Barra Mansa- Com atendimento exclusivo ao SUS (Sistema Único de Saúde), o Centro de Saúde Auditiva da Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, que funciona em anexo à APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), possui fluxo mensal de 1,1 mil pessoas. Por mês são distribuídos aos pacientes 92 aparelhos auditivos, entre os procedimentos de adaptação e reposição das próteses. O trabalho realizado na unidade é completo e atende toda a região do Médio Paraíba.
Além dos pacientes de Barra Mansa, a unidade é responsável pelo atendimento de outras 11 cidades da região do Médio Paraíba, entre elas, Barra do Piraí; Itatiaia; Pinheiral; Piraí; Porto Real; Quatis; Resende; Rio Claro; Rio das Flores; Valença; e Volta Redonda.
A dona de casa Maria Aparecida Teixeira da Cunha descobriu que o filho, aos quatro anos, tinha algum problema de audição. Ela vem de Angra dos Reis para realizar o tratamento. “Ele não falava nenhuma palavra, nem mamãe. Algumas pessoas achavam que era superproteção da minha parte, mas insisti em levá-lo a um fonoaudiólogo que identificou o problema e nos encaminhou para cá”, conta Maria. O filho, Israel Cunha da Silva, atualmente, está com 13 anos. Ele não se adaptou ao aparelho auditivo ainda e o tratamento no centro tem ajudado na aceitação da prótese. “Antes ele não usava nunca, tanto que é muito bom na linguagem de sinais e a ler lábios. Mas agora ele usa às vezes e vem se adaptando”, revela a mãe.
O centro realiza trabalho de alta complexidade, por isso possui permissão para fazer diagnósticos diferenciais como E.O.A (Emissões Otoacústicas Evocadas), mais conhecido como teste da Orelhinha, e o BERA (Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Cerebral), que faz registros da atividade elétrica que ocorre no nosso sistema auditivo, da orelha interna até o córtex cerebral, em resposta a um estímulo sonoro.
O centro realiza ainda reavaliações da perda auditiva; seleção, adaptação e fornecimento de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI); acompanhamento; terapias fonoaudiológicas (reabilitação auditiva); e reposição de molde auricular e de AASI. Para atender a demanda, a Santa Casa conta com uma equipe de especialistas, composta por dois otorrinolaringologistas, seis fonoaudiólogos, psicólogo, assistente social, neurologista e pediatra.
Esse tipo de trabalho, que reforça a adaptação, é um dos mais frequentes realizados no centro. São 369 acompanhamentos, por mês. De acordo com a coordenadora de fonoaudiologia do Centro Auditivo, Renata Queiroz de Lima, o acompanhamento é parte primordial no tratamento. “É importante fazer mais que colocar apenas o aparelho. Temos que trabalhar a percepção do som”, explicou, acrescentando que o estímulo auditivo é fundamental para um resultado positivo.
Aos 64 anos, o motorista Josafá Conceição Trindade, percebeu uma queda na audição. Em Resende, onde mora, consultou um especialista e ficou comprovado que ele precisaria de um aparelho auditivo. “Foi quando fui encaminhado para o Centro Auditivo da Santa Casa. Aqui, além de muito bem tratado, tenho todo o suporte para o uso do aparelho”, disse, ao informar que toda a sua vida mudou após voltar a escutar bem.
1 comment
Achei interessante a matéria sobre a distribuição de aparelhos auditivos. Mas, ao mesmo tempo fiquei surpresa ao saber da quantidade distribuída, pois fiz pedido para minha irmã, em março/2014, através da Prefeitura Munc. de Valença, sem nenhum retorno. Como o aparelho que ela usava parou de funcionar, tivemos que comprar. E onde compramos nos disseram que a audiometria realizada não tinha absolutamente nada a ver com a perda auditiva dela. Enfim, desejo que tenha sido falta de sorte por minha parte, e, que realmente seja benéfico para quem precisar.
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