Defesa Civil de Barra Mansa alerta sobre risco de cortes de terra no período de chuvas

by Diário do Vale
Risco de transbordar: Situação do Rio Barra Mansa, que corta diversos bairros, é uma das preocupações do município (Foto: Arquivo)

Risco de transbordar: Situação do Rio Barra Mansa, que corta diversos bairros, é uma das preocupações do município (Foto: Arquivo)

Barra Mansa – Com a previsão do verão de 2016 ter mais tempestades no sudeste do Brasil, com um aumento de 20% se comparado a 2015, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), a Defesa de Civil de Barra Mansa faz um alerta para que a população evite corte de terras, ao longo desse período. De acordo com o coordenador do órgão, Manoel Carlos Souza da Silva, esse é um dos grandes problemas do município, com a chegada do verão e o aumento das fortes chuvas.
– O risco de deslizamentos, em função de cortes de  terra, em época de chuvas, é um do grandes problemas do município. A Defesa Civil fica em alerta permanente, com relação a essas situações, mas nossa orientação é que, mesmo que a obra esteja autorizada, as pessoas evitem iniciar os cortes nesse período de chuvas, quando o risco de deslizamentos fica mais acentuado – destacou o coordenador.
De acordo com ele, hoje Barra Mansa possui algumas áreas com riscos mais eminentes de deslizamento de terra como, por exemplo, na Rua Albo Chiesse, onde um corte de terreno está sendo realizado para uma obra, nos bairros Recanto do Sol. Vista Alegre, Vila Coringa, Mangueira, Paraíso de Baixo, Bocaininha e também na Avenida Sérgio Braga, onde o problema é decorrente há anos.
– Fazemos o possível para reduzir a intensidade dos deslizamentos, mas o cidadão provoca o corte indevido dos terrenos e, depois, ainda vem pedir apoio da prefeitura para resolver a situação. A maioria dos deslizamentos ocorre em função da intervenção humana e, nessa época do ano, as pessoas precisam ter consciência disso – disse Silva.
Riscos de alagamentos
Com relação aos riscos de alagamento, Silva ressaltou que o município vem realizando um trabalho preventivo, com trocas e ampliação de redes de drenagem que vem dando certo em dias de temporais de grande volume. Outra medida foi a desocupação e a demolição de imóveis em áreas de risco de inundação como, por exemplo, no bairro Nova Esperança. O investimento no serviço de conscientização da população sobre o descarte correto de lixos, bem como o alerta sobre o risco de despejo de materiais em locais com tendência a alagamentos, também tem colaborado com o órgão.
– O município está preparado para piores situações de chuva. Prova disso é que há alguns dias, registramos um temporal de 50 milímetros, em apenas 35 minutos, e não tivemos problemas com alagamentos. Alguns locais só tiveram acúmulo de água devido a enxurrada, mas logo foi desobstruído – destacou o coordenador.
De acordo com ele, hoje o grande problema do município, no que se refere a riscos de alagamentos, é a situação do Rio Barra Mansa, que corta bairros como Santa Clara, Nova Esperança, São Luis, Boa Sorte e Piteiras. Esses locais contam com o sistema de sirene para alertar à população em situações emergenciais e, de acordo com Silva e, além disso, os moradores recebem, periodicamente, orientações de que como devem proceder no caso do nível do rio vir a subir.
– Como providência, relacionada ao risco de alagamento pelo Rio Barra Mansa, a prefeitura implantou uma régua de monitoramento na comunidade de Cafarnaum, que nos permite ter um parâmetro de como a situação está lá e antecipar as informações aos moradores. Também temos uma senhora, moradora do distrito de Antônio Rocha, que se dispôs a nos informar em casos de alguma alteração no nível do Rio Barra Mansa em dias de fortes chuvas – ressaltou o coordenador.
Conforme informou o coordenador, os telefones da Defesa Civil, para casos de emergência, são os seguintes: 3322-1410, 33227817 e o 199 para chamadas feitas dentro de Barra Mansa. De acordo com Silva, com a aproximação do período de chuvas, é muito importante que a população siga algumas recomendações como, por exemplo: não deixar objetos no caminho da enxurrada, inclusive dentro dos imóveis, respeitar o horário de coletas de lixo, evitando deixar bolsas nas calçadas e evitar corte de terra, mesmo que estejam autorizada pelo município.

Volume de chuvas

De acordo com a pesquisa do Inpe, o aumento do volume de chuvas nesse ano tem como motivo o El niño, aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico. Quando a temperatura dos oceanos fica maior, muita água evapora. As nuvens que se formam, se deslocam e provocam chuva.
A pesquisa levou em consideração os dados registrados a partir de 1950. O El Niño atual deve durar até o fim do verão de 2016 e ser o terceiro mais forte dos últimos 65 anos – atrás apenas de 1983 e 1998. Na maioria dos anos, o El Niño foi responsável por tempestades intensas e concentradas somente no sul do país. Mas no caso de um El Niño muito forte, como o de agora, essas chuvas sobem e também atingem o sudeste e parte do centro-oeste, principalmente o Mato Grosso do Sul.

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