Vale do Paraíba fluminense deverá se tornar metrópole

by Diário do Vale

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Tendência é que nova metrópole abranja até cidades paulistas, como Cruzeiro e Cachoeira Paulista, diz estudo

Era uma vez uma região cuja economia girava em torno de uma grande fábrica, a Companhia Siderúrgica Nacional. A história começou assim, mas isto agora é passado. O Vale do paraíba fluminense já é uma “metrópole incompleta” e caminha para se tornar uma metrópole de fato.
Esta é a conclusão do mais profundo estudo urbanístico e econômico já realizado sobre a região. O mérito vai para o arquiteto Júlio Claudio de Gama Bentes que, no final do ano passado, publicou a tese de doutorado “Dispersão Urbana do Médio Paraíba Fluminense”, pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).
Trata-se de um documento de mais de 400 páginas, com pesquisas refinadas, trabalho intensivo e conclusões tão lógicas quanto impressionantes. Como a de que a futura metrópole vai se estender até as cidades paulistas vizinhas, como Queluz, Cruzeiro, Lavrinhas e Cachoeira Paulista.
Este “boom”de crescimento deverá igualar, segundo o autor, o Vale do Paraíba fluminense ao Vale do Paraíba paulista. Este último experimentou bem antes o “boom”de crescimento (entre os anos de 1970 a 1980), enquanto o lado fluminense viu esta explosão econômica e urbanística entre 1990 a 2000 – um retardo de 20 anos.
Esta coluna abre espaço, a seguir, para alguns trechos importantes da conclusão do estudo.

Você pode acessar a íntegra da tese no endereço abaixo:

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-18102014- 160412/publico/TESE_Dispersao_Urbana_no_Medio_Paraiba
_Fluminense_JULIO_BENTES.pdf

‘O marco de início do processo foi a privatização da CSN’

A dispersão urbana no Vale do Paraíba fluminense foi induzida por entes públicos e privados. Os diferentes níveis de governo ofereceram incentivos fiscais e outros benefícios, como a instalação de infraestrutura, para a implantação das fábricas da Volkswagen, PSA, Nissan, Hyundai, entre outras indústrias. Muitas dessas plantas industriais foram posteriormente ampliadas, utilizando-se da mesma lógica de incentivos fiscais.
A instalação dessas indústrias, iniciando-se pela Volkswagen em 1996, possibilitou a recuperação da condição industrial e econômica do Vale do Paraíba fluminense. A região passava então por uma crise social e econômica pós-privatização da CSN, o que levou a demissões em diversas atividades econômicas, não apenas as industriais, como também à desarticulação e ao fechamento dos fornecedores locais da empresa.

 Problema das terras em VR

A CSN, mesmo após sua privatização, mantém a propriedade e concentração das melhores terras disponíveis nos municípios de Volta Redonda, Barra Mansa e Pinheiral, que foram vendidas conjuntamente com o parque industrial da empresa. Isso impede a instalação de novas indústrias de grande porte em Volta Redonda e Barra Mansa, cidades que anteriormente concentravam, em grande parte, a produção industrial da região. A não disponibilização dos terrenos pela CSN no mercado imobiliário, sobretudo em Volta Redonda, faz com que se mantenham, nesses municípios, grandes vazios, dificultando a expansão urbana.
Simultaneamente, essa empresa continua a induzir investimentos na microrregião, com a instalação, nos últimos vinte anos, de indústrias dispersas que utilizam o aço fabricado pela própria CSN como insumo básico de produção.
Na atualidade não cabe mais contestar a privatização da empresa, o que ocorria em discussões acaloradas e de caráter político e ideológico nos anos 1990-2000 e no começo da década seguinte. Isso já está superado. O problema foi como a CSN foi privatizada e como se venderam conjuntamente os terrenos industriais e urbanos, o que traz, ainda hoje, efeitos sobre os municípios em que ela possui terras. Essa é uma das razões para a dispersão urbana no Vale do Paraíba fluminense.
Assim, a não disponibilidade de terras nesses municípios fez com que as indústrias de grande porte fossem instaladas com formas urbanas dispersas em outros municípios, principalmente Porto Real, Resende e Itatiaia, que além de possuírem terrenos disponíveis, oferecem vantagens econômicas.

 Começa a regionalização

Assim, essa região, que teve durante muito tempo (1940-1990) seu desenvolvimento atrelado aos investimentos diretos do Estado na produção, passou a ser guiada pelos capitais privados, muitos deles multinacionais. (…)
As novas indústrias instaladas a partir dos anos 1990-2000 (…), ao mesmo tempo em que ajudaram a recuperar essa região, favoreceram o acirramento da competição e das diferenciações entre os municípios. Essas indústrias surgiram no período de intensificação do movimento de globalização, que ampliou a dispersão da produção e aumentou o consumo no mundo.
A redução da atuação do Estado e seus entes federativos, com a adoção da política neoliberal e suas medidas de ajuste econômico pelo governo brasileiro, levou à perda das políticas de desenvolvimento regional e industrial. A concessão de incentivos fiscais e financiamentos públicos para a atração dessas indústrias e a falta de articulação regional geram a competição predatória entre estados e municípios, na busca por investimentos privados, como também por públicos. A “guerra fiscal” ocorre mesmo entre os municípios da própria microrregião, principalmente Resende, Porto Real, Itatiaia e Volta Redonda. Essa disputa certamente não favorece a integração regional.

 Comportamento de metrópole

Mesmo não havendo uma articulação regional institucionalizada, a microrregião do Vale do Paraíba fluminense possui algumas características que são semelhantes às de uma região metropolitana, comportando-se em alguns aspectos como uma “metrópole incompleta.” A reestruturação em curso, com suas formas urbanas dispersas, levou a que uma parcela crescente dos habitantes dos municípios da região tivesse seu cotidiano organizado regionalmente, como numa metrópole. A população adota, ao menos parcialmente, modos de vida, mobilidade e consumo metropolitanos nas várias partes do sistema regional.
Os modos de vida com hábitos de trabalho, consumo, lazer, moradia e deslocamentos semelhantes aos das grandes metrópoles estão cada vez mais presentes no Vale do Paraíba fluminense.

 O futuro da metrópole

O processo de dispersão urbana na microrregião é irreversível, considerando-se que este será acentuado com a atração de mais investimentos, principalmente industriais. O governo do Estado do Rio de Janeiro deseja transformar a região no segundo maior polo automobilístico do país, ficando atrás apenas de São Paulo. Com isso, mais indústrias, fornecedores e centros de logística e distribuição serão instalados com formas urbanas dispersas.
Como os empregados da indústria possuem rendimentos mais elevados que os demais setores econômicos, considera-se que mais atividades de comércio, serviços e residencial surjam, tendo características regionais. Isso faz crer que mais condomínios fechados com serviços serão implantados, avançando-se nesse padrão de urbanização, com o aparecimento de complexos condominiais.
A transformação que tem se apresentado nos perfis dos municípios dessa região tende a se acentuar, com o aumento das indústrias em Porto Real, Resende e Itatiaia, e o avanço do setor de comércio e serviços em Volta Redonda e Barra Mansa. As indústrias que surgirão nesses dois últimos municípios serão de pequeno e médio portes e não poluentes.
Já Resende aumentará sua participação no setor de comércio e serviços, enquanto Itatiaia, que possui o primeiro Parque Nacional do país, avançará ainda mais nas atividades de serviços ligados ao turismo, convertendo-se ainda muitas de suas moradias de segunda residência para primeira, com uso permanente.
Já as cidades-dormitório – Quatis, Pinheiral, Barra do Piraí e Piraí – buscarão empreendimentos que possam ser instalados nas margens das rodovias que cruzam esses municípios, mas que não serão necessariamente indústrias, estando relacionados a serviços e residências.

 Abrangendo cidades paulistas

Ao longo dos anos, com a instalação de mais empreendimentos, as formas urbanas dispersas e os modos de vida do Vale do Paraíba fluminense tendem a se igualar por completo às existentes no lado paulista, mantendo-se a estruturação pela Rodovia Presidente Dutra.
Confirmando-se esses prognósticos, com o avanço da atividade industrial no lado fluminense do vale, avalia-se que as formas de urbanização dispersas sejam ampliadas para os municípios paulistas mais próximos – Queluz, Lavrinhas, Cruzeiro e Cachoeira Paulista. A dispersão seguirá em direção ao continuum urbanizado do Vale do Paraíba paulista, e o pedágio da Via Dutra, localizado em Itatiaia, não será mais um limitante.
A divisa entre os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo – hoje apenas uma referência geográfica em placas rodoviárias e perceptível pelo enfileirado de caminhões na Barreira Fiscal no sentido Rio de Janeiro da Via Dutra – que se evidencia como uma “urbanização virtual”, será definitivamente urbanizada. (…)

(Anton Balazh, a partir de imagem da NASA)grafico
Um corredor luminoso mostra a integração do Vale do Paraíba no eixo Rio-São Paulo

 

 

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36 comments

Alexandre 5 de maio de 2015, 09:20h - 09:20

E a Rodovia do Contorno? E o Aeroporto do Roma ? E o Pátio de Manobras? E o Hospital Regional? E o Trem Bala?
E uma refinaria que o PT ia fazer em Resende?

FARNKSTEIN 5 de maio de 2015, 08:33h - 08:33

Al Fatah,falar mais o quê depois dessa aula de conhecimento sobre o assunto da matéria ? Dessa vez voce arrebentou amigo.
Parabéns pela bela postagem.

Ferreira 5 de maio de 2015, 03:06h - 03:06

Aurélio, bom artigo!
Difícil passar a mensagem e visão, a culpa é do FHC
O Neto tem que valorizar o funcionalismo, usar todo o orçamento da cidade nesse objetivo, dane-se o resto
O que está ruim, pode piorar, o dia s dia mostra isso

Al Fatah 4 de maio de 2015, 22:53h - 22:53

Pra quem for curioso e acha uma “aberração” nossa região ter uma RM, sugiro que pesquisem aí no Google sobre as regiões metropolitanas do Brasil. Vai ver muita bizarrice por lá, como a RM de Roraima, de Santarém, Marabá, Agreste, Araruna, Palmeiras dos Índios e por aí vai… Em alguns casos a maior cidade é do tamanho de Pinheiral e a mais próxima é tipo a distância daqui a Valença…

O conceito de região metropolitana do IBGE é mais louco que o do povo que tem postado aqui…

DESCRENTE 4 de maio de 2015, 20:07h - 20:07

COM ZOINHO PREFEITO KKKKKKK !!! METROPOLE????? VAI SER UMA COMPLETA DESURBANIZAÇÃO !!!

Al Fatah 4 de maio de 2015, 22:54h - 22:54

O Zoinho é prefeito de uma cidade. Nós estamos falando de uma região…

Nota da Coluna 4 de maio de 2015, 12:28h - 12:28

O conceito de metrópole do autor da tese é muito mais amplo e atualizado que o conceito padrão de uma grande cidade centralizando e se expandindo para areas suburbanas e periféricas. O novo conceito consta do proprio título da tese, pois inclui a formação de metrópole a partir da urbanização dispersa e desconcentrada. Não faltam estudos e casos na atualidade.
Estes estudos e casos, assim como as deinições, estão no segundo capítulo da íntegra da tese.
É esta nova formação de uma metrópole, sem uma cidade central, que torna o trabalho de extremo interesse acadêmico.
Os conceitos da formação deste novo tipo de metrópole não foram estendidos na coluna por falta óbvia de espaço e porque o objetivo da coluna era focar nos resultados práticos desta urbanização dispersa.

Al Fatah 4 de maio de 2015, 22:45h - 22:45

Só pra ilustrar… No interior de Minas tem a Região Metropolitana do Vale do Aço, sobre a qual já comentei aqui, que é menos populosa e não forma conurbação completa como na área existente em torno de VR. Uma cidade do interior, que não detém a primazia administrativa que a condição de capital trás, obviamente só faz valer sua força pelo tamanho da população e pela quantidade e alcance dos serviços oferecidos (rede bancárias, estádios, clubes, comércio, profissionais liberais, hospitais, clínicas, etc.). Lá, apesar de Ipatinga ser a maior cidade e a referência, muitos órgãos e repartições públicos e privados têm sua sede regional em Cel Fabriciano…

Outro exemplo de que o centro metropolitano muitas vezes é polinucleado é a RM de Vitória, onde a capital é a menor cidade em população e exercendo basicamente funções administrativas e comerciais. Niterói quando era capital do antigo estado do Rio já tinha São Gonçalo, sua vizinha, com o dobro de sua população, onde Alcântara era (e ainda é) a referência comercial da região…

Saindo do Brasil tem o Vale do Rurh alemão, uma RM com mais de 6 milhões de habitantes, onde a maior cidade, onde nenhuma cidade tem mais de 500 mil habitantes, sendo Dortmund e Essen as maiores delas. Na Europa tem ainda a Roterdam-Haia, enquanto nos EUA tem a Minneapolis-Saint Paul e San Francisco-Oakland, pra citar as que me lembro. Sei que no interior tem várias regiões metropolitanas de áreas combinadas, sendo que algumas não ultrapassam os 300 mil habitantes de população total…

Sérgio 5 de maio de 2015, 12:20h - 12:20

Por isso que disse fazer mais sentido o título fazer referência a região metropolitana e não metrópole. Até pq no Brasil existem cerca de 23 regiões metropolitas e muitas não tem uma metrópole como cidade centralizadora, como é o caso da região metropolitana de Maceió, Natal ou Vitória. Não estou criticando a matéria, muito menos o estudo, até pq o mesmo é uma tese de doutorado.

leitor 4 de maio de 2015, 12:04h - 12:04

Esse história de que as montadoras não se instalam em VR, porque a CSN não abre mão dos terrenos é PAPO. Pode até ter sido consultada, mas descartada de cara. VR não tem extensão e os poucos terrenos que tem, não são planos, nem na beira do Rio e da Dutra ou longe das linhas de transmissão. O único terreno plano é do Aero, mas não cabe uma montadora e fica prensado dentro da área urbana, sem acesso para cargas. Os terrenos de Resende são infinitamente maiores e atendem todos os requisitos e a maioria das fábricas de autopeças ficam todas em SP, mais perto.

O setor de serviços tende a enfraquecer em VR e se aproximar mais do setor produtivo, como já vem acontecendo. É um movimento lento e gradual. E como já aconteceu, quando chegou a CSN e aos poucos saiu de BM e BP e se aproximou da CSN.

Vejo uma metrópole, como uma cidade que tem um “centro”, “um downtown”, mas VR não tem isso. VR é um “anel”, sem centro, acéfalo, cujo local que mais parece um centro é uma vila operária de antigos casebres iguais e ruas estreitas sem calçadas. O principal tronco “rua principal” é o leito da BR 393 e sua faixa de domínio.

Antônio 4 de maio de 2015, 14:49h - 14:49

Como o setor de serviços tende a enfraquecer se há uma grande massa populacional concentrada na conurbação entre BM/VR/Pinheiral/Califórnia e adjacências??? E é justamente este setor que vem ganhando força neste centro. As pessoas que residem nesta região, não vão e nem querem migrar para residir em Resende. Basta ver a quantidade de ônibus de empresas que saem diariamente de VR para diversas cidades. O que pode acontecer é o setor de serviços de Resende crescer potencialmente devido ao grande número de indústrias nas proximidades. São subregiões distintas, com características geográficas diferentes, e histórico diferentes.

Sul Flu 6 de maio de 2015, 18:25h - 18:25

Dificilmente região central da região ( VR ) tende a diminuir, pelo contrário, quanto mais a região sul fluminense expande suas industrias mais VR infla seus bairros com serviços, comercio, instituições financeiras… Como vc disse (Leitor) sobre as montadoras, e conforme o Antonio confirmou a respeito dos onibus que saem das montadores em direção a VR trazendo toda ou quase toda a mao de obra, posso dizer que o impacto em VR foi tao grande quanto maior sobre a propria cidade de resende. Antes existia apenas um centro a Amaral Peixoto, hoje se espalhou tornando uma grande e densa area de serviços publicos e privados, instituiçoes de ensino, bancos, entreterimento, abrangendo nao só as “casebres” dos operarios como vc se referiu mas vários bairros como JD Amalia, Vila, Amaral Peixoto, Retiro, Aterrado, e em menor escala Sto Agostinho e Sta Cruz. Para surgir um grande centro demanda-se tempo, quanto a isso sabemos que VR tem apenas 60 anos (uma cidade de interior de um estado que nao valoriza tanto o interior como SP faz há décadas) e ainda lidera a região.. é aguardar alguns anos para que esse “downtown” que vc se referiu se instale de vez.

leitor 7 de maio de 2015, 10:25h - 10:25

Sul Flu, não se iluda, ter habitantes trabalhando em Resende é péssimo para VR. As cidades dormitórios são insustentáveis. O salário do “hóspede” gasto na cidade hospedeira não compensa o inchaço populacional que ele causa e as despesas que a prefeitura terá com isso. Por exemplo, Porto Real tem um arrecadação enorme para uma cidade minuscula, é uma cidade riquissima per capita. Já BM que é uma cidade dormitório, tem uma arrecadação pequena para o tamanho da cidade. Outro exemplo, para Resende não é bom que industrias se instalem em PR ou Itatiaia, pois não aumenta a arrecadação recebida direta das indutrias, (ICMS, ISS, CONFINS), mas traz inchaço populacional e ônus do crescimento e necessidade de construção de avenidas, pontes, escolas e hospitais. Para Resende é melhor que as industrias se instalem dentro do seu território, mas os empregados morem loge de Resende. Igual a Itatiaia, que está recebendo grandes industrias, aumentando exponencialmente a arrecadação, sem precisar fazer obra nenhuma pois quem suporta é Resende.

Cidadão VR 4 de maio de 2015, 10:54h - 10:54

Acho saudável a discussão, mas penso que seria essencial para a integração da região e consequentemente seu desenvolvimento, a criação de uma linha ferroviária que atendesse todos os municípios. Isso melhoraria não só a situação do trânsito nas cidades e estradas, mas também a qualidade de vida das pessoas reduzindo o tempo de deslocamento no dia a dia.

nando 4 de maio de 2015, 10:03h - 10:03

Metrópole? ? Só na cabeça dos eleitores do Neto. Por favor aqui e interior e pra ganharmos salários dignos temos que deixar filhos e esposas em casa. Aqui é interior. Cidade dormitório.

Sérgio 4 de maio de 2015, 10:01h - 10:01

O titulo da matéria se refere a metrópole e não a uma região metropolitana. O buyconceito de metrópole segundo o IBGE: cidade com mais de um milhão da habitantes que exerça influência sobre cidades menores. Influência politica, cultural e econômica. O certo era o titulo dizer que a região poderá se tornar uma região metropolitana e não metrópole, pois são conceitos diferentes.

Al Fatah 4 de maio de 2015, 23:00h - 23:00

Depende do ponto de vista. O termo “metrópole” pode muito bem se referir à região metropolitana como um todo, não apenas à cidade central. Muitos estudos e publicações até consideram a palavra com esse sentido, até porque limites municipais são meras divisões político-administrativas que variam de país pra país. O que há de fato é a aglomeração urbana…

pedro carlos 4 de maio de 2015, 09:13h - 09:13

NA REGIÃO METROPOLITANA (?) DE VITÓRIA-ES, É TERRA DE NINGUÉM. ECONOMIA ESTAGNADA, POLITICAMENTE UM DESASTRE. CONHEÇO BEM AQUELA REGIÃO NUNCA MORARIA POR LÁ. MIL VEZES A REGIÃO SUL FLUMINENSE, POR SUA ECONOMIA, SUA GENTE QUE REALMENTE TRABALHA E É DIVERTIDA, DIFERENTE DAQUELA REGIÃO.

Alexandre 4 de maio de 2015, 08:43h - 08:43

Os politiquinhos da região poderiam começar a se preocupar em fazer uma ligação ferroviária entre Barra Mansa e Volta Redonda e Barra Mansa e Resende . Cambada de políticos que só pensam em esquemas.

Papai noel 3 de maio de 2015, 22:45h - 22:45

Após esta leitura podem começar a escrever cartinhas para o papito noel. De metrópole tá longe de acontecer.

severo 3 de maio de 2015, 21:21h - 21:21

Eu moro em Volta Redonda e passo temporadas em Vitória ES ,o estado do Espírito Santo tem bastante potencial mas é muito fraco politicamente ,eu conheço bem Aracruz ES por exemplo,tem industrias lá mas os políticos são péssimos ,eu vejo a Região do Vale do sul fluminense e paulista como uma grande potência futura e de grande relevância para o. território nacional !

De olho 3 de maio de 2015, 15:56h - 15:56

O que falta é a interligação destas cidades através da linha férrea, com trens modernos e confortáveis para trabalhadores e turistas…. Nada de utopia de trem bala… Seria o ápice da região.

Alexandre 4 de maio de 2015, 08:43h - 08:43

É isso ai.

Sérgio 3 de maio de 2015, 14:11h - 14:11

Segundo os critérios do IBGE para se definir uma metrópole estamos longe disso. O conceito de metrópole se refere a uma cidade e não a uma região com várias cidades.

Al Fatah 3 de maio de 2015, 17:09h - 17:09

O conceito de metrópole, não só pelo IBGE quanto por várias instituições mundo afora, faz referência a uma área de urbanização contínua e integrada. Uma região metropolitana não é feita por uma só cidade, mas por várias, isso é consenso…

Minas, por exemplo, tem duas RM oficiais: a de BH e a do Vale do Aço (Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso), sendo que esta última é menos populosa e menos integrada que a conurbação Volta Redonda/Barra Mansa/Pinheiral/Califórnia… Se formos levar em conta o perfil de várias outras regiões metropolitanas já existentes no país, poderíamos incluir aí a região das Agulhas Negras, Piraí e todo o município de Barra do Piraí, tendo assim a RMSF (Região Metropolitana do Sul Fluminense). Isso já existe, só não é oficialmente reconhecido pelo governo estadual…

Convém lembrar que a criação de uma região metropolitana baratearia os custos dos transportes entre os municípios integrantes, facilitando os deslocamentos intermunicipais, assim como programas financiados pelo estado e pela União levariam em conta a população da região como um todo, não apenas de um município específico. Serviços como coleta de lixo e saúde também levariam em conta a dinâmica metropolitana, não de um município isolado, sem falar nas ligações telefônicas sem DDD para localidades onde ainda se precisa usar o interurbano (VR x Res, por exemplo)…

Pietro 4 de maio de 2015, 09:49h - 09:49

Pois é, o autor desta coluna deveria ter pesquisado isso também…. Básico dos básicos.

Sandra 3 de maio de 2015, 13:11h - 13:11

Cantinflas parece que vc não só leu uma apostila do Espírito Santo, parece morar lá também. Faz um tour de Piraí até Itatiaia.

Cantinflas 3 de maio de 2015, 17:23h - 17:23

Sou de Volta Redonda, moro em Volta Redonda e amo Volta Redonda. Mas já morei em Vitória/ES. E posso lhe garantir que lá é bem, muito superior a nossa região em desenvolvimento urbano e social. Portanto se eu der um “tour” de Piraí até Itatiaia só irá me fazer rir mais, caso a intenção seja fazer comparativos.

Sandra 3 de maio de 2015, 13:05h - 13:05

Obrigada Aurélio! Por nos oferecer nos finais de semana uma boa leitura e super atual, para ser debatido na semana que se apresenta, e saber que não estamos tão reféns do Sr. Benjamim, deixar o beija mão desse Senhor. Não é porque nossa cidade é conhecimento pela curva do Rio que vamos nos curvar diante do que o Sr. Benjamim chama de supremacia.

Al Fatah 3 de maio de 2015, 12:49h - 12:49

Não diria a formação de uma metrópole, mas sim a consolidação da primeira megalópole do Hemisfério Sul, envolvendo a RMSP, Campinas, Santos, Vale Paulista, Sul Fluminense, RMRJ, Petrópolis e Região dos Lagos. Os vazios hoje existentes que impedem sua total continuidade ocorrem no fundo do Vale Paulista e na região das Agulhas Negras, além das serras, mas são distâncias rapidamente vencidas. A Dutra é uma rodovia quase que totalmente marcada pela presença humana…

Volta Redonda já forma, juntamente com Barra Mansa, Pinheiral e a Califórnia (Barra do Piraí) a maior mancha urbana contínua do interior do estado, concentrando metade da população de toda a região que vai de Resende a Três Rios. Na prática já é uma região metropolitana não oficial, isso pode ser percebido pela grande quantidade de bairros bimunicipais, alternativas viárias de ligação e grande número de linhas de ônibus intermunicipais. Quase todo bairro de Barra Mansa e Pinheiral tem alguma linha de ônibus direto para o centro de VR…
Resende é uma cidade mais fragmentada e apresenta uma característica de descentralização urbana até maior que a vista em VR, com a principal atividade comercial e bancária nos bairros Campos Elíseos, Manejo e, mais recentemente, na Cidade Alegria, e a produção industrial ao longo da Dutra, isolada da cidade. A integração urbana com as cidades mais próximas ainda está longe de acontecer, sendo que apenas Penedo (Itatiaia) já está praticamente conurbada…
Barra do Piraí, principal centro do Vale do Café, até uns 30 anos atrás rivalizava com Barra Mansa quanto à importância nas áreas de transporte, prestação de serviços (médicos, advogados, contadores, etc) e comércio tradicional, além de grandes redes como Brastel, Buri e Casas da Banha que aportavam ali e em poucas outras cidades da região. Contudo, a valorização da via Dutra em detrimento da ferrovia fez com que a cidade e a região circunvizinha se estagnassem, ainda que a integração urbana com a RMRJ, passando por Santanésia, Morsing, Mendes, Paulo de Frontin, Paracambi e Japeri é mais efetiva por ali que pela Dutra…

Sul flu 3 de maio de 2015, 15:13h - 15:13

Verdade, inclusive a influência de VR como centro da região metropolitana avança aos municípios de MG e SP, e claro de toda a região. O estudo foi bem elaborado mas não levou em consideração a cornubação de VR já existente, que por sinal vem aumentando a cada ano.

Fernando 3 de maio de 2015, 12:19h - 12:19

Sugiro utilizar este link para a referida tese. O link citado na materia não funcionou pelo menos aqui.
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-18102014-160412/pt-br.php

Sônia Paes 3 de maio de 2015, 13:00h - 13:00

Oi Fernando,
Acabei de testar o link e funcionou normalmente

Cantinflas 3 de maio de 2015, 11:21h - 11:21

Há muitos anos, em 1999, eu li numa apostila de Geografia de uma importante instituição de ensino pré vestibular que funciona em Vitória/ES, um estudo de um professor local que previa exatamente isso para este cinturão do Vale do Paraíba. Ele previu isso para 2015. Chegamos em 2015 e nada disso aconteceu, nem um pouquinho. Portanto não acredito neste feito.

É FATO 3 de maio de 2015, 11:59h - 11:59

Isso não irá acontecer. Já aconteceu.

pedro carlos 4 de maio de 2015, 09:08h - 09:08

NA REGIÃO METROPOLITANA (?) DE VITÓRIA-ES, SÓ TEM PISTOLEIRO, GENTE FEIA, PEBAS E POLITICAMENTE É UMA PORCARIA SÓ. DEUS ME LIVRE. CONHEÇO BEM AQUELA REGIÃO E CRUZ CREDO DE MORAR LÁ. MIL VEZES A REGIÃO SUL FLUMINENSE.

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