Vacinação vai além da febre amarela e requer atenção

by Diário do Vale
Calendário de vacinação é extenso e merece mais atenção

Calendário de vacinação é extenso e merece mais atenção


Barra Mansa – 
Embora a atenção nos últimos dias esteja voltada para a vacinação contra a febre amarela, a rede pública de saúde faz um alerta: hoje o Ministério da Saúde oferece gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS), 19 vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que atendem todas as idades. Isso significa cerca de 300 milhões de doses ofertadas para combater mais de 20 doenças, entre elas o HPV, que tem uma baixa procura pela população.

Hoje, segundo a enfermeira Marlene Fialho, coordenadora do Setor de Imunização da Secretaria de Saúde de Barra Mansa, a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), responsável por 70% dos casos de câncer do colo do útero, o terceiro mais frequente entre as mulheres, não tem boa adesão no município. Segundo ela, Barra Mansa não conseguiu alcançar nem 50% de cobertura vacinal parao público preconizado pelo Ministério da Saúde, principalmente os adolescentes.

– O HPV não é uma doença que está em evidência, como a febre amarela, mas precisa de atenção, porque é responsável pelo câncer de colo de útero, por exemplo, que pode matar. É uma vacina com 99% de eficácia, gratuita e que muitas pessoas ignoram, deixando de levar seus filhos para vacinar. Precisamos fazer um ‘chamamento’ para essa vacina e para isso precisamos do apoio dos pais desses adolescentes, que devem procurar um posto de saúde mais próximo para que o cartão da criança ou adolescente possa ser avaliado por um profissional – ressaltou Marlene.

De acordo com ela, comparecer a uma unidade de saúde munido do cartão vale tanto para crianças e adolescentes, quanto para o público adulto, uma vez que vacinas como que como a tríplice viral; tetra viral ( contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela) ou tríplice viral ((sarampo, rubéola, caxumba), Hepatite C e Antitetânica são recomendas para maiores que ainda não tenham sido imunizados.

– Infelizmente o público adulto só se move com o susto e o medo, como é o caso da febre amarela, e não busca a rede de saúde para se prevenir com vacinas que ficam disponíveis o ano todo. Levar o cartão, quando for a um posto, é importante para que o profissional da saúde possa avaliar o histórico vacinal de cada paciente. É importante ressaltar que algumas vacinas criam memórias de imunidade para a vida inteira – acrescentou a coordenadora, ao informar que a vacina contra a febre amarela passará a fazer parte da rotina, em todo o estado do Rio de Janeiro, para bebês a partir dos nove meses de idade.

 

 

Saiba o que já mudou no calendário de vacinação

Em 2017 o Ministério da Saúde fez algumas mudanças no Calendário Nacional de Vacinação, com alterações para recomendações para Hepatite A, dTpa Adulto, Tríplice e Tetra Viral, além das vacinas divulgadas  em 2016, como o HPV e Meningocócica C. Segundo a Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações, “esta ampliação permite aumentar a proteção às doenças imunopreveníveis, conforme os grupos definidos, além de elevar as coberturas vacinais, diminuindo assim a população suscetível a essas doenças”. Confira as novas recomendações vacinais:

Hepatite A

Como era antes – Uma única dose da vacina ofertada para crianças com até dois anos.

Como é agora – É recomendado a criança receber uma dose aos 15 meses de idade. Para aquelas que perderam a oportunidade de se vacinar, terão a chance de receber essa vacina até os cinco anos incompletos.

Varicela

Como era antes – Uma dose entre 15 meses e dois anos de idade incompletos.

Como é agora –  Uma dose entre 15 meses de idade. Para aquelas que perderam a oportunidade de se vacinar, terão a chance de receber essa vacina até os cinco anos incompletos. É importante reforçar que a vacina tetra viral só pode ser tomada por crianças que comprovam ter recebido a primeira dose de tríplice viral.

Esquema vacinal:

1ª dose de tríplice viral;

2ª dose tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) ou tríplice viral ((sarampo, rubéola, caxumba) + varicela

HPV

Como era antes – Vacina era ofertada apenas para meninas entre 9 a 13 anos, e mulheres com HIV entre 9 e 26 anos.

Como é agora –  Além das meninas e mulheres, a vacina também passa a ser ofertada para meninos entre 11 a14 anos, homens vivendo com HIV entre os 9 e 26 anos de idade, e imunodeprimidos (transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos)  e meninas até 14 anos. Até 2020, idade de vacinação será ampliada progressivamente até englobar crianças e adolescentes entre os 9 e 13 anos.

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