Ryan Gosling é Neil Armstrong em “O Primeiro Homem”

by Diário do Vale

Lançamento: Ryan Gosling embarca na Apollo 11

Pra quem não se lembra, o diretor Damien Chazelle e o ator Ryan Gosling são aquela dupla que quase ganhou o Oscar com o saltitante musical “La la land”. Na verdade eles ganharam por um minuto e alguns segundos antes que o pessoal da academia tomasse a estatueta e desse para um filme cujo nome eu nem lembro mais. Os dois voltaram a se reunir num novo filme que deixa para trás as paisagens familiares da Califórnia e aponta para o espaço infinito. “O primeiro homem” é a história do piloto Neil Armstrong, que se tornou o primeiro astronauta a pisar na Lua em julho de 1969.
Ryan Gosling é Armstrong. Ele não se parece nada com o astronauta, que morreu em 2012, mas isso não importa. Afinal Tom Hanks também não se parece nada com James Lovell, o comandante da Apollo 13. O importante é a interpretação e Gosling parece ter capturado de modo perfeito a essência de Armstrong. Um sujeito calado, que detestava publicidade e que depois de entrar para a história como o primeiro homem na Lua largou tudo e foi dar aulas de engenharia aeronáutica em uma obscura faculdade do interior.
Todo astronauta que se preza anda sempre acompanhado de sua fiel esposa. Aqui Claire Fox interpreta uma enérgica Janet Armstrong. Que dá uma bronca tremenda no marido depois do acidente da Gemini 8 em 1966. Quando Armstrong e seu colega David Scott acabaram caindo no oceano Pacífico depois que a nave espacial começou a rodopiar sem controle. Sendo um filme sobre a vida de um astronauta, “O Primeiro Homem” é cheio de cenas espetaculares de voos em espaçonaves e no avião foguete X-15. Que foram filmadas para exibição nos cinemas Imax, de tela panorâmica.
Depois de sua estreia nos Estados Unidos, o filme provocou uma pequena controvérsia. Ao não dar destaque a cena em que os astronautas colocam a bandeira norte-americana na Lua. Muitos americanos ficaram indignados, afinal foram os contribuintes americanos que pagaram a conta da viagem. Que não saiu barato. Mas o diretor explicou que preferiu ressaltar o caráter universal da grande aventura, resumido na placa que os astronautas deixaram na Lua, assinada por eles e pelo presidente Richard Nixon, onde se lê: “Nós viemos em paz, por toda a humanidade.”
Mas a bandeira está lá, e aparece em várias cenas da caminhada espacial. O filme chega aos cinemas numa época bem apropriada, quando a NASA, a agência espacial americana, completa 60 anos de atividades. As gerações recentes esqueceram aqueles tempos heroicos da corrida espacial e tem gente que até duvida que tudo tenha acontecido. O cinema, tanto americano quanto russo, tem tentado resgatar essa memória perdida. Os russos fizeram filmes reconstituindo o voo de Yuri Gagarin, o primeiro homem a ir ao espaço em 1961 e a desastrada missão da Voskhod 2, que incluiu o primeiro passeio espacial do cosmonauta Alexei Leonov em 1965.
Na época Estados Unidos e União Soviética disputavam uma corrida para colocar o primeiro homem na Lua. A corrida tinha começado com um discurso do presidente John Kennedy em 1961. Anunciando que os Estados Unidos iam colocar homens na Lua e trazê-los de volta em segurança antes do final da década. Neil Armstrong e seus colegas da Apollo 11 venceram a corrida com o pouso perfeito do módulo Eagle, no dia 20 de julho de 1969. Os russos não apareceram, seu foguete N-1 tinha explodido em todos os testes.
“O primeiro homem” tem estreia prevista no Brasil para o próximo mês. Mas deve ser exibido em poucos cinemas, por ser um filme biográfico, sem grande apelo para as grandes plateias. O jeito é esperar que seja lançado em DVD, o que deve acontecer no ano que vem. Quando se comemoram os 50 anos da Apollo 11.

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