Uma notícia inesperada surpreendeu os meios de comunicação esta semana. Um estudo feito pelo economista James Pomeroy, do banco Hsbc, prevê que a população do planeta Terra deve cair pela metade no ano 2100. Ou seja, no final do século 21. O trabalho de Pomeroy contradiz estimativas feitas pelas Nações Unidas de que a população mundial continuaria a aumentar até atingir 8,94 bilhões de pessoas no ano de 2053. Um dos motivos desse declínio populacional seria a queda na taxa de fertilidade humana, que era de 5 nascimentos por cada mulher em 1950 e hoje esta reduzida para 2,3 filhos por mulher.
Outro motivo seria o envelhecimento da população. Segundo o analista do HSBC em 2050, pela primeira vez na história, haverá mais pessoas com mais de 65 anos no mundo do que com menos de 15. O que vai provocar mudanças profundas na sociedade. Este alerta, sobre a queda da população mundial já tinha sido feito em 2019 no livro “Empty planet” (O planeta vazio)dos professores canadenses Darrel Bricker e John Ibitson, que tem o subtítulo de “o choque do declínio populacional global”.
Mas é preciso levar em conta, todavia, que o estudo de Bricker e Pomeroy leva em conta apenas a queda na fertilidade humana e o envelhecimento da populacional. Eles não pensaram nos efeitos da mudança climática no planeta. Com o degelo dos polos e a elevação do nível dos oceanos, que podem destruir as maiores áreas de produção de alimentos do planeta, levando a uma fome global nunca vista. E na ameaça dos novos vírus, que estão se espalhando pelo mundo e elevando as taxas de mortalidade.
Atualmente existem cerca de 7,75 bilhões de seres humanos habitando esta bolinha azul que chamamos de planeta Terra. Desde o início do século vinte que a população da Terra vinha aumentando geometricamente. Era de 3 bilhões de pessoas em 1950, depois subiu para 5 bilhões por volta de 1990 e continuou aumentando. Alguns cientistas previam uma catástrofe populacional com o número de seres humanos atingindo 12 bilhões no século 21. Nos anos de 1960 o escritor de ficção científica Harry Harrison escreveu um livro chamado “Make room, make room” (Abram espaço, abram espaço) que foi filmado em 1972 com o título de “No mundo de 2020”
No livro Harrison imaginou cidades superlotadas, com as pessoas vivendo em tendas no meio das ruas e em cortiços. O meio ambiente teria sido devastado, com as florestas e os campos transformados em desertos. E o único alimento disponível seria uns tabletes feitos de algas, os soylent greens. O filme, estrelado pelo ator Charlton Heston é ainda mais pessimista. E o herói mostra que os soylent greens na verdade estão sendo manufaturados com os cadáveres daqueles que morrem neste mundo superpovoado.
Agora, tudo indica que o pesadelo do Harry Harrison vai continuar sendo ficção. Para felicidade do planeta Terra nunca teremos uma população de 12 bilhões de pessoas no mundo. Na verdade os números podem ser até menores do que as projeções atuais. Porque as novas guerras, como a atual Guerra na Ucrânia, estão levando os governos a abandonarem as metas de redução de gases poluidores. Na Europa, com o corte no fornecimento de gás da Rússia, já se fala em voltar a utilizar o carvão, altamente poluidor, para o aquecimento das cidades no inverno que se aproxima. E que vai aumentar as ondas de calor que já atingiram o mundo este ano.

Pesadelo: Filme de 1972 previa as máscaras e o caos em 2020
1 comment
Boas notícias!!!!
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