A primeira guerra da Coreia

Por Diário do Vale

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Esta semana a Coreia voltou a ficar em pé de guerra. O líder norte-coreano Kim Jong-un testou um novo míssil de longo alcance que, por pouco, não acertou um inofensivo Boeing da empresa Cathay Pacific. Em resposta ao novo míssil, americanos e sul-coreanos realizaram novos exercícios de guerra, que incluíram manobras com os novos caças invisíveis ao radar, F-22 Raptor e F-23. Tecnicamente as duas Coreias estão em guerra desde 1950, quando uma invasão da Coreia do Sul pela Coreia do Norte provocou uma intervenção da ONU, liderada pelos Estados Unidos, e uma guerra que durou três anos.

Os dois países nunca assinaram um tratado de paz e vivem uma paz armada, divididos pela tal “zona desmilitarizada”, que de desmilitarizada não tem nada. É uma faixa cheia de campos minados e soldados armados prontos a atirar ao menor sinal de provocação. Mas, como foi que a Coreia ficou assim? Em parte o estado de beligerância do país do Kim Jong-un é um resultado da ocupação japonesa, que se estendeu de 1910 a 1945. Os japoneses fizeram os coreanos comerem o “pão que o diabo amassou” e é por isso que até hoje eles odeiam o Japão. E disparam seus mísseis na direção da “terra do sol nascente”.

Com a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial as tropas aliadas expulsaram os japoneses da Coreia. Os russos ocuparam o país ao norte do paralelo 38 e os americanos ao sul. Os coreanos formaram dois governos, o do norte, liderado por Kim Il-sung, avô do líder atual. Os dois governos nunca se entenderam e a guerra começou no dia 25 de junho de 1950, quando forças norte-coreanas invadiram o sul. No dia 27 as Nações Unidas aprovaram o envio de forças lideradas pelos Estados Unidos e a guerra se tornou um grande conflito envolvendo forças militares da China, Rússia, Estados Unidos e mais 21 países.

Nos primeiros meses da guerra as forças americanas levaram uma surra dos coreanos. O que levou o general McArthur, comandante americano, a pedir permissão para o uso de armas nucleares. O que, felizmente, foi vetado pelo governo. Os americanos contra-atacaram com um desembarque naval em Inchon, que empurrou os norte-coreanos até a fronteira com a China.

Essa guerra da Coreia é chamada por alguns historiadores de “a guerra esquecida”. Porque não provocou tanta repercussão quanto a Segunda Guerra Mundial, que terminou cinco anos antes, nem quanto a Guerra do Vietnã, que mobilizaria a opinião pública uma década depois.

Mas morreu muita gente. Mais de 300 mil mortos. Americanos e russos usaram armas de alta tecnologia, como os novos aviões de caça de propulsão a jato, que eram a última palavra em armamento no ano de 1950.

Foi na Guerra da Coreia que aconteceram os primeiros combates a jato da história. Com o F-86 Sabre americano levando uma ligeira vantagem sobre os Mig 15 de fabricação soviética. Os Migs eram pilotados por chineses e russos que viram na guerra um meio de testar seus novos armamentos. Se foi uma guerra esquecida do ponto de vista do público, a guerra da Coreia foi um sucesso nos cinemas, com inúmeros filmes produzidos sobre o conflito. Filmes como “Raposas do Espaço” onde os galãs Robert Mitchum e Robert Wagner (aquele do casal 20) eram intrépidos pilotos de jatos F-86 na Coreia.

O escritor James Michener passou alguns meses da guerra a bordo de um porta-aviões americano. E escreveu um romance sobre a campanha aérea para destruir as pontes ferroviárias e rodoviárias que os coreanos usavam para abastecer suas tropas. “As Pontes de Toko-Ri” também virou filme com o William Holden e a Grace Kelly.

Hoje os tempos são outros e, dificilmente, Hollywood fará filmes sobre uma nova guerra na Coreia. As armas também são muito mais letais e o desejo do general McArthur, de usar bombas nucleares na Coreia, pode acabar se realizando.

Bombardeio: Caça americano Skyraider bombardeia a Coreia em 1950

Bombardeio: Caça americano Skyraider bombardeia a Coreia em 1950

 

 

JORGE LUIZ CALIFE | [email protected]

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17 Comentários

Anderson 12 de dezembro de 2017, 00:09h - 00:09

Petistas dos comentários, caso o conhecimento mais básico de geografia esteja além do entendimento de vocês – a ponto acharem que eu esteja copiando e colando -, pesquisem no Google para se informar e poderem participar também. Eu jamais desprezaria um analfabeto funcional, mesmo se “tiver federal” e ter votado no Lula e na Dilma.

Professor Girafales 12 de dezembro de 2017, 09:13h - 09:13

Ah, Dona Florinda…, corte e cole, ops, digo, aceite este humilde presente…

Anderson 12 de dezembro de 2017, 11:45h - 11:45

Mais um petista. Ou será o mesmo com outro nome?

Geninha 10 de dezembro de 2017, 00:41h - 00:41

Ah, esses PHD’s do Google, nem as vírgulas eles mudam kkkkkkkkk.

guto 10 de dezembro de 2017, 12:15h - 12:15

Todo comedor de mortadela desavergonhado detesta o google…. Por que será? Porque é uma empresa capitalista de sucesso, que emprega milhões de pessoas, que recebem até décimo quarto salário no final do ano, além do mais bom gosto não é para todos quanto menos para comedor de mortadela, que gosta de pessoas como Maduro, Fidel Castro, Carlos Maringhella, Stálin, Lênin, Mao Tse Tung, Cristina Kirchner, Muamar Kadafi, etc… todos ditadores assassinos ou protetores de assassinos….
Eu só canto uma música para você Geninha, e é uma música de um cantor que adora mortadelas, a música é do Chico Buarque e a letra é assim: “joga pedra na Geni….”

Anderson 10 de dezembro de 2017, 12:56h - 12:56

Se não conhece, pode pesquisar no Google. Depois você pode comentar. KKKKKKKKK

Anderson 10 de dezembro de 2017, 19:04h - 19:04

Guto, agora estes petistas terão que passar um bom tempo pesquisando no Google para saber que são todas estas pessoas que você citou!
Petistas, aconselho novamente procurar lá no Google antes de comentar. KKKKKKKK

Aécio "A gente mata antes de delatar" Neves 10 de dezembro de 2017, 19:19h - 19:19

guto, sua pobre de direita, bolsominion semialfabetizado, coxinha endemoniada do Gardenal estragado. O professor Girafales mandou instalar wi-fi na vila do Chaves, então vc e a Dona Florinda já podem posar de universitários do Google. Agora vc e demais folclóricos roedores de pão com ovo podem falar de mortadela à vontade

Anderson 11 de dezembro de 2017, 11:48h - 11:48

Olha o eleitor do PT comentando. Eles sempre aparecem para escrever besteiras e pagar mico na internet.

Aécio "A gente mata antes de delatar" Neves 11 de dezembro de 2017, 12:29h - 12:29

Falando em Dona Florinda intelectual de Google, olha quem aparece…

Geninha 11 de dezembro de 2017, 18:35h - 18:35

Noooooooossssssssaaaaaa, monas, para q tanta ofensa,
Monas, copiar e colar não é ofensa alguma,.Eu hem, ter razos conhecimentos não é demérito nenhum, isso só prova q vcs estão tentando evoluir culturalmente, mesmo copiando e colamdo. Mas pelo menos mudem algumas frases……….

Aécio "A gente mata antes de delatar" Neves 11 de dezembro de 2017, 19:28h - 19:28

Aí, seu Califa. Olha a sugestão de tema para o próximo texto: “Os ‘intelectuais’ do corte-e-cola”. Vai ter Dona Florinda aqui se rasgando toda…

Anderson 11 de dezembro de 2017, 21:36h - 21:36

Petistas, vão estudar e ler o primeiro livro da vida de vocês!

Aécio "A gente mata antes de delatar" Neves 11 de dezembro de 2017, 23:03h - 23:03

Dona Florinda do brejo, já comecei a seguir seu conselho e em breve serei como a senhora. Lição 1: ” O uso do Ctrl+C, Ctrl+V para posar de intelectual na net (apesar de ninguém o levar a sério”. Na próxima lição já estarei apto para entrar na facu de esquina onde vc conseguiu seu canudo nas coxas por 500 real (licença poética para adaptar-me ao jargão do pobre de direita) por mês.

Geninha 11 de dezembro de 2017, 23:16h - 23:16

Olha mona, ler o primeiro livro, tudo bem, pelo menos vai se tentar assimilar alguma coisa. O que não pode é ler vários livros, fora o cola copia do Google, e continuar limitada intelectualmente, que também não é demérito algum, sendo q uns nascem para criar outros países copiar.

Anderson 11 de dezembro de 2017, 23:55h - 23:55

Está me confundindo. Eu não votei na Dilma, não acho que Lula é honesto, nem que o PT é o partido da ética.

Anderson 8 de dezembro de 2017, 09:18h - 09:18

A península da Coréia hoje é o resultado de uma experiência social onde podemos observar claramente qual o melhor sistema econômico, o socialismo ou o capitalismo. Um povo com a mesma cultura, mesmo clima e a mesma história, foi dividido pela metade: o Norte adotou o comunismo e o Sul se tornou uma democracia capitalista. Qual o melhor sistema econômico? Até mesmo um petista pode constatar por si só. Enquanto a Coréia do Sul capitalista e democrática se tornou um país rico e próspero, a Coréia do Norte se tornou um país miserável, governado pelo regime totalitário mais execrável do planeta – como ocorreu invariavelmente em todos os países que tentaram o socialismo.

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