O telescópio espacial James Webb está funcionando há cerca de dois meses, mas suas imagens do espaço profundo já surpreendem os astrônomos. Imagens recentes das profundezas do espaço e do tempo revelaram a existência de um novo tipo de galáxia. Que os cientistas estão chamado de UFOs que significa Ultrared Flat Objects (Objetados achatados ultra vermelhos). Essas galáxias são invisíveis para o antigo telescópio Hubble, porque o Hubble só pode ver na faixa da luz visível e do ultravioleta. Já o James Webb foi construído para captar a luz vermelha e infravermelha emitida pelas galáxias mais distantes no tempo e no espaço. E revelou a existência dessas galáxias em uma época que os astrônomos chamam de “meio dia cósmico”.
Segundo o site Earthsky News a equipe liderada pela astrônoma Erica Nelson da Universidade do Colorado já encontrou 29 dessas galáxias vermelhas, em forma de discos, nas imagens feitas pelo James Webb. Elas são ricas em poeira cósmica, o que as torna ainda mais vermelhas e invisíveis para o telescópio Hubble. Além disse as galáxias UFO encontram-se a 12 bilhões de anos-luz de distancia. A expansão do Universo, a partir do Big Bang faz que a velocidade das galáxias aumente com sua distancia da Terra. E o alongamento das ondas de luz, provocado pelo chamado efeito Doppler faz com que toda a luz emitida por essas estruturas seja transformada em luz vermelha ou infravermelha.
Segundo as observações dos astrônomos o Universo surgiu de uma grande explosão, o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos atrás. Os primeiros 3 bilhões de anos de existência do Universo são chamados de Aurora Cósmica, pelos astrofísicos. O meio dia começa 3 bilhões de anos depois, quando as primeiras estrelas e buracos negros se formaram. As novas galáxias reveladas pelo James Webb possuem um desvio para o vermelho entre 2 e 6. O que significa que elas existiram quando o Universo tinha 3 e meio e 1 bilhão de anos de idade. Como a luz dessas galáxias levou 12 bilhões de anos viajando pelo espaço, até chegar nos espelhos do telescópio espacial, estamos vendo uma imagem do Universo como ele era há 12 bilhões de anos.
O formato das galáxias UFO surpreendeu os astrônomos. A maioria das galáxias modernas, isso é, as que se encontram perto de nós, no espaço e no tempo, tem uma região esférica perto do centro. Já as galáxias infravermelhas são totalmente chatas, parecendo discos voadores. O que levou os astrônomos da Universidade do Colorado a chama-las de UFOs. Essa sigla, em inglês, já foi usada para designar objetos voadores não identificados. Mas atualmente o fenômeno dos OVNIs ganhou uma nova sigla, UAP, de Fenômenos Aéreos Não Identificados. As novas galáxias também são conhecidas pelo nome de galáxias escuras HST, o HST sendo a sigla de Telescópio Espacial Hubble, que não consegue enxerga-las.
A primeira foto acima mostra a mesma região do céu fotografada pelo telescópio Hubble e pelo James Webb. Repare que na imagem do James Webb, a direita, aparece uma galáxia vermelha que estava invisível na imagem do Hubble. A observação mostra que essas galáxias vermelhas estão passando por uma fase de grande formação de estrelas. Acredita-se que com o tempo elas vão evoluir e se transformar nas galáxias espirais e elípticas que cercam a nossa região do espaço.
Todas essas descobertas mostram que o Universo é muito maior e mais complexo do que imaginávamos. Vivemos em uma época de grandes revelações sobre a origem e a evolução do maravilhoso mundo em que vivemos.
Jorge Luiz Calife