Rio de Janeiro (RJ) – O Fluminense começou o Campeonato Carioca de maneira arrasadora, ganhando as quatro primeiras partidas, liderando de forma isolada e sendo elogiado pelos cem por cento de aproveitamento. Porém, passadas as derrotas por 2 a 1 para o Volta Redonda e por 1 a 0 para o Vasco, o Tricolor passa a ser contestado e muito criticado. Isso porque, nas duas atuações, principalmente no clássico, o desempenho foi abaixo do esperado, com a equipe demonstrando apatia em vários momentos.
Se os bons resultados iniciais mascararam a perda de jogadores importantes, como os laterais Bruno e Carlinhos, o meia Darío Conca e o atacante Rafael Sobis, os tropeços deixam visíveis as carências do elenco. Como sem o patrocínio da Unimed não existe muito dinheiro em caixa para investimentos, o técnico Cristóvão Borges vai precisar encontrar as soluções dentro de um plantel com poucas opções e que tem apostado na força de suas categorias de base.
– O Fluminense vem em uma crescente e no clássico não conseguimos mostrar um bom futebol. Vamos precisar encontrar uma melhora, buscar um caminho para não voltar a cometer alguns tipos de erros que foram decisivos contra o Vasco. Precisamos defender melhor, e não estou me litando a falar da dupla de zaga neste quesito. Precisamos voltar a atacar em velocidade. Enfim, temos muito trabalho pela frente – disse Cristóvão.
As limitações do elenco podem ser sentidas em alguns momentos, como por exemplo, nos problemas que Cristóvão terá para definir a formação que vai a campo no próximo domingo, às 18h30(de Brasília), diante do Resende, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ), pela sétima rodada do Campeonato Carioca. Para este compromisso ele perdeu o volante Edson, suspenso por ter sido advertido com o terceiro cartão amarelo diante do Vasco, e o reserva imediato, Rafinha, expulso no mesmo clássico.
A única opção para forar dupla de volantes com Jean é o jovem Luiz Fernando, revelado nas categorias de base das Laranjeiras, porém, visto como um jogador ainda não preparado. O outro caminho seria uma improvisação. O lateral-direito Wellington Silva poderia ser usado no posto, porém, como Renato ainda se encontra entregue ao departamento médico, Wellington terá que seguir na lateral.
Além de problemas de desfalque, Cristóvão ainda não sabe como melhorar o desempenho ofensivo, onde apenas Fred tem se destacado. Roberto tem agradado, porém, é muito jovem, assim como Kennedy. Porém, há quem diga que o problema é a criação de jogadas, onde Vinícius não tem respondido bem. Wágner, com lesão no tornozelo direito, segue em tratamento, mas tem chances de enfrentar o Resende. Outra possibilidade seria precipitar a titularidade do apoiador Gérson, tratado como a principal joia das categorias de base do Tricolor.
Como o elenco ganhou folga nesta segunda-feira, a definição da formação que vai a campo deverá acontecer apenas nas atividades da semana. A primeira delas será na tarde desta terça-feira, nas Laranjeiras. Vencer o Resende é fundamental para o Fluminense retornar para o G-4, a zona de classificação para as semifinais. Os dois tropeços levaram o time para a quinta posição, estacionado com 12 pontos, dois a menos que Flamengo, Vasco e Volta Redonda. O Botafogo lidera com 16 pontos conquistados.