A ‘arte degenerada’ e os patrocinadores

by Paulo Moreira

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Uma exposição de arte queer (palavra inglesa adotada como definição ampla para todos os tipos de comportamento de gênero diferentes dos estabelecidos) gerou uma baita polêmica nos meios de comunicação e nas redes sociais. A mostra, realizada num museu ligado a um grande banco, foi considerada ofensiva por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), que “puxaram”, nas redes sociais, um movimento de boicote à instituição financeira patrocinadora do museu que abrigava o evento.

A instituição, então, retirou seu patrocínio da iniciativa e a exposição acabou sendo fechada. Sem entrar na discussão sobre o conteúdo ser adequado ou não, já que o colunista não esteve no evento e só conhece opiniões alheias sobre as obras apresentadas. a coluna vai discutir o fato em si: o que houve nada mais foi do que um movimento de mercado, gerado pelo fenômeno dos patrocínios empresariais à arte.

Liberdade de expressão

Um dos valores mais importantes da democracia é a possibilidade de qualquer um dizer o que pensa sobre qualquer coisa, ou de se expressar artisticamente. E foi o que aconteceu nos dois lados da polêmica da “arte queer”: os artistas e a organização da exposição escolheram livremente o conteúdo da mostra; o MBL, que não gostou desse conteúdo, por sua vez, usou seu direito à liberdade de expressão e disse isso em alto e bom som nas redes sociais.

E foi aí que a porca da exposição de arte queer torceu o rabo. A mostra foi cancelada depois que o museu que a abrigava calculou que a quantidade de pessoas que iria deixar de ter apreço pela marca do banco que patrocina o museu seria maior do que o número de pessoas que iria passar a ter simpatia por ele caso a exposição fosse mantida. Simples assim.

‘Ars gratia artis’, o caramba!

A maioria das pessoas só conhece a frase acima do logotipo da Metro Goldwyn Mayer, produtora de cinema dos Estados Unidos. Seu significado pode ser traduzido como “arte pela arte”, no sentido de que a arte existiria pelo simples prazer estético do artista e de seu público. Conversa fiada.

Nos tempos atuais, arte é negócio, seja ela uma apresentação de “Os vilões de Shakespeare” no Teatro dos Quatro, ou um clipe de Pablo Vittar no Youtube. Nem poderia deixar de ser diferente: para viver de arte, o artista tem que ganhar dinheiro com ela.

E aí é que entra a figura do patrocinador. São geralmente empresas – algumas vezes, governos – que colocam dinheiro ou dão alguma forma de apoio à produção artística. Por exemplo, o logotipo da CSN não apareceu nos créditos do filme “Tropa de Elite” de graça. A empresa pagou por isso. No caso de videoclipes no Youtube, a receita vem de anúncios que são exibidos enquanto a gente assiste ao vídeo. Mas produções mais sofisticadas muitas vezes recebem dinheiro de empresas ou instituições para custear a produção, antes mesmo de ficarem disponíveis para exibição.

E qual o motivo de filmes, exposições de artes plásticas, peças teatrais ou shows musicais precisarem de patrocínio? É que a conta dos custos de produção versus receita não fecha sem que entre outro dinheiro, além do que é pago pelo público. Mesmo Hollywood precisam disso: ou você acha que os logotipos e produtos que aparecem nos filmes estão ali por uma questão de apelo estético?

E por que as empresas patrocinam arte? Porque é uma forma de obter reconhecimento de marca. Estar nos créditos de um cartaz de show, em um filme ou em um catálogo de uma exposição de arte faz com que a empresa seja “bem vista” pelo público.

‘Ei, você aí, me dá um dinheiro aí’

De um modo geral, a classe artística sabe que é preciso haver patrocínio, ou apoio cultural, como alguns preferem, para qualquer espécie de arte. Os artistas têm necessidades variadas, de acordo com o tipo de arte que produzem, mas todas elas se resumem ao bom e velho $.

Para conseguirem esse dinheiro, os produtores de arte vão atrás de empresas e governos. Quando se trata de empresas, cabe a elas ver que tipo de produção vai dar mais retorno se for patrocinada e destinar o dinheiro. É uma conta fácil.

Quando se trata de governos, é meio complicado. A verba para apoio à cultura não é ilimitada, então em algum momento alguém vai ter de escolher entre um filme ou uma peça de teatro ou uma exposição de artes plásticas para ser patrocinada.

E com quais critérios se faz isso no governo? Em teoria, deveria haver uma forma democrática e participativa de tomar esse tipo de decisão, mas a realidade é que alguém é nomeado para exercer esse cargo e toma a decisão de acordo com suas próprias convicções e gostos, ou, pior ainda, de acordo com o que for mais conveniente para seu padrinho político.

 

Exemplo: Uma das obras de arte que fazem parte da exposição cancelada por museu ligado a banco depois de protestos (Imagem: Reprodução internet)

Exemplo: Uma das obras de arte que fazem parte da exposição cancelada por museu ligado a banco depois de protestos (Imagem: Reprodução internet)

 

PAULO MOREIRA | [email protected]

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24 comments

Dácio Kupramin 22 de setembro de 2017, 08:06h - 08:06

Foi mal, a minha é Federal.

xerife 20 de setembro de 2017, 20:03h - 20:03

Como disse um amigo meu aqui mesmo no Diário do Vale ” E no final será eleito LULA ou qualquer poste de qualquer esquina que ele apoiar”. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Rodrigo. 21 de setembro de 2017, 09:44h - 09:44

Gostaria de esclarecer, que vim para o Canadá, porque procurei uma vida de qualidade melhor, inclusive pedi demissão da Embratel. Moro e trabalho em Quebec, e meus dois filhos estudam aqui numa escola maravilhosa. Duvido que exista País melhor que esse para viver. Para vc ter uma ideia Paulo, pagamos 30 % do nosso salário para o Governo, e temos estudo de graça até a Universidade, não existe consultório médico particular aqui, é tudo público. Na cidade onde moro os vereadores não tem remuneração, se comparecerem as reuniões (2 por semana ) recebem um jetom hj no valor de 100 dólares canadenses, se faltarem nada recebem. Quanto a questão de vir para cá lavar pratos, tem sim, brasileiros fazendo isso, assim como pedreiros, pintores, encanadores, etc. mas são muito bem remunerados, e possuem um nível de vida superior a muitos doutores aí do Brasil.Grande abraço .

Burroso 21 de setembro de 2017, 11:33h - 11:33

Verdade.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Dona Florinda do Santa Cruz 22 de setembro de 2017, 07:52h - 07:52

Sei que em Toronto tem tanto brasileiro, que parece uma Miami com neve.

Oswaldo 19 de setembro de 2017, 21:59h - 21:59

Só hoje em dia não.
O “Ars Gratia Artis” nem na época do Louis B. Meyer funcionava.
Quando Hitler ameaçou boicotar os filmes americanos na Alemanha, os grandes estúdios que eram em sua maioria mantidos por judeus, vide o Warner Bros, o MGM, Columbia, etc, cortaram toda e qualquer denúncia ou referência ao nazismo, inclusive excluindo grandes atores judeus dos filmes, como o John Garfield e vários outros, por ordem direta do Reich.

O que manda no patrocínio é o fluxo de caixa.
Se vai aumentar, mantém.
Se vai reduzir, corta.

Como tem muito mais simpatizante do MBL com dinheiro para tirar do Santander, do que esquerdista queer que não trabalha e mora com os pais para depositar, a resposta é única: Corta o patrocínio e vamos logo esquecer o caso.

Capitalista com celular de cartão 19 de setembro de 2017, 22:51h - 22:51

A expressão “a resposta é única” já abre suspeita de limitação intelectual temperada com arrogância. Quer dizer então que pra ser correntista de Santander tem que “ter dinheiro”? Procure se informar num agência qualquer sobre a renda mínima necessária para abrir conta lá. Talvez até a sua seja aceita. Mas se vc acredita mesmo que a decisão do Santander de censurar a exposição foi em função de correntista pé-rapado que se acha burguês, paciência.
Quanto a esquerdista que “mora com pais e não trabalha”, percebemos pelo portuguesinho ginasial e as gírias pré-adolescentes de quem escreve ‘bolsomito’ nas redes sociais..

Serrote 20 de setembro de 2017, 11:49h - 11:49

“Como tem muito mais simpatizante do MBL com dinheiro para tirar do Santander”, KKKKKKKKKKKK, simpatizante do tal MBL é quem move a ciranda financeira ? kkkkkkkkkkkkkkk . Quer dizer q se os “milionários” simpatizantes do MBL sacar os seus “milhões” do banco, esse entra em falência ? kkkkkkkkkkkkkkk. Vá curtir um final de semana na sua kitinete, alugada, no Perequê ou em Unamar (Cabo Frio), compre umas cervas Glacial, de um carinho no seu Gol 1.0, ponha créditos no seu celular, compre aquela picanha, parcelada, no Guanabara ou no Supermarket, e vá ser feliz.

Capitalista com celular de cartão 18 de setembro de 2017, 20:07h - 20:07

Se houvesse ensino de sociologia nas escolas, talvez essa onda tacanha de neoconservadorismo – patente em mais esse texto raso – pudesse manter-se nos hipotéticos limites do bom senso. As pessoas entenderiam a diferença entre o “não gosto, não vou” e o “tem que proibir isso aí”.

Paulo Elias 19 de setembro de 2017, 09:25h - 09:25

Sociologia para ficar ouvindo professor ficar falando de “golpe”, “aborto”, pra fazer propaganda pro PSOL em época de campanha, para agitar alunos a ocuparem (vide invadir) escolas, para falar meninx, para meter o pau no capitalismo e endeusar comunismo e seus heróis (Che, Mao, Stalin)? Really?

Disso que precisamos? É essa necessidade que a sociedade tem? Pergunta para qualquer garoto esteja fazendo ensino médio ou superior, o que faz um deputado estadual, federal, senador, o que faz a casa civil, como funciona basicamente o sistema tributário… vais tomar um susto, 95% não vai saber te responder. Se os “alunos” que estavam ocupando escolas não sabiam sequer o que significava a sigla “PEC”!, não dá para ter esperanças para que saibam o que sequer faz um vereador…

Hoje um rapaz/moça se forma no ensino médio e não faz ideia por onde começar, não sabe fazer seu próprio currículo, tem zero de capacidade de interpessoal para lidar no mercado de trabalho, zero de habilidades de persuasão, de proatividade ou qualquer outra habilidade minimamente necessária para ingressar no mercado de trabalho.

O resultado disso são as décadas de “ensinamentos” de Paulo Freire, não entendeu ainda? Por isso estamos com essa educação pífia, a cada ano descendo degraus e perdendo para países ridículos, mesmo quando se investe mais em educação continuamos caindo em tudo que é tipo de ranking que avalia a educação…

Capitalista com celular de cartão 19 de setembro de 2017, 11:06h - 11:06

Suponho que vc faça parte da tropa “neocon” que acha que “tem que proibir isso aí”.
Com base em que premissas vc afirma com tanta veemência e convicção que em aulas de Sociologia o professor vai falar de “golpe”, “aborto” e fazer propaganda do PSOL. No seu colégio é assim?
Vc já leu algum livro de Sociologia? Você sabia que Paulo Freire está entre os autores mais citados em trabalhos acadêmicos e homenageado nos meios universitários no mundo todo?
Vc me lembra um sujeito que vivia a espernear, com velado recalque, contra os livros “comunistas” (sic) que nossas Federais recomendam aos alunos. Pedi ao sujeito que citasse uma dessas “obras” comunistas que o deixava tão nervoso. O coitado não só não soube responder, mas partiu para a tentativa de ofensa a la Alexandre Frota.

Paulo Elias 19 de setembro de 2017, 12:22h - 12:22

Não tem que “proibir”. O professor tem que lecionar aquilo que deve e ponto final. Já leu o projeto Escola sem Partido? Lê lá, rapidinho, tem só 2 páginas.

E você faz parte daquela galera que acha que não tem doutrinação?

Amiguinho, vou te contar aquilo que sei por experiência própria. Lembra-se das ocupações do Manuel Marinho e depois da chamada “greve” (como se estudantes fizessem greve, né?!) no IFRJ? Eu acompanhei de perto, não foi fulano ou sicrano quem me disse, eu conversei pelo Facebook com essas lideranças que promoveram essas ocupações e no caso do IFRJ (aterrado) tive até mais contato, estive no local falando PESSOALMENTE com esses alunos. Rapaz, eu tenho até vídeo de professor incitando aos alunos a fazer essas ocupações.

E isso foi o que EU, eu disse EU!, presenciei! OK? Agora, o que acontece pelo Brasil afora, está aí no YouTube, Facebook. Mas reitero, eu vi tudo isso, ninguém me enganou.

Uma covardia que fazem com jovens cheio de energia e até com certo senso de justiça, mas com imaturidade e falta de conhecimento o bastante para discernirem coisas que não foram passados à eles em sua integridade. Os professores deturpavam informações à sua conveniência ideológica, colocando coisas que sequer tinham nos projetos de lei que eles atacavam, mas não tinha nem mesmo 1 só aluno que se dava o trabalho de ler um projeto de lei.

E te respondendo ao que falou ao final, o que você acha que é a pedagogia do oprimido de Paulo Freire? Ele foi a base do pensamento, é a raiz do ensino brasileiro.

Rapaz, veja quem são os que homenagearam Paulo Freire, um bando de universitários comunistas, que são referência pra nada, isso tem em todo lugar, ô raios! Bernie Sanders, Michael Moore e todo tipo de tranqueiras existem também nos países de primeiro mundo. Tem gente nos EUA e Europa que acham o máximo o regime do Maduro, sabia?

Bidien 19 de setembro de 2017, 15:02h - 15:02

Ae capitalista com celular GSM! Agora é a sua oportunidade de refutar o Paulo Elias!
A galera progressista põe as fichas em você nesse debate virtual!
Mas lembre-se que a retórica que te VENDE a revolução te passa as ideias mastigadinhas…ideias que sempre fazem contrapeso a um grande mal muito malignozão.
De repente, isso te dá a ilusão de que o emocional é importante no diálogo…o que acaba comprometendo-o grandemente, afinal, citar o comportamento de outras pessoas ou rotular ou atacar alguém verbalmente (não que você tenha feito isso) não soma em nada. Não é argumento, saca?
Lembre-se da sua infância. Sendo crítico! Não há doutrinação nas escolas?
Quem é Paulo Freire? Leia pedagogia do oprimido de novo (caso tenha lido)…mas tire o livro de cima do santuário. Aquela conscientização que ele tanto cita…é sinônimo de liberdade? De verdade? Seja crítico…ele não era um deus. Ele pode estar equivocado ou sendo parcial!
Qualquer um pode, afinal, somos humanos e estamos trilhando nossos caminhos ainda.
Então o importante é questionar tudo!

Capitalista com celular de cartão 19 de setembro de 2017, 16:01h - 16:01

“Escola sem partido” foi uma das reivindicações daquelas micaretas de paneleiros, em especial da ala que empunhavam faixas como “Intervenção militar já”, “Cunha é corrupto mas está do nosso lado”.
Ora, então você “viu”, “presenciou” as ocupações, “conversou pelo Facebook” com as lideranças. Certamente considera-se um dos poucos mortais que tiveram essa oportunidade e que sua opinião sobre os que promoveram os eventos e suas motivações são definitivas, dogmáticas, insofismáveis.
Já tentaram fazer “doutrinação” com você? Espero que não, para que você não passe a fazer parte do “bando de universitários comunistas”. Cá prá nós, notei nessa expressão um travo de recalque de quem jamais adentrou um campus universitário (não me refiro a essas “faculdades” que proliferam a cada esquina com chancela publicitária de Luciano Hulk; Universidade e faculdade são coisas distintas em termos de âmbito de atuação).
Por fim, pelo domínio que você aparenta ter sobre o tema, seria edificante se vc sugerisse aqui obras que devam ser descartadas da Universidades e outras que deveriam ser adotadas no lugar, a fim de evitar formarmos “universitários comunistas”. Converse com seus amigos no Facebook, pela sugestões. Será que, depois de Alexandre Frota, surge um novo consultor para o ministro Mendonça Filho?

Capitalista com celular de cartão 19 de setembro de 2017, 20:43h - 20:43

Bidien, seu alerta é pertinente e bem posto, mas me permito arriscar um palpite: acredito gente que apoia o tal “Escola sem partido” só passou a conhecer e a atacar Paulo Freire depois de ler seu nome citado fora de contexto numa daquelas faixas das manifestações paneleiras.
Já ao recordar minha infância, que passei em VR, lembro-me de livros e aulas que ensinavam que “o vento é o ar em movimento”, “os animais se dividem entre os úteis e os nocivos”, “a ‘revolução’ (sic) de 1964 garantiu a democracia no Brasil contra o comunismo” e que “Domingos Jorge Velho foi um herói bandeirante que exterminou os escravos negros rebeldes em Palmares”.
Por fim, concordo novamente com vc. Paulo Freire não era um deus (imagino o horror do velho diante dessa noção). Escreveu para o seu tempo. O problema é que os escritos dele (inclusive o consagrado mundialmente “Pedagogia do oprimido” – FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17ª. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987 – que eu li sim) têm-se mostrado cada vez mais como antídoto à onda superconservadora dos tempos atuais).

Paulo Elias 20 de setembro de 2017, 12:26h - 12:26

Vamos lá. As faixas que pediam intervenção militar eram uma esmagadora minoria, eram algumas centenas de pessoas junto a milhões que estavam se manifestando. Já o Cunha era o presidente da câmara, logo, adivinha, é ele quem devia acatar o pedido de impeachment. Cunha fez o certo por motivos errados, isso já é problema pessoal dele, ele na época estava apenas sendo acusado. Ninguém se manifestou contra a prisão do Cunha, diferente do Dirceu, Genoíno quando foram presos e até do Lula, que é RÉU em 7 processos e ainda assim sai em caravanas, comícios e é defendido por todos os coletivos esquerdistas e políticos de esquerda.

A “micareta” na qual se refere foi a maior manifestação de rua do mundo. Pessoas que foram às ruas voluntariamente, sem quebrar nada, sem agredir PMs, sem receberem nada por isso. Diferente das outras manifestações vermelhas, que quebram tudo, agridem PMs, recebem bandeiras, camisas, ônibus fretado e alimentação com nosso dinheiro dos impostos, e com uma massa ignorante cooptada que nem sabe porque está lá! Vai pra ganhar 30 reais…

O material escolar num geral, tem um teor de anticapitalismo, de anti meritocracia e etc., isso não é novidade pra ninguém. É uma informação que é passada de forma velada, realmente passa despercebido por muita gente. No entanto, principalmente de 2013 pra cá, os professores tomaram frente e começaram a colocar goela abaixo de alunos coisas que nem no material do MEC estão. Começaram a organizar manifestações, fazerem propaganda para políticos de extrema esquerda sem o mínimo de vergonha. Sempre a UNE, UBES e UJS estiveram inseridas nas universidades e algumas escolas do ensino médio, mas não se mobilizavam como nos últimos anos pois o governo anterior patrocinavam eles e estavam também alinhados ideologicamente.

Você insiste em falar de faculdade/universidade. Garoto, esquece isso. Quase 3/4 de nossas receitas para a educação vão para custear essas universidades, que atendem 70% de alunos que tem condições de pagarem mensalidades. Esse atual sistema não tem nada de virtuoso, mas sim vergonhoso. Enquanto o ensino de base está à míngua, batendo recordes atrás de recorde de pior desempenho em relação aos países da OCDE, sem creches, sem nada, temos universidades que tomam toda essa receita. E eu sei que você não é ignorante e sabe que não estou dizendo que devam acabar, mas que esse sistema deve ser diferente. Temos prioridades e o dinheiro público é escasso.

E finalizando, que tanto você fala de “onda conservadora”? Tá maluco? O brasileiro sempre foi conservador! É contra aborto, pró armas, pró valores da família, é majoritariamente cristão, contra o politicamente correto, pró propriedade privada e pró capitalismo. Acontece que não só no Brasil, mas no mundo todo, as redes sociais foram o maior golpe que a esquerda tomou em toda história. Cada indivíduo passou a ter voz. Diferente de antes quando o establishment político, artístico e da mídia tinham o comando da narrativa.

E pare de falar do Alexandre Frota, vocês tem Tico Santa Cruz.

Serrote 20 de setembro de 2017, 16:32h - 16:32

Capitalista com celular de cartão: Os caras mal leram os quadrinhos do Tio Patinhas, visto pelo vocabulário, e vem falar em Paulo Freire, tanto que um desses “paladinos do saber”, há algumas postagens atrás, quando foi falado sobre a carreata do Lula pelo país, no New York Time Jornal, um desses “gênios”, disse q o referido jornal, pasme, é de esquerda e q não tem credibilidade nenhuma, consequentemente escreveu q o ex procurador da PGR, Janot, não sabia de nada que estava fazendo quando o mesmo indiciou o Romero Jucá e, pasme novamente, q o tal do Jucá estava correto em querer desclassificar tal denuncia.
Vem daí o conselho p vc se abster de debater c seres de horizontes pequenos e conhecimentos embasados em teorias alheias.

Rodrigo. 20 de setembro de 2017, 18:32h - 18:32

Muito interessante o debate. Infelizmente pude perceber que tanto se falou em esquerda e direita, como se isso existisse no Brasil. Temos um quadro de políticos, DEPRIMENTE, para não dizer outra coisa. Quanto as Universidades Públicas, sejam elas, FEDERAIS e/ou ESTADUAIS, são excelentes, devem com certeza continuarem a existir, porém, ao término do curso, o formando deve receber seu diploma, após trabalhar um ano em órgão governamental de acordo com sua formação, “repondo assim ” o benefício que recebeu de estudar em Universidade do GOVERNO, sem nenhum custo. Uma espécie de ressarcimento ao erário público. Eu tive a oportunidade de estudar e me formar em Engenheiro Eletrônico na UFRJ, e tive muito professor que tentava incutir tendencias esquerdistas na cabeça dos alunos, sim. Após 10 anos de trabalho na EMBRATEL, vim para o CANADÁ, e apesar de amar o BRASIL, não penso em voltar. Neste País onde o único senão é o frio, a qualidade de vida é simplesmente imbatível. Leio o GLOBO, ESTADÃO e o DIÁRIO do VALE, da minha querida Volta Redonda, onde nasci. Abraços a todos.

Paulo Elias 20 de setembro de 2017, 19:21h - 19:21

Serrote, você é engraçado, denuncia a gramática dos outros mas não sabe nem escrever o nome do jornal que citou. E sim, o The New York Times tem uma linha editorial com pautas mais à esquerda, não em economia. Nos EUA o cara que diz acreditar piamente na CNN e no NYT, seria aqui o equivalente ao cara que acredita em tudo que vê na Globo e Record. De direita nos EUA é a FOX News.

Novamente você reforça o estereótipo de pessoa já falada acima pelo Bidian, que tudo o que faz é tentar desclassificar o argumento do outro sem a necessidade de argumentar.

Rodrigo, aqui as coisas estão cada vez mais polarizadas. Diferente da Europa e até do Canadá, onde as pessoas se atem mais às ideias propostas pelos candidatos, aqui a divisão é cada vez maior. Uma pena. Na Europa e demais países, o conceito de esquerda é majoritariamente o social democrata, o que aqui já é considerado de direita (vide o pessoal que grita que o PSDB é de direita, “neoliberal” e etc), para você ver o nível ideológico que ainda continua aqui. Aqui, PSOL, PCdoB, PT e demais partidos mais radicais, nem se envergonham de enaltecer Che, Fidel, Maduro e demais regimes autoritários da América Latina e África. Não à toa, os únicos presidentes que compareceram ao funeral de Fidel foram Lula, Dilma e Maduro…

Nossa esquerda (e a latina no geral) tem muito o que evoluir ainda…

Ótima escolha ter se mudado para o Canadá, sou apaixonado por Vancouver. Abs!

Burroso 20 de setembro de 2017, 23:36h - 23:36

Viu, não aproveitou a era Lula, para conhecer alem do Pereque, o qual poderia ter viajado ao exterior, mesmo que fosse ao Paraguai pela Cvc.em 36 meses. Admiro as pessoa q tem coragem para ir embora do país, mesmo sendo possível lavar pratos ou ir trabalhar como ajudante de obras no exterior.

Paulo Elias 18 de setembro de 2017, 16:06h - 16:06

Excelente artigo, parabéns!

Somente para acrescentar, na verdade quem “puxou” o coro e denunciou primeiro foi o ‘Terça Livre’, uma página de direita conservadora, o MBL entrou logo depois e conseguiu maior evidência por conta de sua maior abrangência. Silas Malafaia, Feliciano, Magno Malta, entre outros também manifestaram repúdio à exposição.

Tudo feito dentro da lei, da moralidade, sem violência, sem repressão, sem intervenção estatal, nada. Houve um boicote por parte da sociedade civil e não uma censura.

Vale lembrar que os projetos liberados por Lei Rouanet, por anos sofreram forte viés ideológico nas avaliações dos projetos. Documentários ou filmes com teor de direita eram sumariamente vetados. O que fez com que os produtores adotassem outros meios como o Crowdfunding, é o caso de: “Bonifácio o fundador do Brasil”, “Desarmados”, “Jardim das Aflições”, “Silenciados”, “Brasil Paralelo”, entre outros. Nenhum centavo público foi colocado nesses títulos, e a repercussão e audiência maiores que os “Rouanets da vida” e custando bem menos…

E falando em “Jardim das Aflições”, quem não se lembra do boicote também realizado por cineastas de esquerda quando souberam que o filme estrearia no festival Cine PE? Isso sem falar dos boicotes anteriores, contra a Riachuelo por fazer uma propaganda com casais héteros, contra a Alezzia por a própria dona tirar fotos com seus próprios produtos de biquini e por aí vai.

É a esquerda sendo esquerda…

Elias Araujo 17 de setembro de 2017, 23:12h - 23:12

Ótimo texto Paulo!!
Mais e mais estou gostando das matérias publicadas em sua coluna, pois mantém a verdade sem a distorção da grande mídia. No caso desse por exemplo, foi manter como boicote e não censura como muitos por aí querem distorcer. O proporia Santander fechou por apelo da população e de seus próprios clientes, não houve lei censurando a exposição.
Agora uma reflexão própria, na hora de fazer deboche do cristianismo, a minoria chata e “mimizenta” acolhe como arte, mas se fosse qualquer outra religião que é minoria no Brasil, a opinião seria outra. Óbvio, onde se tem 90% da população cristã iria ter algum tipo de reclamação. E quem viu, sabe muito bem que o objetivo não era arte.
Estamos na era onde querem te fazer engolir por goela abaixo o que é feio como bonito, e o bonito como retrógrado. Não só na arte, mas em músicas, filmes, ídolos, comportamento e por aí.

Severino 17 de setembro de 2017, 15:07h - 15:07

Se isso é arte, só se for nos dias atuais. Um verdadeiro absurdo, uma apologia a doutrinação de jovens, um incentivo a pedofilia. Eu sou do tempo, que fumar era bonito, e dar o roscofe era feio, .Hoje fumar é feio, e dar o roscofe é bonito. AINDA BEM QUE SOU ANTIGO.

Serrote 17 de setembro de 2017, 22:40h - 22:40

Mas não se acanhe. Sempre há a primeira vez..O que importa é a sua felicidade, a idade é só um detalhe……….

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