácias, Freitas Soares, Fátima, São José e Bulhões. Segundo a agente da Vigilância Sanitária, Pollyanna Xavier, neste mês de julho iniciarão o 5º ciclo.
– O trabalho realizado acontece em conjunto entre prefeitura e moradores, porém as atuações feitas pela equipe são técnicas, são olhares treinados para, de forma minuciosa, prevenir focos do mosquito ou detectá-los – frisou.
Durante as visitas domiciliares no bairro Jardim das Acácias, a equipe entrou, de forma consentida, na residência da dona de casa, Maria Aparecida Pereira. Ela comentou a importância do trabalho.
– Os agentes sempre entram em minha casa, tranquilamente. Acho importante, pois se houver algo irregular que possa acumular água parada e se transformar em foco de mosquito, eles já orientam corretamente – destacou.
Próximo ao local, a também dona de casa, Luiza de Lima, afirmou que sempre libera a entrada dos agentes de combate a endemias.
– Já tive dengue há alguns anos, quando morava em outro município do estado do Rio de Janeiro, e sei como é ruim. Quando os agentes vêm em minha residência, atualmente, eles notam que não tem água parada. Deixo que vistoriem tudo, pois acredito que isso traga mais segurança para mim e para minha vizinhança, já que são profissionais habilitados – afirmou.
De acordo com a coordenadora do Programa de Controle da Dengue, Milena Costa, o trabalho de prevenção a essas doenças deve ser constante e o agente exerce papel fundamental nesse quesito.
– Para ter esse controle os moradores devem abrir as casas, pois é a forma de contribuir e se precaver. Os agentes estão capacitados para identificar reservatórios que a população não percebe, além de orientarem e eliminarem possíveis criadouros. Essas visitas são benéficas para o morador e para a população em geral – esclareceu.
– Ninguém gosta que entrem em sua residência ou imóvel para analisar mas é só dessa forma que conseguiremos receber o olhar dos agentes de combate a endemias que, minuciosos, procuram focos de mosquitos e formas de proteger a população. Essa é uma constante preocupação para que não haja epidemia -considerou o secretário de Saúde, Fábio Schneider.

Respaldo

A Medida Provisória Federal 712 de janeiro de 2016, dispõe sobre a adoção de medidas da Vigilância em Saúde quando verificada situação de iminente perigo à saúde pública pela presença de mosquito transmissor do Vírus da Dengue, Chikungunya e Zika.
A equipe de agentes de combate a endemias realiza duas tentativas de visita em cada imóvel e caso não obtenha êxito, deixa notificação de tentativa de ação, com o telefone da Secretaria de Saúde para que o proprietário agende a entrada da equipe.
– Se for o caso de o proprietário estiver em um compromisso e não tiver ninguém no imóvel para receber os agentes, ele pode agendar uma data mais conveniente – explicou Pollyanna.
O telefone da Secretaria de Saúde para agendamento de visita dos agentes é o (24) 3353 4907 e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

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