Cidades da região continuam sem sistema de alerta por sirenes

by Diário do Vale

 

Sul Fluminense e Costa Verde – O período de chuvas está terminando e os moradores de Barra Mansa e Angra dos Reis continuam sem o sistema de alerta por sirenes. De acordo com um levantamento do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), dos 17 municípios fluminenses considerados mais vulneráveis a desastres naturais como desabamentos e enchentes, 12 estão com o sistema de alerta por sirenes sem funcionamento.

As 17 cidades acompanhadas pelo projeto Morte Zero, lançado em 2014 para evitar tragédias são: Areal, Angra dos Reis, Barra Mansa, Barra do Piraí, Bom Jardim, Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Magé, Mangaratiba, Niterói, Nova Friburgo, Petrópolis, Queimados, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti e Teresópolis.

Segundo a Defesa Civil do Estado, o Governo Federal e o Governo Estadual assinaram, no fim do ano passado, um termo de compromisso que resultou em um repasse de R$ 9,3 milhões, realizado pelo Ministério da Integração. Doze municípios do Estado, dentre eles Barra Mansa, Barra do Piraí e Angra dos Reis, aguardam o fim do processo de licitação para contratação de empresa para manutenção do sistema de alerta e alarme por sirenes.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Barra Mansa, Denilson Câmara, a cidade possui dez sirenes instaladas, mas todas estão desativadas desde 2016. Elas ficam nos bairros Metalúrgico, Boa Vista II, Apóstolo Paulo, São Luís, Nova Esperança, Cotiara, Vila Coringa, Vila Nova, Vista Alegre e Vila Natal (Paraíso).

– Mesmo com as sirenes desligadas, realizamos acompanhamento diário do nível do Rio Paraíba do Sul, além de acompanhamento pluviométrico. Fazemos ainda conscientização através das mídias locais sobre a conservação e preservação de encostas. É importante que as pessoas não façam escavações sem orientação de um profissional e autorização do poder público, além de não fazerem queimadas – disse Denilson, ressaltando que é de suma importância manter os rios e córregos limpos.

Grupos voluntários em Angra

Em Angra dos Reis a situação não é diferente. Segundo o relações públicas da Defesa Civil, Lauro de Oliveira Santana, as sirenes, de responsabilidade do Estado, não estão funcionando. “A Defesa Civil de Angra só fazia as manutenções. Até o momento ainda não temos previsão para religar”.

Segundo Lauro, eram 20 sirenes que atendiam 26 bairros, de Garatucaia, leste do município, até o bairro do Frade, mais a oeste.

– Atualmente trabalhamos com monitoramento 24 horas, feito pelo CGO (Centro de Gerenciamento de Operações), com informações de institutos meteorológicos e também informações de nossos pluviômetros automáticos e semiautomáticos. Temos os prismas que são as mais novas aquisições, equipamentos que medem a movimentação milimétrica em encostas. Essa leitura é feita por um laser localizado em uma base no Centro da cidade – explicou.

E caso seja preciso alertar a sociedade sobre um alagamento, ou chuva forte, a Defesa Civil envia SMS de alerta e alarme via telefone celular para moradores em áreas de risco, além de informar em grupos de voluntários via WhatsApp.

– As chuvas dessa temporada foram dentro do esperado, mesmo trazendo alguns transtornos, não tivemos perdas de vidas e nem perdas patrimoniais. Para o futuro estamos atualizando nosso plano de contingência, assim como nova atualização de moradores em áreas de risco, pois a população muda muito, devido às grandes empresas localizadas em nossa região – falou.

Em nota enviada ao DIÁRIO DO VALE, a Defesa Civil do Estado do Rio esclareceu que a lei 12.608, de 10 de abril de 2012, diz que cabe ao município manter a população informada sobre áreas de risco e ocorrências de eventos extremos, bem como sobre protocolos prevenção e alerta e sobre as ações emergenciais em circunstâncias de desastres.

Desativadas: Barra Mansa possui dez sirenes instaladas, desativadas desde 2016 (Foto: Arquivo)

Desativadas: Barra Mansa possui dez sirenes instaladas, desativadas desde 2016 (Foto: Arquivo)

 

 

 

Defesa Civil de Volta Redonda tem quatro novos integrantes

A Defesa Civil de Volta Redonda apresentou nesta semana quatro integrantes da equipe. Os novos agentes foram cedidos pelo comando geral do Corpo de Bombeiro do Rio de Janeiro para ficar à disposição da prefeitura nas atividades da Defesa Civil. Os agentes são o Capitão Rafael Edgard Champion, o Subtenente Luiberto Alves Soares Filho, o Sargento Walter Vital Toledo e o Sargento Leandro César Rezende Xavier.

O coordenador da Defesa Civil de Volta Redonda, Coronel Márcio Caetano, garantiu que estes agentes são um grande reforço técnico para a coordenadoria.

– Eles vão ajudar a estruturar a coordenação da Defesa Civil e na realização dos projetos que a gente vai desenvolver nesses próximos quatro anos – disse.

Entre os objetivos do coordenador estão a estruturação da Defesa Civil, qualificação, valorização e reconhecimento de seus agentes. O coordenador informou ainda que o sistema de alerta às chuvas por SMS já está em funcionamento.

– Nós estamos muito gratos por fazer parte oficialmente da equipe. Já tínhamos esse projeto desde a campanha. Nós queremos fazer uma Defesa Civil diferente – contou o Capitão Rafael Edgard Champion Barreto.

O coordenador Márcio aproveitou para pedir ao prefeito algumas mudanças como melhoria nas instalações e mais autonomia para coordenadoria.

– Agradeço por vocês terem acreditado no projeto. É importante dar essa autonomia para a Defesa Civil. Eu assumo esse compromisso de realocar a coordenadoria da melhor maneira possível. A nossa missão é fazer da nossa Defesa Civil uma referência – disse Samuca.

 

 

 

Em Mangaratiba, Defesa Civil capacita novos servidores

A secretaria de Saúde e Defesa Civil de Mangaratiba desenvolveu neste mês o Programa de Capacitação Interna aos novos servidores que irão integrar o quadro de profissionais da Defesa Civil. A ação aconteceu no CIEP da Praia do Saco e foi concluída nesta semana. Os novos agentes passaram por treinamentos específicos como conhecimento básico de proteção e Defesa Civil, prevenção e combate a incêndios, avaliação de riscos estruturais, geológicos e hidrológicos e primeiros socorros.

As aulas foram ministradas pelos próprios profissionais e colaboradores do órgão, como o secretário adjunto de Defesa Civil, Fábio Cardozo, o superintendente Rubens Pontes, o engenheiro civil e especialista em geotécnica, Michel de Oliveira, e os agentes de Defesa Civil Marcelo Ribeiro, Fabiano Melo e Samuel Henrique.

Segundo Fábio Cardozo, o programa é de grande importância. “Com a capacitação os novos profissionais vão desenvolver suas atividades com competência e segurança. Vão auxiliar e informar os cidadãos quanto aos riscos e vulnerabilidades existentes em cada localidade. Estamos preparando eles para agir corretamente em casos de anormalidades, como em período de fortes chuvas”.

De acordo com Cardozo, a ideia é valorizar os profissionais do setor com o desenvolvimento do Programa de Capacitação Continuada e encaminhá-los para os cursos de especialização da Escola de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro (ESDEC).

 

Por Roberta Caulo

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