Volta Redonda – Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) de Volta Redonda ganharão o primeiro serviço público especializado em pós-operatório de cirurgia ortopédica e saúde do trabalhador do Sul do Estado. O Centro de Reabilitação em Pós-Operatório de Cirurgia Ortopédica e Saúde do Trabalhador Otacílio José da Costa será inaugurado nesta sexta-feira (24), às 18h30, e irá funcionar no Estádio da Cidadania, no Acesso Azul, em cinco salas divididas por segmentos: membro superior, membro inferior, quadril, coluna e mão.
De acordo com o coordenador municipal de Fisioterapia, Glauco Oliveira, o novo centro será específico para o atendimento pós-operatório e contará com salas de reabilitação.
– O grande diferencial desse serviço será o atendimento especializado. Cada paciente será atendido imediatamente após a sua cirurgia por especialista da área. Isso significa que o paciente ganhará muito: primeiro com essa rapidez no atendimento e depois por ser acompanhado por um especialista que irá trabalhar com materiais específicos e equipamentos adequados ao seu tratamento. Com isso a reabilitação desse paciente é bem mais rápida e eficaz – disse o coordenador.
O novo centro contará com uma equipe composta por cinco fisioterapeutas especialistas em cada segmento. Lá serão realizados mensalmente mais de cinco mil procedimentos pós-operatório.
– Com a criação desse espaço vamos desafogar o Cemurf (Centro Municipal de Reabilitação Física Tuffi Rafful, também no Estádio da Cidadania) que poderá realizar mais 10 mil novos procedimentos por mês – informou Glauco.
Segundo a fisioterapeuta pós-graduada em reabilitação dos membros superiores pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG), Luciana Lopes Costa, o centro terá um atendimento diferenciado para os pacientes com sequelas recentes e no pós-operatório.
– Essas orientações e cuidados imediatos no pós-operatório e pós-trauma são primordiais para evitar o agravo do quadro e surgimento de outras complicações. Assim, será possível diminuir sequelas, adiantar a recuperação para que o paciente possa voltar a suas atividades, além de evitar a perda da cirurgia, o que levaria a uma nova intervenção – disse à fisioterapeuta que fará parte da equipe do Centro de Referência em Pós-operatório de Cirurgia Ortopédica e Saúde do Trabalhador.
Para a especialista, o atendimento fisioterápico especializado tem uma melhor abordagem de tratamento, tirando o profissional do tratamento generalista e o colocando com uma visão especifica de um segmento (parte) do corpo.
– Quando se opta por ser especialista, você escolhe a área que mais tem afinidade, a que mais gosta. Daí já começa o diferencial do tratamento. Não se pode ser bom em tudo e quando se é especialista você pode ser bom em só uma coisa – destacou.
O carreteiro Marcelo José Bagnozzy, de 40 anos, morador do bairro Siderlândia, que sofreu um acidente de trabalho há três meses e que atualmente faz fisioterapia no Cemurf, elogiou a iniciativa.
– Estou há três semanas fazendo fisioterapia aqui e já ouvi do meu médico que minha evolução é excelente. O atendimento aqui é tão bom que nesse pouco tempo já consigo dirigir meu carro e fazer minhas atividades diárias. Fico imaginando o excelente trabalho que será realizado nesse novo espaço – disse Marcelo.
HSJB registra mais de 4 mil internações em cinco meses
Referência de saúde nos municípios da região Sul Fluminense pela capacidade de atendimento e alta especialização, inclusive na área de traumatologia e ortopedia, o Hospital São João Batista (HSJB) realizou, no período de janeiro a maio deste ano, 4.055 internações e 2.068 cirurgias, entre eletivas e de emergência, além de partos normais e cesarianas. Para suprir essa grande demanda de pacientes, mantendo seu perfil de atendimento de urgência e emergência de média e alta complexidade, a unidade conta com um parque tecnológico modernizado, distribuído por áreas como o Núcleo de Hemoterapia, o Centro de Imagens e Serviço de Diagnóstico por Endoscopia, o Banco de Tecido Ocular (Banco de Olhos), além da UTI Neonatal, do Centro Cirúrgico e da Central de Material Esterilizado.
– O Núcleo de Hemoterapia do hospital tem um parque tecnológico modelo no estado do Rio. Hoje, o município de Volta Redonda é autossuficiente na produção de hemocomponentes – explicou Rosa Lages, atual diretora geral do Serviço Autônomo Hospitalar (SAH).
Popularmente conhecido como banco de sangue, o núcleo possui agitador linear de plaquetas com câmara de conservação; aglutinoscópio; balanças antropométrica e de precisão digital; câmaras de conservação de sangue (2º a 6°) e plasma (-86° e -34°); centrífugas sorológica, hematológica e refrigerada para processamento de sangue; extrator manual de plasma; geladeira para conservação de reagentes (2° a 8°); hemoglobinômetro; homogeneizador de sangue; capela de fluxo laminar; descongelador de plasma, entre outros equipamentos.
Também modernizados, os serviços de imagens e de diagnóstico por endoscopia, no período de 2012 a 2014, foram equipados com aparelhos com tecnologia de ponta, segundo afirmou Rosa.
– O Centro de Imagens conta com sistema que permite a visualização do exame imediatamente após a sua execução. Também é onde realizamos exames de endoscopia do aparelho digestivo, como colonoscopia, retossigmoidoscopia, endoscopias do aparelho respiratório como a broncoscopia, além da endoscopia do aparelho urinário, ureteroscopia e broncoscopia – explicou a diretora, ressaltando que o Centro de Imagens e Serviço de Diagnóstico por Endoscopia atende pacientes internados, egressos do ambulatório e da Unidade de Urgência/Emergência do Hospital e usuários referenciados pela Rede de Saúde do Município.
Banco de Olhos
O Banco de Tecido Ocular Pedro Semo Thiésen, no HSJB, foi implantado a partir de maio de 2010 com equipamentos de ponta para manter a qualidade dos globos oculares captados e das córneas preservadas para transplante. Foram investidos recursos da Prefeitura de Volta Redonda no parque tecnológico na ordem de R$ 231.300, para a aquisição dos equipamentos.
– O Banco Olhos em Volta Redonda é o grande responsável pela diminuição da fila de espera para transplante de córneas dos pacientes no estado do Rio. Representa uma parceria exitosa entre o município e o Estado e é um grande avanço na prestação de serviços pelo SUS e um resgate dos direitos dos usuários na área de transplantes – disse Rosa Lages.
O Banco de Tecido Ocular está equipado com o que há de mais moderno para a avaliação e processamento do tecido ocular, contando com equipamentos como microscópio especular, lâmpada de fenda e câmara de fluxo laminar.
Outra área que integra o Hospital São João Batista é o Centro Cirúrgico que, segundo a diretora da unidade, é de alta tecnologia e permite a realização de cirurgias com técnicas de microscopia. A área possui mesa cirúrgica elétrica que permite toda a movimentação necessária para cirurgias mais complexas; foco cirúrgico de teto com iluminação por lâmpadas LED; aparelho de anestesia com monitor multiparâmetros; sistema de vídeo para laparoscopia / endoscopia rígida; arco cirúrgico para fluroscopia digital; e cardioversores.
Completam o parque tecnológico do hospital: a UTI Neonatal, que é equipada com ventilador pulmonar neonatal, incubadoras de transporte e estacionária, além de cardioversores; e a Central de Material Esterilizado, que conta com autoclave rápida (utilizada para esterilização de todo material cirúrgico e de uso direto com o paciente), e lavadora ultrassônica (utilizada para limpeza interna e externa por ultrassom de todos os instrumentos da área cirúrgica).
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Se o Tuca já fosse prefeito de Barra Mansa, já teríamos vários Centros assim na cidade.
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