Comerciantes tentam driblar a crise montando cestas natalinas mais acessíveis

by Diário do Vale
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Variedade: Para agradar um maior número de clientes, empresas estão adequando cestas com produtos natalinos
(Foto: Paulo Dimas)

Volta Redonda – O momento econômico que todo o país está vivenciando tem contribuído para uma queda brusca nas vendas do comércio em geral. Mas neste período que antecede o Natal, empresas do ramo alimentício especializadas no preparo de cestas natalinas, estão usando a criatividade e o bom censo para atraírem seus clientes e aumentarem as vendas.

De acordo com o proprietário da empresa Frilat, José Carlos Pereira, especializada na venda de produtos importados e nacionais, a solução encontrada para manter a clientela fiel a seus produtos neste período, foi ajustar as faixas de preços, preservando a qualidade e a variedade. “Dessa maneira está sendo possível oferecer 14 modelos de cestas nos mais diversificados preços que vão desde R$ 52,90 até baú de R$ 3.021,50”.

Segundo José Carlos, são opções variadas conforme o gosto e a possibilidade do freguês, mas sempre privilegiando a qualidade dos produtos colocados nas cestas. O número de itens também varia, podendo ser desde 15 itens até 44 produtos.
– A preparação das cestas começou há três meses, e as encomendas já começaram a chegar em meados de novembro, onde a grande maioria são pedidos de clientes cooperativos, que doam as cestas para funcionários ou clientes. A pessoa física começa a encomendar sua cesta a partir do dia 10 de dezembro – disse.

O empresário afirmou que com a oscilação do dólar a empresa precisou diversificar as faixas de preços dos importados. “E o importador também se ajustou na adequação das faixas de preços para não perder mercado”.

– Embora tenhamos hoje em dia uma qualidade maior de vinhos nacionais em maior variedade, inclusive de pequenos produtores que focam mais esta qualidade, os importados continuam tendo uma boa procura. No caso do consumidor, hoje ele está tendo mais amadurecimento e com mais informação, adquiridos em viagens ou pela internet, e isso exige cada vez mais preparo por parte do lojista para atender este consumidor – falou José Carlos.

O empresário acredita que em razão da crise, as cestas mais em conta devam ter uma boa vendagem, mas por outro lado ele está confiante de que as vendas fiquem bem divididas conforme cada faixa de preço.

Vinho e bacalhau ainda
são os itens mais vendidos

Como a influência dos importados depende da variação cambial, José Carlos disse ficar difícil especificar qual produto teve um reajuste maior.

– Hoje na área de bebidas o carro chefe é o vinho, correspondendo a 40% das vendas, seguido pelos destilados. Já em relação a alimentação, o bacalhau está em primeiro lugar no nosso segmento, seguido das frutas secas, além dos frios e queijos. Estou bastante otimista em aumentar as vendas de cestas em relação ao ano passado, e acredito que a nossa preocupação para aumentar as vendas faz com que os nossos produtos sejam sempre acompanhados de informações. Como exemplo, podemos citar o vinho de inverno, um produto que comercializamos desde o início do ano, mas que só agora está aparecendo na mídia – concluiu.

frilat

Supermercado aumenta
o volume de compras

De acordo com a assessoria de comunicação de uma rede de supermercados, a empresa está aumentando em 20% o volume de compras em relação ao ano anterior.

Segundo a gerência, o supermercado é o único da região Sul Fluminense que faz importação direta de diversos itens, consequentemente ficando muito mais competitivo.

O departamento de compras da empresa explica que muitas pessoas ainda têm na cabeça que tudo que é importado é muito caro, mas isso não está correto. Como exemplo, pode-se citar o creme de avelã que a empresa importa que é 30% mais barato que o maior concorrente. O mesmo acontece com os vinhos. A empresa consegue trazer vinhos importados a partir de R$ 20.

Para este ano a direção informou que todos os importados estarão com preço inferior a 2015, devido a queda do dólar somado a importação direta da empresa.

Entre os modelos de cestas oferecidos, a direção do supermercado informou que no ano passado foi oferecida a Cesta Ouro e Prata. Já para este ano, foi adicionada a Cesta Bronze contendo com preço mais atraentes. O supermercado também oferece a linha Premium de cestas natalinas (personalizadas) que variam de R$ 150 a R$ 2.300, direcionada para aquele cliente mais exigente.

Já a Cesta Bronze é oferecida a R$ 30,90 para compra de uma unidade. Acima disto, é feito desconto progressivo dependendo da quantidade.

Padaria oferece cestas de
Natal com preços variados

Para Luciano Querino, gerente de uma tradicional padaria de Volta Redonda, localizada no bairro Aterrado, o Brasil vem passando por uma crise econômica que deixou muitas pessoas desempregadas e as que estão trabalhando com receio de perder o emprego ou não receber seus salários. “Isso faz com que eles diminuam o consumo e acabem sendo mais rigorosos quanto aos gastos no final do ano”.

Pensando dessa forma, Luciano acredita que seus clientes irão optar por comprar presentes com preços mais acessíveis e irão selecionar melhor a lista de presentes. Diante desta realidade, a empresa irá oferecer produtos variados de qualidade com um preço mais baixo, com a intenção de aquecer as vendas.

– Com essa visão iremos trabalhar mais com produtos nacionais e de qualidade na composição das cestas de Natal, como uma saída para baratear os custos. Mas não deixaremos de oferecer cestas de Natal com produtos mais sofisticados com a intenção de atender todos os públicos – disse.

Reajustes de 15% em relação a 2015

De acordo com o gerente Luciano, a maioria dos produtos que tradicionalmente compõem as cestas de Natal sofreram reajustes, na média de 15% em relação ao ano passado. O bacalhau, o azeite e o vinho, são bons exemplos de produtos que tiveram aumentos devido à valorização do dólar.

– Este ano vamos oferecer cestas de Natal para diversos tipos de consumidores, e para ter opções de cestas mais econômicas, buscamos por marcas alternativas, que tem qualidade semelhante aos produtos importados, porém, com preços mais em conta. Iremos oferecer cestas que poderão variar de R$ 50 a R$ 300, personalizadas e exclusivas, com diversas opções de embalagens. O cliente também terá facilidade de optar pela substituição por produtos similares ou de qualidade superior, assim, modificando o custo final – explicou.

No caso das cestas mais econômicas, o gerente diz que elas serão compostas por panetones, vinhos e frutas secas e poderão variar de R$ R$ 50 a R$ 100. Podendo também fazer alguns kits com preços variados.

– Também iremos disponibilizar cestas personalizadas e diferenciadas a pronta entrega a partir do dia 5 de dezembro e a facilidade do cliente poder escolher os ingredientes e a embalagem que acomodará os produtos – falou.
Segundo Luciano, mesmo com a crise, a expectativa é de que o volume de vendas neste final de ano seja igual ou maior que o mesmo período do ano passado.

– Estamos investindo na reforma da loja para oferecer um ambiente mais agradável, com novos serviços, novos produtos, decoração para o Natal, campanhas promocionais e criando um ambiente mais confortável e adequado para a nova realidade dos nossos clientes – finalizou o gerente.

Por Júlio Amaral

Especial para o DIÁRIO DO VALE

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3 comments

REVOLT 4 de dezembro de 2016, 10:57h - 10:57

só podem estar de brincadeira. que fotinha é essa. voce acha que tenho dinheiro pra comprar amarula??. o negocio é comprar dolly com vodka askov

Realista 3 de dezembro de 2016, 15:16h - 15:16

Compre uma cesta de vime e compre os produtos avulsos no supermercado sai pela metade do preço.

tete 5 de dezembro de 2016, 08:45h - 08:45

não tenho a menor duvida!!!!

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