Volta Redonda –Cnco famílias receberam o certificado de “Família Acolhedora” na manhã de ontem. A entrega foi realizada pelo secretário de Assistência Social da Secretaria de Ação Comunitária(Smac), Marcus Vinicíus Convençal, e aconteceu na sede da entidade. As famílias participaram de um curso, oferecido pela Smac, e a partir de agora estão aptas a acolherem crianças e adolescentes em situação de risco social, violência ou abandono.
A coordenadora do programa Serviço de Acolhimento Familiar, a psicóloga Ana Cláudia de Lima, explicou que esta é a sétima turma formada e que a meta é ter pelo menos 15 famílias acolhedoras.
-Estamos muito felizes de ter essas cinco famílias acolhedoras. É um trabalho desafiador, mas também gratificante. Cada criança e adolescente que vocês acolhem é um processo de transformação, tanto para os assistidos, quanto para as famílias. Eles ganham uma nova oportunidade e perspectiva de vida. Que estas famílias sejam bem-vindas e que novas se candidatem – disse Ana Cláudia.
Marcus falou sobre o apoio que vem recebendo do prefeito Samuca Silva. “Esse programa tem um significado importante para os assistidos e nós só temos a agradecer ao prefeito Samuca Silva por continuar nos ajudando. A entrega desses certificados representa um momento de êxito para todos”, destacou o secretário.
O prefeito Samuca Silva frisou a importância do programa para o desenvolvimento das crianças e adolescentes. “Eu agradeço a essas famílias que participam do programa Família Acolhedora, pois elas têm uma missão muito nobre. Tenho certeza que elas serão capazes de agregar valores sociais e morais muito importantes na vida desses acolhidos”, enfatizou Samuca Silva.
O perfil da Família Acolhedora
O foco do programa é reintegrar os assistidos, que são oriundos do Conselho Tutelar, da Fundação Beatriz Gama ou dos CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social. Para se candidatar primeiro a família participa de uma entrevista e recebe a visita de profissionais da SMAC; em seguida participa de um curso de seis encontros.
– A família também não pode ter o desejo de adotar a criança ou o adolescente, eles terão apenas a guarda provisória, que dura até um ano. E durante esse acolhimento eles podem retornar a família de sangue ou serem direcionados para adoção – explicou a coordenadora do programa Serviço de Acolhimento Familiar.
A técnica em química Rafaela Ferreira Machado tem um filho de 9 anos. Ela recebeu o certificado de Família Acolhedora e contou que seu filho não vê a hora de conhecer o amigo ou amiga que ela vai acolher.
“Eu busquei informações sobre o programa e fiquei muito interessada. Acho que minha família vai poder contribuir muito para a vida dessa futura criança ou adolescente. Eu recomendo que outras famílias também acolham, pois amor ao próximo é uma dádiva e um exemplo”, disse Rafaela.
“Temos três filhas e dois netos e todos já estão encaminhados. Nós entramos no curso de Família Acolhedora e nos apaixonamos. Já acolhemos um adolescente de 12 anos e durante sete meses vimos uma transformação nele muito grande. Percebemos que nós contribuímos para a formação dele e isso para nós foi enriquecedor”, comentaram a dona de casa Nice Bastos Silva e seu marido Ronaldo Silva, que já participam do programa Família Acolhedora há um ano.