Barra Mansa – A Adibam (Associação dos Diabéticos de Barra Mansa) estima aumento, em pelo menos, 40% no número de casos novos da doença no município. Em cadastro que está sendo realizado pela entidade, o perfil dos pacientes também chama atenção das autoridades em saúde: boa parte dos índices foi impulsionada pelo diagnóstico da doença, em crianças menores de nove anos de idade. A presença da diabetes em mulheres também acendeu o alerta da entidade.
– A pandemia foi um dos fatores que ajudou no aumento do número de casos de diabetes, uma vez que reclusas, em isolamento social, as pessoas passaram a ingerir mais alimentos, sem, no entanto, observar os índices glicêmicos dos mesmos. E para agravar ainda mais, boa parte dos relatos, nos mostram pessoas sedentárias que sequer fazem uma caminhada leve diariamente – acrescentou a presidente da entidade, Eterna Quintão.
O cadastro unificado, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, está sendo elaborado com dados das unidades de saúde da cidade e já contabiliza 14 mil casos. A partir da coleta de dados, tanto a Adibam, quanto a SMS, deverão nortear medidas para controle e prevenção da doença. A meta ainda é garantir distribuição de medicamentos a serem ofertados gratuitamente para as famílias em situação de vulnerabilidade social.
– Dependendo do tipo de diabetes, uma família pode ter acrescida às despesas mensais, em até R$ 700 somente com compra de insulina e insumos para o controle da doença, fora a alimentação que precisa ser balanceada. Muitos não possuem recursos para arcar com essas despesas e podem ter a doença agravada, por isso, trabalhamos na busca desses pacientes para auxiliá-los no controle da diabetes – enfatizou Eterna, lembrando que o agravamento da doença pode levar a danos graves à saúde, como perda de visão, amputação de membros inferiores, entre outros.