Americanos querem voltar para a Lua

by Diário do Vale

Plano: As missões lunares da próxima década

No aniversário de 60 anos da agência espacial americana o diretor da NASA, Jim Bridenstine, anunciou que os Estados Unidos pretendem retomar as viagens a Lua em meados da próxima década. E desta vez os astronautas não farão visitas rápidas, plantando bandeiras e colhendo pedras, como aconteceu durante o projeto Apollo, entre 1969 e 1972. Agora a NASA quer montar uma base lunar que servirá de trampolim para as viagens à Marte, na década de 2030.

Em dezembro do ano passado o presidente Donald Trump assinou a Diretiva 1 da Política Espacial que direciona a NASA a voltar a enviar pessoas para a Lua de um modo mais permanente. Num depoimento diante do Congresso Bridenstine foi questionado em relação ao tempo que será necessário para voltar a Lua, cerca de onze anos. Ele explicou que na década de 1960, durante o projeto Apollo, o orçamento anual da NASA era de 50 bilhões de dólares. Hoje está reduzido a 20 bilhões. Mesmo assim, com o avanço da tecnologia o objetivo agora será mais amplo. “Nosso objetivo é Marte, a Lua será apenas um campo de provas. Uma viagem a Lua leva apenas três dias. Assim podemos testar novas tecnologias, reduzir os riscos, e se houver algum problema, se surgir uma emergência, nós sabemos como trazer as pessoas de volta”. Ele explicou, citando a missão Apollo 13, em 1970, quando os astronautas conseguiram retornar depois que uma explosão incapacitou sua espaçonave.

Pelo projeto atual, elaborado pelo governo Trump, a nova conquista da Lua vai começar com o envio de robôs em 2022. Na mesma época a NASA vai começar a montar uma pequena estação espacial em órbita lunar, a Lunar Orbital Platform Gateway (Portal Plataforma Lunar Orbital). Essa estação já será capaz de acomodar astronautas por volta de 2026. Eles viajarão para lá na nova nave espacial Orion, que começa a voar em 2022. A estação Gateway será capaz de acomodar três pessoas por períodos de 30 a 90 dias. Da Gateway eles poderão fazer viagens a Lua usando um novo tipo de módulo lunar, desenvolvido pela empresa Lockheed-Martin.

Na época do projeto Apollo os astronautas viajavam até a órbita lunar em duas naves interligadas, a Apollo e o módulo lunar. O módulo lunar levava dois astronautas até a superfície da Lua enquanto o terceiro ficava na nave mãe em órbita. Na próxima década o processo será semelhante. Só que desta vez a tripulação poderá ficar descansando na estação lunar, antes de descerem na Lua com os novos módulos, que serão maiores e mais equipados do que aqueles que foram usados há 50 anos.

E desta vez os americanos não estarão sozinhos em suas explorações. As agências espaciais europeia e chinesa têm planos de instalar bases na Lua no final da próxima década. E várias empresas particulares estão interessadas em minerar os recursos da Lua e organizar viagens de turismo até lá. É o caso da empresa Space X, do bilionário Elon Musk, que planeja iniciar os voos com sua nave comercial, a BFR, por volta de 2024. Ao contrário dos módulos da NASA, que só carregam quatro pessoas, o BFR será capaz de levar até cem passageiros em excursões para a Lua.

O planeta Marte continua a ser o objetivo final dos americanos. Mas o diretor da Exploração Humana, Bill Gerstenmaier disse que ainda não temos a capacidade necessária para ir a Marte. Isso será desenvolvido durante as missões lunares da próxima década. Ao apresentar o projeto para o novo módulo lunar, a Lockheed-Martin anunciou que ele será uma nave totalmente reutilizável, ao contrário das naves da corrida espacial, que eram usadas uma única vez. Ele será reabastecido cada vez que voltar da Lua e se acoplar com a estação orbital lunar. Terá um peso de 22 toneladas métricas (O módulo lunar Apollo pesava 4,3 toneladas métricas) e poderá levar até quatro pessoas. Até hoje, só homens caminharam na superfície lunar. As futuras missões devem incluir mulheres.

 

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3 comments

Smilodon Tacinus 11 de outubro de 2018, 19:02h - 19:02

A volta dos que não foram?…

Leitor 10 de outubro de 2018, 12:20h - 12:20

Como é prazeroso quando o Calife escreve sobre ficção científica e o espaço sideral e nos presenteia com sua vocação. Mesmo dizendo que vão colher pedras ao invés de coletar rochas valeu o texto. É muito melhor que os artigos sobre bicicletas assassinas nas calçadas ou vira-latas que atravessam as ruas.

minha opinião 9 de outubro de 2018, 15:03h - 15:03

Como se volta para um lugar que nunca se foi,rsrsrsrs. Ainda tem quem acredite nesse Conto da Carochinha

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