Smac vai priorizar reordenamento

by Diário do Vale

Volta Redonda – Secretário municipal de Ação Comunitária, o vice-prefeito Maycon Abrantes disse que a cidade não precisa de “novas políticas públicas” na área e que a rede atual é ampla. No entanto, Maycon destacou que é necessário reordenar e adequar toda estrutura para ofertar um atendimento melhor à população.

– Desta forma, todo o nosso planejamento tem sido direcionado à melhoria dos serviços, da estrutura física dos equipamentos e das condições de trabalho. Não adianta ampliar sem estrutura, planejamento e eficiência. Recebemos a secretaria com muitas deficiências de pessoal, equipamentos, veículos e serviços. Assim, este é nosso objetivo: melhorar o que existe e reordenar o que for preciso e cumprir a política de assistência social conforme ela foi concebida – ressalta Maycon.

Um dos exemplos citado por Maycon diz respeito aos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) e as unidades do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). Segundo Maycon, é preciso melhorar os serviços, sem a necessidade de aumentar a rede.

“Até porque Volta Redonda possui um número significativo de equipamentos. Não é este o problema”, disse Maycon, que emendou:

– Desde janeiro deste ano venho fazendo visitas aos bairros e conhecendo toda a estrutura física da secretaria. O que tenho visto são muitos equipamentos sem condição de trabalho e com equipe reduzida diante da população do território. Isso dificulta a busca ativa e o acompanhamento familiar sistemático, entre outras atividades. É neste sentido que estou trabalhando. Juntamente com minha assessoria técnica, estamos construindo um plano de ação para esses quatro anos de governo, com a finalidade de cumprir o que preceitua o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), dialogando permanentemente com a população e com o Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) – esclareceu.

Falta de moradia

“A questão habitacional sem dúvida é um problema no Brasil, e não só em Volta Redonda”, destacou Maycon. A partir dos dados do FURBAN (Fundo Comunitário de Volta Redonda), da COHAB (Companhia de Habitação de Volta Redonda) e da própria SMAC, ele diz ser possível ter a dimensão da importância desta discussão em âmbito municipal.

– Neste sentido, o prefeito e nós estamos construindo caminhos para conhecer essa demanda e, a partir daí, estruturarmos uma política de habitação que atenda aos anseios e as especificidades de nossa cidade. A primeira medida foi a criação de um cadastro habitacional, disponível para preenchimento no PortalVR, e na página da COHAB – destaca.

O vice-prefeito, no entanto, faz uma ressalva: “É Importante entender que a demanda habitacional, bem como a política de habitação, não são de responsabilidade da política de assistência social, como frequentemente se confunde. A PNAS (Politica Nacional de Assistência Social) não engloba a política habitacional. Desta forma, será a COHAB e toda a sua equipe técnica que, inclusive, conta com assistentes sociais também, que tomarão a frente nessa discussão”.

Estratégia: Maycon Abrantes pretende melhorar o atendimento sem ampliar a rede (Foto: Divulgação)

Estratégia: Maycon Abrantes pretende melhorar o atendimento sem ampliar a rede (Foto: Divulgação)

Assistência ao morador em situação de rua

O secretário de Ação Comunitária, Maycon Abrantes, reiterou que está trabalhando para melhorar e ampliar os serviços prestados. Neste momento, ele não enxerga necessidade de mais um abrigo municipal, mas sim a necessidade de estabelecer parcerias que possam absorver essa demanda por meio da contrapartida do município.

– Essa e outras possibilidades vêm sendo discutidas a partir do novo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (Lei 13.019/2014), que dispõe sobre o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação – conclui.

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