A chegada de um bebê, independentemente do sexo, é sempre algo muito bem-vindo. Além de trazer enorme felicidade aos pais, toda a família passa por uma enorme expectativa. É fato que, juntamente com toda essa alegria, muitas dúvidas tomam o seu lugar nessa nova história; entre elas, a escolha do nome do neném. Muitos pais optam por batizar seus filhos homenageando alguém da família; já outros procuram colocar o nome que é mais popular, enquanto ainda outros fazem as escolhas a partir de nomes de jogadores de futebol ou, de atores, de atrizes, de cantores, de cantoras ou de nomes em destaque, sobretudo, os da TV e do cinema.
Não resta a menor dúvida que, desde que o mundo é mundo, pais e mães sempre acabam por batizar seus filhos com nomes conhecidos, haja vista que Jesus, José, Maria, Abel, Madalena, Ester, Verônica, Josué e até Judas acabaram pinçados da Bíblia e estão por aí a dar identidade a muitos mortais.
Por incrível que pareça existem pais que vão bem mais além do que colocar nomes de famosos. Há os que optam por colocar os nomes dos filhos retirando-os da natureza, como: Camélia, Margarida, Rosa, Jasmim, Hortência e, até, Trevo. E ainda há aqueles que acreditam que os melhores nomes são os retirados da fauna, como: Leão, Coelho, Camelo, Falcão e Raposo, entre outros.
De tempos em tempos, esse gosto por nomes vai sofrendo mudanças, e a lista sugere algumas alterações. Atualmente ninguém ou quase ninguém é batizado com os nomes de Djalma, Judith, Bernadete, Oswaldo, Aguinaldo, nomes que já estão em baixa na lista de sugestões.
Segundo uma pesquisa divulgada pela revista “Isto É” e realizada pelo site “Baby Center”, em 2016, os nomes Miguel e Alice eram os mais usados pelos brasileiros para registrar seus filhos. Foram analisados cerca de 163 mil nomes.
Passado algum tempo, a liderança ainda está nas mãos de nomes como: Miguel e Alice, primeiríssimo nas escolhas, e, a seguir, Arthur e Sophia, grafados assim mesmo, com H. Temos, ainda, liderando a lista de nomes preferidos para os bebês do momento: Davi, Laura, Bernardo, Valentina, Heitor, Helena, Gabriel, Isabella, Pedro e Manuela, entre muitos outros, em uma lista com 100 posições. Já quase fora da competição estão os nomes: Luiz, Ana, Ricardo, Aurora, Oliver, Bárbara, Danilo, Enzo e Pérola.
Esdrúxulo
Mas é bom que se saiba que, no Brasil, a Lei 6.015, de 1973, determina que os oficiais de Cartório de Registros Públicos podem recusar o nome que os pais escolheram para seus filhos, caso for constatado que é algo esdrúxulo e que irá constranger a criança agora ou no futuro.
Inacreditavelmente, todos esses nomes foram um dia registrados em algum cartório do Brasil, e as pobres crianças acabaram crescendo tendo que carregar essas cruzes que seus pais inadvertidamente colocaram sobre seus ombros: Abc Lopes, Açafrão Fagundes, Cafiaspirina Cruz, Durango Kid Paiva, Céu Azul do Céu Poente, Esparadrapo Clemente de Sá, Garoto Levado Cruz, Janeiro Fevereiro de Março Abril, Japodeis da Pátria Torres e Lança-Perfume de Andrade.
Não só os nomes estranhos devem ser banidos, como também as grafias tresloucadas, como: Harthur, Louys, Phyettro, Lyllyanna, Ammannda, Wanttuyu ou ainda Fellyphy. Há ainda nomes que somam os dos pais ou avôs e acabam por ficar ainda piores: Pieddra, Aladim, Deumariana, Beagil, Marcelta, e por aí vai.
Existem nomes proibidos pelos cartórios pelo mundo afora, como: Nutella, Anal, Akuma, Osama Bin Laden, Robocop, Lúcifer, Adolf Hitler, Harry Potter, entre muitas outras aberrações.
Em países como a Romênia, as crianças nunca poderão levar nomes que possam resultar em algo cômico, nem indecentes ou ridículos. Já na Suécia os nomes Superman e Metallica foram proibidos; na República Dominicana são proibidos os nomes de frutas e marcas de automóveis, devido ao aumento alarmante de nomes fora do comum.
No México, foram vetados alguns nomes considerados humilhantes, como: Rambo, Batman, James Bond, Shakira, Exterminador e outros sem sentido algum.
Do início da vida até o seu término, é inegável que experimentamos toda sorte de alegrias e de tristezas. Para que o saldo, ao final, seja razoavelmente positivo, acredito que ter um nome que nos faça feliz, mesmo que não o tenhamos escolhido, deve fazer toda a diferença e nos ajudar viver melhor.