Em tempo de furacões e outras tempestades

Por Diário do Vale

Tempestade: Colonizadores não estavam preparados para os furacões.

Os meteorologistas já avisaram que a temporada de furacões deste ano vai ser excepcional. Essas grandes tempestade se formam no meio do oceano Atlântico, entre a extremidade oeste da África e o Golfo do México e costumam ser frequentes entre os meses de Junho e Novembro. Elas se movem em direção aos Estados Unidos e as ilhas do Caribe deixando um rastro de destruição. Em seu livro “Mar de tormentas” editado no Brasil pela Companhia das Letras, o pesquisador Stuart B. Schwartz conta a história dos furacões desde os tempos de Colombo até o Katrina, o furacão que arrasou Nova Orleans em 2004 e provocou uma mudança de atitude na política do governo norte-americano.
O leitor brasileiro pode se perguntar, “mas o que é que nós temos com isso?”. Afinal, supostamente no Brasil, “país abençoado por Deus e bonito por natureza” não tem furacão. No máximo temos uma tempestadezinha, como aquela que matou mil pessoas na serra de Teresópolis em 2011. É impressionante, como há cerca de 10 anos, mil brasileiros morrendo em um dia era manchete em toda a imprensa. Hoje estão morrendo 1300 por dia, de Covid-19 e as pessoas acham que é “o novo normal”. Mas voltemos às tempestades. Com a mudança climática global, que já é uma realidade do nosso dia a dia, o Brasil entrou na rota das grandes tempestades. Tornados já viraram coisa comum e todo verão há vários registros dessa trombas sinistras ocorrendo em vários pontos do território nacional. De Santa Catarina ao litoral da Bahia. E é bom lembrar que no mesmo ano em que o Katrina arrasou com o sul dos Estados Unidos o Brasil experimentou um genuíno furacão. O chamado “Fenômeno Catarina” que se formou no Atlântico Sul, foi rastreado pelos satélites da Nasa e provocou estragos no litoral de Santa Catarina. Daí que é interessante aprender como os povos do Caribe tem lidado, ao longo da história, com as devastações periódicas provocadas pelas grandes tormentas.
“Quando os europeus chegaram ao novo mundo eles nunca tinham presenciado ventos de 200 quilômetros horários que podem arrancar árvores com raízes e tudo e arrastar casas como se fossem brinquedos. Isso moldou a história do Caribe tanto quanto a escravidão, o comércio e as rivalidades entre os grandes impérios” conclui o autor.

Por Jorge Luiz Calife

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