A agência espacial americana Nasa apresentou seu novo time de astronautas. A classe formada em 2017 inclui sete homens e cinco mulheres que vão pilotar as novas espaçonaves até o final da próxima década. O grupo é o 22º a se graduar do centro de treinamento em Houston desde que o programa de voos tripulados começou em 1959. A missão do grupo será tripular a nave Orion, capaz de voar até a Lua e os asteroides. Eles também devem testar as naves comerciais, como a Dragon e a Space Clipper, que estão sendo montadas pelas empresas Space X e Boeing.
Enquanto isso astrônomos da República Checa descobriram um novo conjunto de asteroides que cruza a orbita do nosso planeta. Até aqui desconhecidas, essas rochas flutuantes atingem tamanhos de 300 metros e podem destruir cidades inteiras se colidirem com a Terra. A equipe checa pediu ajuda a comunidade astronômica internacional para mapear as órbitas dos novos asteroides e verificar se algum deles ameaça nosso planeta em futuro próximo.
O impacto de asteroides foi citado pelo físico Stephen Hawking como uma das grandes ameaças que pairam sobre o futuro da humanidade. Desviar asteroides perigosos pode ser uma das missões do novo time de astronautas. Com a cápsula Orion eles poderão viajar além da Lua e fazer contato com os asteroides que passam perto do nosso planeta. Durante a apresentação do grupo eles tiraram fotos em frente a um modelo em escala real da Orion, que parece uma versão aperfeiçoada das naves Apollo, que viajaram para a Lua no final da década de 1960.
Nos últimos 30 anos os astronautas ficaram presos a orbita da Terra, depois do cancelamento do projeto Apollo em 1972. Primeiro com o ônibus espacial, depois com a Estação Espacial Internacional, tanto americanos como russos, chineses e europeus não puderam mais explorar o espaço profundo, que fica além da órbita da Terra. Isso aconteceu porque tanto o ônibus espacial americano como as naves russas Soyuz e as chinesas Shenzhou não tem capacidade para se afastarem da Terra. Ano que vem a situação vai mudar com a entrada em operação da Orion.
A Orion foi concebida durante o governo do presidente George W. Bush para permitir a retomada das viagens a Lua. O governo Obama cancelou o projeto Constellation de Bush, mas manteve a Orion. Ela poderá ser usada para interceptar asteroides no espaço profundo e para viagens a Marte, quando será acoplada a um Veículo de Transferência Interplanetária, movido a propulsão iônica.
O novo grupo de astronautas inclui seis oficiais das forças armadas, três cientistas, dois médicos um engenheiro da empresa Space X e um piloto de provas. Depois de serem apresentados ao mundo pelo vice-presidente Mike Pence o grupo vai começar um treinamento de dois anos para pilotar as novas espaçonave.
Enquanto isso, na Europa, a equipe de astrônomos da Academia Checa de Ciência descobriu um novo grupo de meteoros e asteroides que faz parte do enxame dos Taurídeos. Esse grupo costuma provocar chuvas de estrelas cadentes visíveis nos meses de outubro e novembro. Acreditava-se que era formado por partículas pequenas, do tamanho de um seixo, que se queimavam inofensivamente na atmosfera do nosso planeta.
Mas o estudo dos checos descobriu dois asteroides com diâmetros variando entre 200 e 300 metros. E podem existir outros ainda não descobertos. Como o enxame dos Taurídeos cruza a órbita da Terra um desses objetos pode atingir a Terra no futuro, causando danos que vão da destruição de uma cidade ou de um continente inteiro.
A equipe publicou suas descobertas na revista Astronomy & Astrophysics e pediu a realização de novas pesquisas para identificar possíveis ameaças.
A classe de 2017 e a ameaça dos asteroides
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1 comment
Do jeito que a crise econômica está afetando o orçamento e o apoio político à Nasa até hoje, levo mais fé na Space X e outras companhias. É bem provável que o futuro da humanidade no espaço estará nas mãos de empreendedores privados. Elon Musk já está começando a ser levado a sério quando diz que o objetivo final da Space X é a colonização de Marte e popularização dos vôos espaciais.
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