Dilma faz ‘maratona’ de reuniões para discutir risco de impeachment

by Paulo Moreira
Alvo: Dilma pode ter processo de impeachment iniciado e deixar poder com Temer

Alvo: Dilma pode ter processo de impeachment iniciado e deixar poder com Temer

Brasília –  A presidente da República, Dilma Rousseff (PT) promoveu, neste fim de semana prolongado, uma “maratona” de reuniões com os ministros do chamado “núcleo duro” do governo: Jaques Wagner (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo). Depois de voltar na sexta-feira (09) da Colômbia, a presidente se encontrou com o grupo no sábado (10), antes de fazer uma rápida visita a Porto Alegre. No domingo (11), houve novo encontro com o grupo, seguido por outro na segunda (12). Nesta terça (13), a presidente reúne-se com o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), no Palácio do Planalto.

As reuniões tiveram como tema a possibilidade de a Câmara dos Deputados votar, já nesta semana, o início do processo de impeachment da presidente. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), ainda não se manifestou sobre o pedido apresentado pelos juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo.

Se Cunha aceitar o pedido, será instalada uma comissão especial que apresentará um parecer sobre o afastamento da presidente. O voto de 342 deputados federais (dois terços da Câmara) a favor da saída de Dilma a afastaria provisoriamente do cargo até a votação do relatório definitivo, que definiria se ela cumpre ou não o restante do mandato.

Se o presidente da Câmara dos Deputados rejeitar o pedido, a oposição pode apresentar um recurso para levar o assunto ao plenário, que pode decidir pela instalação de uma comissão especial para analisar o processo com 257 votos – a maioria simples na Câmara. A partir daí, o processo continua igual ao que ocorre na hipótese de Cunha aceitar o pedido de impeachment.

 

Reunião com parlamentares

 

O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, se reuniu no Palácio do Planalto no fim da tarde desta segunda-feira (12), com deputados da bancada do PT.

Segundo a assessoria do ministro, trata-se de uma reunião solicitada pelos parlamentares e não tem pauta pré-definida.

Mais cedo, Berzoini e outros ministros participaram de uma reunião, no Palácio da Alvorada, com a presidenta Dilma Rousseff, para discutir o cenário político da semana que se inicia.

 

Dificuldades

 

A série de encontros ocorre depois de o governo enfrentar uma série de dificuldades políticas ao longo da semana. Na quarta-feira (7), por unanimidade, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou ao Congresso a rejeição das contas do governo em 2014.

Na sexta-feira (9), o parecer do TCU foi entregue à Secretaria Legislativa do Congresso Nacional. Na véspera, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), havia informado que encaminharia o parecer à Comissão Mista de Orçamento (CMO) logo que o texto chegasse ao Legislativo.

O trâmite para análise das contas presidenciais tem início após a chegada do parecer à CMO. Na comissão, o relator designado tem até 40 dias para entregar o relatório. A partir daí, os parlamentares têm 15 dias para apresentar emendas, e o relator mais 15 para elaborar o texto final de um projeto de decreto legislativo. Só a partir daí é que as contas são de fato apreciadas.

Na terça-feira (6), a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu reabrir ação de investigação eleitoral em que o PSDB pede a cassação dos mandatos da presidenta Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer.

No Congresso, fracassaram as duas tentativas de votação dos vetos presidenciais que, se derrubados, vão elevar os gastos públicos. Após assumir a Casa Civil, na quarta-feira, o ministro Jaques Wagner afirmou que a apreciação dos vetos era considerada pelo governo como o primeiro teste da reorganização da base aliada após a reforma ministerial.

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8 comments

Charles 16 de outubro de 2015, 16:31h - 16:31

ETA POVINHO,

Seus comentários são típicos de reacionários de direita, o seu principal argumento é tentar desqualificar as pessoas que pensam diferente de vc, é estranho uma pessoa tão frequentadora da biblioteca da vila como vc,desconhecer ou usar sua memoria seletiva para não se lembrar que em pesquisa encomendada pela CNT em 1999 o então presidente fhc obteve apenas 8% de avaliação positiva e nem por isto entregou o cargo.Em tempo:
vc tem o sagrado direito de pensar diferente e nem por isto vou chamá-lo de ameba.

lila 16 de outubro de 2015, 18:02h - 18:02

Charles, mais absurdo ainda é o DV continuar a publicar essas sandices, vulgaridade, agressividade extrema, de quem parece não estar mais no juízo perfeito que Êta povinho escreve, acho que o leitor não merece essa barbaridade, de uns tempos pra cá essa pessoa além de outras coisas nojentas também começou a chamar os moradores de Volta Redonda de pés de chinelo, a debochar de pessoas idosas, etc. Estou vendo isto com muita estranheza e tamanha falta de respeito pois a liberdade de expressão é bem diferente desta loucura. Sinceramente pensei que poderia aprender e compartilhar com os outros comentaristas mas a minha decepção é tão grande que não tenho mais o menor respeito por este jornal. Acho que todas as pessoas que se valorizam e tem o minimo de respeito próprio não deveria mais acessar nem comprar o Diário do Vale.

ÊTA POVINHO 16 de outubro de 2015, 18:14h - 18:14

Então serei “reacionário de direita” enquanto estiverem aqui sugando o MEU BRasil os:

comunistas representados pela Dilma e Lula e demais partidos coligados defensores das bandeiras vermelhas e

os capitalistas representados pelo Aécio e demais partidos coligados entregadores da nação, os dois financiados pelas EMPREITEIRAS e outras empresas sanguessugas.

No MEU BRasil a bandeira é VERDE E AMARELA. O capitalismo é bem vindo, menos os capitalistas. Se pensas ao contrário e deseja ficar aqui, por favor, não o destrua se aliando a esses corruptos e bandidos nos governos.

ÊTA POVINHO 16 de outubro de 2015, 20:32h - 20:32

Cara lila, Vc ainda não me respondeu a minha pergunta de como me dirigir aos eleitores de VR que votaram num prefeito que não cumpre o que promete e muito menos as leis.

Saiba que recebo as suas críticas com muita atenção e carinho, e ainda agradeço por me dispensar um pouquinho de seu tempo.

Saiba tbm, cara lila, que por minha interferência, a política em VR, juntamente com outros ajudantes, começou a mudar em 2012 trocando metade dos vereadores e foi um sucesso em 2014 quando mudamos por completo a política na cidade com uma votação expressiva na Marina no 1 turno e no segundo turno muitos deixaram de votar nas duas INDICAÇÕES DAS EMPREITEIRAS E OUTRAS EMPRESAS SANGUESSUGAS.

Eu considero isso um avanço que os eleitores deram para esta cidade.

Charles 15 de outubro de 2015, 01:26h - 01:26

E viva a democracia, que governe quem foi eleito pelo povo.Abaixo o 3° TURNO.

ÊTA POVINHO 16 de outubro de 2015, 12:20h - 12:20

Caro Charles, a democracia é bem diferente do que estamos vendo, ao contrário, essa democracia que Vc imagina é uma ditadura. Quer sabe mais sobre democracia, vá na biblioteca da vila, pois pelo google forma-se amebas.

Numa democracia, uma presidente não fica se defendendo da culpa de ter jogado o MEU BRasil num buraco e respeitaria os 90% de desaprovação do governo dela.

Aqui mesmo pertinho de nós, a presidente Michellet quando a desaprovação do governo dela chegou a 65% ela foi obrigada a trocar todo a equipe de governo para ser aceita pelos eleitores chilenos.

Paratemas 12 de outubro de 2015, 20:44h - 20:44

Pedaladas fiscais, descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ninguém está acima da lei, até a presidente deve acatá-la. Não gosto do PMDB, mas acredito que quanto mais a Dilma ficar no mandato mais tempo ficaremos em recessão.

ÊTA POVINHO corrupto 12 de outubro de 2015, 20:26h - 20:26

Ela (PT) e o Temer (PMDB) não precisam se preocupar em VR, pois aqui tem 95 mil eleitores corruptos que gostam de reeleger corruptos, mesmo tendo o TCU recomendado ao Congresso a rejeição das contas do governo em 2014.

Todos (pelo menos os leitores do DV) já sabiam da pedalada dela para fechar o orçamento e mesmo assim a reelegeram.

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