Cães recebem coleira contra leishmaniose em Barra Mansa

Áreas endêmicas: Região Leste, Getúlio Vargas, São Francisco de Assis, Vale do Paraíba, Santa Rosa e Vila Coringa terão prioridade no recebimento das coleiras (Foto: Divulgação PMBM)

Barra Mansa- A Vigilância em Saúde Ambiental de Barra Mansa recebeu, através de parceria com o Ministério da Saúde e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), 15 mil coleiras repelentes do inseto transmissor da leishmaniose visceral. O material está sendo distribuído nas USF’s (Unidades de Saúde da Família), com prioridades para as áreas endêmicas, como os bairros da Região Leste, Getúlio Vargas, São Francisco de Assis, Vale do Paraíba, Santa Rosa e Vila Coringa.
Segundo o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Igo Freitas, Barra Mansa foi a primeira cidade no estado do Rio a receber as coleiras.
– Tão logo recebemos o material, começamos a distribuição nas unidades de saúde, orientando os agentes para a entrega nas residências que têm animais. Eles devem preencher um cadastro de controle, com prazo de validade da coleira, que é de seis meses, e esclarecer dúvidas sobre a doença – disse Igo.
A leishmaniose visceral é uma doença grave, causada pelo parasita Leishmania. Quando o cão é diagnosticado com a doença é submetido a eutanásia, conforme determina portaria interministerial do Ministério Agricultura, Pesca e Abastecimento.
– No ser humano, a leishmaniose visceral também pode matar, por isso a importância de um diagnóstico rápido e eficaz. No cachorro, os principais sintomas da doença são emagrecimento, perda de apetite, crescimento anormal das unhas (oligogrifose) e da região abdominal, além de queda dos pelos da região ocular, orelhas e focinho e infecção de pele – explicou o coordenador.
No ser humano, de acordo com Igo, a doença se manifesta através de febre por muitos dias, emagrecimento, perda de apetite, palidez, fraqueza e aumento de volume do abdômen.
– Os pacientes acometidos pela doença necessitam de tratamento urgente e acompanhamento médico constante, pois a leishmaniose visceral compromete órgãos, como o fígado e o baço. De 2012 até o mês passado, registramos oito casos em seres humanos no município, com três óbitos. No mesmo período, foram confirmados 451 casos em cães – detalhou.

Transmissão

A leishmaniose visceral só pode ser transmitida pela picada do mosquito infectado, por isso não há transmissão direta de um cão para outro. O perigo de ter um animal com leishmaniose é que ele se torna um reservatório desse protozoário, aumentando a probabilidade da transmissão para as pessoas próximas. A doença em humanos, no entanto, é mais comum em pessoas imunodeficientes, como os portadores do vírus da Aids.
A doença só é contraída pela picada do mosquito infectado pelo protozoário Leishmania, e não há risco de contágio entre cães e pessoas diretamente. Os gatos são imunes ao protozoário e não desenvolvem a doença. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (24) 3326-2745.

Encoleiramento em Volta Redonda
será feito em Pet-Shop na Vila

A Mouragro Comércio de Produtos Agropecuários doou para a Sociedade Protetora dos Animais de Volta Redonda e para cães da população da região cerca de 600 coleiras repelentes do inseto transmissor da leishmaniose visceral. O encoleiramento será realizado neste sábado (25), na Pet Star, das 13h às 18h. A loja fica na Rua Dezoito-B, Nº 47, na Vila Santa Cecília.