Telescópio TESS vai procurar civilizações alienígenas

by Diário do Vale

A agência espacial americana Nasa anunciou, semana passada, que seu telescópio espacial TESS vai colaborar com o projeto Breakthrough Listening, que procura detectar outras civilizações no espaço. O TESS fica no espaço sideral, em órbita da Terra, e procura localizar planetas semelhantes ao nosso em órbita de estrelas relativamente próximas. O TESS usa o método de trânsito no qual o telescópio procura por variações no brilho da estrela provocadas pela passagem de planetas diante de sua superfície.
O Breakthrough Listening é um projeto internacional, que procura por “tecnoassinaturas” nos mundos alienígenas. Ou seja, sinais de que exista algum tipo de tecnologia nesses mundos. Esses sinais podem ser transmissões de rádio ou televisão, indícios de tecnologia avançada ou de gases associados com a vida. O projeto usa observatórios em vários países, como o radiotelescópio de Parkes, na Austrália; a antena MeerKAT, na África do Sul; e o telescópio ótico do Detector Automático de Planetas, na Califórnia.
No caso do TESS, a Nasa vai indicar os planetas com maior possibilidade de sustentar vida inteligente para que sejam observados com outros instrumentos. Como os radiotelescópios que captam ondas de rádio. Muitos especialistas acreditam que se existem outras civilizações no espaço elas já sabem da nossa existência porque captaram nossos programas de televisão e de rádio.

Interestelar: No lugar de um buraco, uma bolha

Potente

Em 2021 a Nasa pretende enviar ao espaço o novo super telescópio James Webb, o sucessor do Hubble. Ele é tão potente que será capaz de detectar gases como oxigênio na atmosfera de planetas de outros sóis. A presença de oxigênio pode ser um forte indício da existência de vida vegetal, o que por si só seria um sinal de que o planeta é habitável. Além disso, os cientistas tentam detectar sinais de raios laser. O laser é um tipo de radiação coerente que não existe na natureza.
O telescópio espacial Kepler, antecessor do TESS, descobriu estranhas variações de brilho na estrela Boyajian que podem ser o sinal de uma megaestrutura orbitando essa estrela. Megaestruturas seriam obras de engenharia imensas construídas por civilizações avançadas. Mas, até agora, essa hipótese não foi confirmada.
No filme “Interestelar” os astronautas usam uma fenda na estrutura do espaço-tempo para viajar para uma galáxia distante. Chamados de “wormholes” ou buracos de verme, esses túneis pelo hiperespaço são uma possibilidade teórica, dentro da Teoria da Relatividade Geral de Einstein. Mas nunca foram comprovados. Agora, dois físicos da universidade de Búfalo, em Nova Iorque, acreditam que a próxima geração de telescópios será capaz de captar indícios da existência desses túneis dimensionais.
Eles acreditam que o melhor lugar para procurar os wormholes são as imediações dos buracos negros gigantes que existem no centro das galáxias. Como o Sagitário A, que fica no centro da Via Láctea. Muitas estrelas orbitam em torno desses buracos negros, capturadas por suas forças gravitacionais. E se existirem wormholes no meio delas eles podem provocar desvios, ondulações na órbita dessas estrelas. Provocadas pelas forças gravitacionais que escapam do wormhole.
Como mostrou o filme “Interestelar”, essas fendas no tempo seriam tridimensionais. No lugar de se parecerem como túneis ou buracos, elas teriam a aparência de enormes bolas de sabão refletindo o panorama do espaço além delas. Se for possível viajar através dos wormholes ou dos buracos negros poderíamos atingir outros universos ou outras regiões do tempo, indo ao futuro ou ao passado. Mas, por enquanto, isso só é possível nos filmes de ficção científica.

 

Jorge Luiz Calife

 

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